quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Não há coincidências...

Este é o título de um livro de Margarida Rebelo Pinto que sempre me provocou. E continua a provocar. Porque não acreditando em bruxas, dou comigo muitas vezes a pensar que "pero que las hay, las hay...".
Julgava eu que terminado este cansativo e pouco esclarecedor - no entanto, muitas pessoas, pelo menos 60% dos votantes, pensam o contrário, convém referi-lo -, estavamos todos preparados para o silêncio do Presidente da República até aos dia 12 de Outubro. E a preparar, uns as autárquicas, e outros, o novo governo, o seu programa e, quem sabe, também o orçamento.
Pois não senhor. Não acertei. As polémicas voltaram à ordem do dia. E da noite.
Os jornais agradecem. As bombas foram lançadas. Umas, antigas, voltam à baila, a enegrecer eventuais ambições. Outras, mais recentes, a fracturar pontes cujos equilíbrios eram já frágeis.
Alguém duvida que, de facto, Margarida acertou no título? É que em Portugal as coincidências são sempre muitas e atempadas.
Eu, que até sou bastante pragmática, tenho dificuldade em aceitar que não tenhamos livre arbítrio. Mas quanto a bruxas, parece não haver dúvidas que existem...

H.S.C

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Votem no People's Prize

Votem em Portugal para ganharmos o People's Prize em

http//www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter/vote-for-shelters

Trata-se de um abrigo -que reproduzimos acima - feito em cortiça e que se encontra em terceiro lugar. Vão lá e apoiem o nosso país. Não custa nada!
H.S.C

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Garcia Pereira

Para começar confesso que gosto de Garcia Pereira. Admiro-o como profissional e sou sensível à persistência que o mantém, ao longo dos anos, a lutar pelo seu ideário político. Que outros oportunamente abandonaram, para seguir "caminhos mais fascinantes" no exercício do poder.
Enfim, nada a que Portugal não esteja habituado...
Mas falo hoje aqui dele porque, pela primeira vez, ultrapassou os 50.000 votos - 52.633, para ser mais precisa - que lhe darão, finalmente, a oportunidade de receber do erário público uma sbvenção que ronda os 3€ per capita votante. Logo, foi também um vencedor. Mas de que poucos falaram!

H.S.C

Estranha aritmética...

É difícil entender a política em Portugal. A avaliar pelos discursos que ouvi ontém ter-se-á dado, de novo, um fenómeno tipicamente português: todos os candidatos a estas eleições ganharam...
O PS perdeu deputados, perdeu votantes, perdeu a maioria absoluta, mas ganhou. É um facto que deriva de ser o partido mais votado.
O PSD perdeu, mas ganhou em número de votantes.
O CDS ganhou em número de votantes e de deputados e tornou-se a terceira força na política nacional. Não perdeu, portanto, nada.
O B.E ganhou em número de votantes e de deputados. Mas perdeu o lugar de terceira força de poder de que desfrutava.
O PC ganhou em número de votantes e em número de deputados, mas perdeu o lugar que tinha, passando agora à quinta posição.
Não me interessa aqui falar do passado. Do que correu bem e do que correu mal. Respeito suficientemente Manuela Ferreira Leite para não vir aqui engrossar o lado expiatório que outros lhe preparam ou prepararam...
E, como não tenho filiação partidária - cada vez me orgulho mais desse facto, que me permite uma relativa liberdade, coisa que já vem sendo rara a quem vive do seu trabalho -, posso olhar estes resultados e mais uma vez confirmar a sabedoria dos portugueses que gostam de Socrates mas não querem que ele tenha poder absoluto. Põem-lhe, por isso, nas mãos quatro opções:
1. Coligar-se ao PSD e governar mais à direita
2. Coligar-se ao BE + PC e governar mais à esquerda (admitindo que BE e PC aceitam unir-se)
3. Coligar-se com o CDS e governar mais à direita
4. Não se coligar com ninguém e fazer acordos de incidência parlamentar com quem os admita.
Como se depreende a tarefa está longe de ser fácil. Para o governo e para a oposição...
E, até para mim que, como se calcula, muito gostava de ver o meu infante mais novo bem longe destas danças!
H.S.C

domingo, 27 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Coração em tempo de votos!

