FOI AO
VIRAR DA ESQUINA
que o tempo parou de correr.
Um perfume antigo no ar,
um olhar que não quis esquecer.
Era outono
ou era sonho?
A brisa sussurrava segredos.
E ali, entre o ontem e o agora,
o coração perdeu os seus medos.
As folhas
dançavam no chão,
como cartas de um velho romance.
E cada passo em silêncio
guardava a chance de um reenlace.
A rua, de
pedras gastas,
sabia mais do que dizia.
Tantas histórias pisadas,
tantas promessas vazias.
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