Nos próximos dois dias recomenda-se algum silêncio e recolhimento. A quem tem de decidir onde vai pôr a cruz. Logo, a mim também. Talvez até possa dizer, a mim em especial, porque foi duro este período.
Ainda não sei se terei alma para, no Domingo, ligar a televisão e assistir à contagem decrescente. O cardiologista não deixa. Eu não devo.
Nessa noite vou jantar com o Nicolau Breyner e a Mafalda. Ela quer ver. Ele não. Apenas quer saber os resultados que estarão prontos pelas 22 horas, ao que me dizem. Assim, o mais natural é irmos os dois dar uma volta pelo rio a passear os cães.
Depois...possivelmente telefonamos para casa a saber se a "cousa" já acabou. Se sim, retorno ao lar e falo aos meus filhos. Primeiro ao Miguel. Depois ao Paulo, que agora precisa mais de mim .
Finalmente, no silêncio do meu terraço, vou olhar o Tejo e pensar que foi feita a vontade divina. E a dos portugueses também. E ficarei por ali, até sentir o sono vir...

H.S.C

Afectos cumplíces!

O dono do Saudades do Futuro em do-futuro.blogspot. com elegeu este Fio de Prumo como "o blog do dia" e o Criativemo-nos em criativemo-nos.blogspot.com como "o blog da noite".
Foi uma alegria, porque há muito que sigo o Saudades do Futuro e cada vez gosto mais do que por lá leio. Por outro lado, o Criativemo-nos recebe a minha visita desde que ando na blogosfera. Nele tenho, aliás, postado multiplos comentários e feito do seu domínio um pouco a minha biblioteca, que é o lugar onde recebo os amigos e o que mais gosto na minha casa.
Ao João e à Margarida o meu cumplice abraço!
Em tempo:
acabo de saber que o proprietário das Cronicas do Rochedo em cronicasdorochedo.blogspot.com, deu também ao Fio de prumo "o blog do dia". Portanto é extensível ao Carlos aquele especial abraço!

H.S.C

Nota: desde que aqui mencionei ter chegado aos 100 seguidores, por um qualquer passo de mágica, os ditos desapareceram do meu blog. Garanto que nada fiz para que isso acontecesse. E acho um abuso do sítio onde me alojo que tal tenha sucedido sem qualquer explicação prévia. Que já tentei obter, mas me não foi prestada. Lamentavel!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Estranha decisão

Estamos quase a acabar o primeiro período de eleições. Sobreviventes dos petardos que o mesmo nos lançou, faltava um último e excitante acontecimento para criar um pouco mais de confusão nas lusas hostes.
Sem quaisquer explicações, o Presidente da República decidiu demitir o seu assessor de imprensa, Fernando Lima, deixando a cada cidadão português a interpretação do acontecido.
Posso estar enganada. Mas tentei encontrar um comunicado ou qualquer outra pista para perceber, em toda a sua amplitude o que, de facto, o terá levado, em final de campanha, a tomar semelhante atitude relativamente a um homem da sua confiança durante cerca de duas décadas. Não encontrei nada. Logo, entendi que o PR considerara que o seu assessor havia cometido falta grave.
Se assim foi, o caso exige clarificação muito rápida. Ou então, o PR devia ter esperado mais cinco dias e, na segunda 28, não só anunciava a sua decisão como a acompanhava da explicação dos motivos que a tinham determinado. A solução escolhida deixa a coisa francamente obscura.
Pior. Fernando Lima é crucificado, Manuela é prejudicada, o país fica espantado e a oposição agradecida, fica encantada.
Digamos que, ou eu sou muito estúpida, ou não percebo a atitude presidencial. Possivelmente, a culpa será minha que sou pouco dotada para a "cousa pública".
Mas algo posso dizer. Seja o que fôr que aí venha, a posição do Diário de Notícias nesta matéria não foi, do meu ponto de vista, muito recomendável...

H.S.C

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nostalgia

Digo, com frequência, que não sou passadista. Nem mulher de nostalgias.
Ensinou-mo a minha avó Joana, que sempre olhou em frente, apesar dos muitos filhos que teve e do muito de que abdicou, para ter a alegria de os criar. E depois deles, a fornada dos netos, a quem sempre transmitiu força.
Ensinou-mo, também, a minha mãe, essa mulher a quem, nem mesmo os dezoito anos de uma terrível doença, fizeram jamais baixar os braços.
Ensinou-mo, ainda, o meu pai, nessa sua permanente tolerância da diferença e na total confiança nas qualidades dos filhos.
Por isso, e para mim, passado é aquilo que se viveu e a alegria que dele se guarda. Para alimentar o presente e esperar o futuro. As dores, essas, não são passado. São esquecimento.
E, mesmo hoje, quando o tempo que vivi supera o que tenho para viver, a nostalgia tem pouco espaço para se instalar.
Tenho um presente que vivo como quero, porque sempre tentei adequar os sonhos às possibilidades. E não perdi nada com isso. Pelo contrário. Esta posição tornou-se uma filosofia de vida. Que me mantém "fresca" e permite gerir cada dia sem amarguras!
Mas não quereria eu, alguma vez, tornar ao passado? Não. Nem sequer aos muitos momentos de imensa felicidade que também tive. Porque essa felicidade só "existiu" naquele tempo, naquela mulher, naquelas circunstâncias. Dessas ocasiões ficaram os cheiros, os gostos, as gargalhadas, as ternuras, os amores. Repito "ficaram". E, se às vezes aparecem sem ser convidados, é porque no "presente" sinto algo semelhante. Não porque lamente o que tenha perdido.
Neste preciso instante oiço Aznavour. Gostosamente. Porque no presente, ele continua a satisfazer-me muito. Tanto ou mais do que antes.
Foi isto que aprendi com os meus. É isto que transmito aos meus! Felizmente, sem nostalgias do passado que ficou onde deve ficar. Lá!

H.S.C

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um abraço especial

Depois dos cem amigos só mesmo a alegria de fazer parte daqueles a quem se deseja dar um abraço muito especial. Foi a Elsa do atomovida.blogspot.com que mo enviou. Bem haja pelo carinho, logo num dia em que estou tão contente!

H.S.C

Cem amigos!

Estou em mood confessional. Quando, em meados de Fevereiro último, comecei este blogue, nada sabia de blogosfera. Tinha terminado a minha colaboração no extinto Meia Hora, onde o Sérgio Coimbra me havia, um ano antes, recebido de braços abertos.
Outros valores mais altos se levantaram e eu fui substituída por Maria de Belem Roseira. O Sérgio ainda tentou que eu continuasse noutra secção. Não quiz.
No dia seguinte inaugurava este Fio de Prumo dando, afinal, continuidade a quase cinco anos de crónicas com este título, no Diário de Notícias, levada po Bethencourt Rezendes, a quem estou muito grata. E, apesar de se lhe terem sucedido vários directores - julgo que quatro -, mantive-me no jornal. Com a entrada de João Marcelino, saí. Das razões só ele saberá, porque nunca foi assunto que ocupasse a minha mente. Mantenho lá bons amigos e isso é o que me interessa.
Um dia, quem sabe, talvez retorne. Noutro enquadramento, se é que me faço entender.
Agora a confissão: o título deste post é um remake ao post que o Dr Francisco Seixas da Costa escreveu, há uns tempos, quando atingiu este número de seguidores. Na altura disse para comigo, que possivelmente nunca lá chegaria. E, confesso, senti alguma inveja, perdõe-se-me a ousadia da comparação. É que o nosso Embaixador, que tanto aprecio, havia começado na mesma altura que eu...
Pois bem. Consegui lá chegar mercê da bondade daqueles que me vão descobrindo e, creio, achado alguma piada ao que escrevo. A todos, todos mesmo, um abreijo de gratidão desta vossa virtual amiga.

H.S.C

Nota: Claro que o duas-ou-tres.blogspot.com do Dr Seixas da Costa já vai em 116 leitores fiéis. E merece muitos mais. Mas eu já fico muito contente com a minha centena. E feliz por a ter conseguido alcançar!

Prémios...

A notícia hoje publicada num jornal diário do valor dos prémios recebidos por alguns gestores públicos, a ser verdadeira, é ofensiva. De facto, referem-se vários exemplos cujos montantes, no actual cenário de dificuldades financeiras, são inadmíssiveis.
Gerir bem não é uma opção. É uma obrigação. Como a de qualquer outro profissional. O gestor não é mais do que um médico, um engeneiro, um professor, um operário. Não bastará ser considerado um excelente profissional, sabendo-se, como se sabe, que o salário que recebem já é bastante mais elevado do que o da maioria das restantes profissões?
Que uma empresa privada, com o acordo dos accionistas o faça, é um direito seu. Embora questionável, não advém desse facto, qualquer prejuízo para o erário público. Mas no caso das empresas públicas não é assim. E, além de o não ser, está em causa, o exemplo que elas devem constituir para os restantes sectores.
Qualquer administrador de empresa pública ganha muito acima do salário do mais alto representante da nação, no caso o Presidente da República. Será que, até do ponto de vista ético, a situação é tolerável? Ninguém se indigna?
Não se trata de uma questão de "inveja nacional", como costuma referir-se. É, antes, isso sim, uma questão de decoro nacional. Que parece ter-se perdido!
H.S.C






domingo, 20 de setembro de 2009

Indefesos...

Estava de ver que teria de ter uma consequência. Explico: quando alguma coisa me irrita muito - como é o caso da época que atravessamos -, dado que não tenho grande vocação para usar tranquilizantes, o organismo baixa as barreiras imunológicas e "é um ar que se me dá".
Desta vez, e depois de uma noite de festa no jardim do meu irmão mais novo, comecei a sentir-me constipada. Sem o estar de facto. Trata-se, apenas, de uma reacção fisiológica a esta loucura desenfreada em que o país mergulhou. Para além do crescendo, inusitado, de ataques pessoais, eis novo filão, descoberto em Agosto e agora explorado, em vésperas do acto eleitoral. Trata-se das escutas a Belém.
Se algo for verdade, é tão grave, que nem digo o que penso. Se for mais uma "estorita"de baixa política, poupem-nos, porque as que temos já são demasiadas.
A propósito e de caminho será que, para respeitar a democracia, se poderá pedir à CNE (Comissão Nacional de Eleições) que, após os debates a que fomos submetidos, terminem as sucessivas entrevistas concedidas pelos candidatos ao arco do poder, ou os seus detentores? E, também, as sucessivas sondagens que tentam, mais ou menos descaradamente influenciar o voto e se alimentam deste clima?
Será que os portugueses precisam de tanta artilharia para marcar a cruz num boletim de voto? Alguém acredita que este arsenal com que nos metralham, vai ajudar-nos nalguma coisa, feito em moldes tão medíocres?
Por mim falo. Só me cansam e confundem. Detesto ataques gratuitos que em nada nos esclarecem. Pelo contrário, só nos levam à abstenção!
H.S.C

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Afinal...Louçã ri!

Confesso: os Gato Fedorento voltaram ao seu melhor. Àquele de que eu gostava. Sibilino e tocando, com elegância - não gosto da palavra, mas é a que me ocorre - os aspectos mais oportunos da actual época eleitoral.
E, surpresa das surpresas, alguns políticos até chegaram para Ricardo Araújo Pereira, o que, convenhamos não é facil. Ontém ri-me a bom rir com Louçã que, afinal, é capaz de uma boa gargalhada e de ser assertivo no humor. Bem me dizia o meu filho Miguel. Mas eu sempre duvidei. Tenho que dar a mão à palmatória. Se o perigo do rapaz era ser inteligente - retiro o muito, para lhe não dar mais força - agora, com sentido de humor, o risco é francamente maior.
Lá me vão ser "nacionalizados" os meus quadritos, que tanto sacrifício me exigiram. O pior é que é em benefício dum filho e em prejuízo do outro. E andei eu estes anos todos a gerir com equidistância esta família.
Agora muito a sério. O melhor da campanha para as legislativas têm sido, mesmo, os Gato Fedorento!

H.S.C

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ponto quase crítico

Já aqui o disse. E repito: ando farta de discursos e arruadas. De promessas e mais promessas. De comitivas e jantares. De bandeiras e beijinhos. De criancinhas e velhinhos que mereciam estar descansados e longe deste espectáculo.
Ontém, foram só encómios pela nova/velha eleição de Barroso ou de José Manuel Obama, já não sei bem. Tudo em festa no centrão. Uns porque o apoiaram, outros porque ele é filiado do partido respectivo.
Não sei, confesso, o que os políticos pensam do povo que governam. Ou pretendem governar. Tanto faz. Sei que não mostram grande respeito por nós. Sei, isso sim, que lhes não devemos nada. Pelo contrário, são eles que nos devem alguma coisa. No mínimo, a eleição.
Por isso não tem qualquer interesse este tipo de campanha. Ninguém esclarece nada. Gritam, atacam, vitoriam-se antes de tempo. Nem por momentos passa pela cabeça da situação explicar, com seriedade, porque razão não cumpriu o que prometeu. Nem tão pouco passa pela cabeça das várias oposições clarificar como farão o que apregoam.
E vamos ter que suportar isto duas vezes. Quando se souber o resultado duma, temos mais quinze dias da outra. Alguém compreende porque somos submetidos a isto?

H.S.C

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Não "foi porreiro, pá"?

Face a uma assembleia de 736 deputados, Durão Barroso acaba de ser eleito por 382 deles. Maioria absoluta. Chegou. Mas convém clarificar. É que 219 votaram contra e 117 abstiveram-se. Como ele próprio poderia dizer, não "foi porreiro, pá"?
Sou obrigada a confessar que embora a reeleição estivesse quase certa, a sua confirmação hoje não me enche de especial entusiasmo. Por razões que, aliás, são inteiramente do foro político. O que em mim é bastante raro. Não gostando nada de política, é certo que gosto ainda menos de certos políticos.
Neste caso, a nebulosa que envolve a questão de saber quem é Durão Barroso acompanha-me há muito tempo. As dúvidas mais vincadas começaram quando foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de um governo do PSD, ele que, como Ana Gomes, vinha das hostes marxistas leninistas.
Bem sei que a vida vai ensinando e as gentes com ela evoluindo. Mas, cá para mim, quando o "salto" é demasiado grande, desconfio. E, neste exemplo concreto, a desconfiança de que ele seja um dos responsáveis da crise em que ficámos há quatro anos, assalta-me com frequência. Já da ajuda que lhe deu Jorge Sampaio, não tenho quaisquer dúvidas. Tenho certezas. Daí que não nutra grande simpatia por nenhum deles.
Confesso: gostava mesmo de perceber porque é que o nosso PS decidiu apoiar esta candidatura, no tom grandiloquente em que Edite Estrela o fez... E já agora, de caminho, também me interessava saber as razões do apoio de Zapatero, dado que as de Brown julgo entendê-las.
O centro direita, a que Manuela Ferreira Leite pertence, anda bastante "travestido", para usar uma palavra cara ao seu opositor dilecto. Que pensará o PSD de tão empolgante apoio socialista?
Era importante divulgar o que todos lhe ficámos a dever. Como também o será, explicar aos incautos, o que fará o novo presidente para ajudar Portugal, para além de pôr o seu nome no mapa. Interessava-me mesmo. Ficaria grata e menos ignorante. É que do que li, ainda não percebi. Defeito meu, claro!

H.S.C

A arranhar...

Os Gato Fedorento conversaram, ontem, com Manuela Ferreira Leite. Bastante diferente do entrevistado anterior que, embora bom, lá foi tentando passar a sua mensagem panfletária.
Com efeito, a líder da oposição, no estilo que é o seu e ao qual não fez concessões, esteve à altura do entrevistador.
Levando mais tempo a retorquir - gata escaldada, de água fria tem medo - usou de um humor quase britânico. Mas no final, quando Ricardo Araujo Pereira a questionou sobre quais seriam as possíveis razões que teriam determinado que os seus Pais não procriassem desde1974, a entrevistada deu uma resposta à altura. Aí, onde se intuía, de forma elegante, um certo ataque ao "conservadorismo" de Manuela, ela tem a mais notável resposta: Ricardo depois do trabalho que você lhes deu, dá, e ainda vai dar, eles desistiram de procriar!
O entrevistador, por seu lado, saíu-se bem ao admitir que, após aquela explicação, talvez a lider tivesse ganho o voto paterno...
Foram, até aqui, duas excelentes oportunidades de oxigénio, nesta asfixiante campanha eleitoral!
HSC
Nota: Como a de hoje me diz directamente respeito, ninguém se admire de amanhã eu falar de outro assunto. É que não sou masoquista, como já se deve ter percebido...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tenho duvidas...

Quando os Gato Fedorento apareceram considerei-os uma lufada de ar fresco irreverente e que sabia escolher a dedo os temas que abordavam.
Depois veio a publicidade. Achei pena e arriscado para o que simbolizavam. Mas parece, ao que sei, que quem os contratou terá ultrapassado, em muito, o objectivo pretendido. Julgo que se tratava de uma instituição de crédto.
Em seguida sucederam-se programas, publicidades e mudança de canal, com uma passagem individual pelo S. Luis. Do meu ponto de vista - portanto, muito discutível - o sucesso não lhes foi favorável à imagem.
A intensidade da campanha da PT é tão forte, que chega a cansar, perdendo-se pelo meio, não só o objectivo, mas também aquilo que eles verdadeiramente são: humoristas. Entretanto, outro grupo de humor se constituiu e que lhes tem feito alguma concorrência.
Vem este longo intróito a propósito do programa que ontem se estreou com José Socrates. Embora tenha dúvidas sobre os motivos que os levam a escolher esta altura, tenho que ser justa. Ricardo Araújo Pereira teve imensa graça e Socrates provou, mais uma vez, que a sua vocação é, mesmo, ser actor. Mas fê-lo, salvo uma ou duas excepções, com graça. Esteve ali muito melhor do que em outras prestações televisivas.
Os Gato e, sobretudo, Ricardo estiveram ontem no seu melhor!

H.S.C

domingo, 13 de setembro de 2009

Na rua...

Acabou a minha tranquilidade. Volto amanhã ao trabalho televisivo. Logo, a ter de ligar os aparelhos e a ler os jornais.
Comecei hoje, mas apenas ao jantar. Porque, antes, fui ver o Almodovar e as suas Mulheres. Não sendo o seu melhor filme tem dez minutos finais de loucura, completamente divinos. Devia, claro, lá ter ficado para sessões contínuas.
Porque não há alternativa. Retomou-se a gritaria, as jantaradas, as camisas suadas, o ataque a tudo que não seja o partido do próprio, enfim, o nosso Portugal no seu melhor.
Que fazer? Aguentar e não entrar em depressão...Mas que é difícil, lá isso é, porque quer os oradores, quer os conteúdos, estão ao nível da mais mediocre telenovela mexicana. E estou a ser simpática!
H.S.C

Jorge de Sena

Conheci Jorge de Sena. Integrou um passado que fez de mim quem hoje sou. Fiquei muito triste quando o país, sem razão, lhe faltou.
Volta a Portugal o seu corpo, já que a sua alma jamais daqui saíu. Finalmente repousa entre nós.
Neste período cinzento que atravessamos, enche-me de alegria saber que estão connosco os seus restos mortais. E que lá do alto onde se encontra, ele volta a sorrir à terra que é a sua!


H.S.C

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Informação e a Igreja

No Correio da Manhã de hoje vem um artigo e uma notícia que merecem aqui referência especial, porque ambos veículam novas posições da Igreja Católica. Que parece, finalmente, ter despertado para o fenómeno da "comunicação", ferramente hoje essencial para quem queira fazer-se ouvir.
Por bem ou por mal, comunicar, na actualidade não é só conteúdo. É, também, forma.
O artigo, ou melhor, a crónica, a que me refiro é de D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, que chama a atenção para o perigo que representa nos nossos dias, "informar sem liberdade".
O tema não podia, face aos acontecimentos recentes, ter maior actualidade. Ele lembra e bem, que enquanto se conhecem as filiações partidárias dos diversos opinion makers, a leitura dos seus textos ou a sua audição é clara, porque se sabe donde provêm as afirmações que fazem. Só concorda quem quer.
Já com os jornalistas a coisa fia mais fino, porque sem essa base de conhecimento, pode haver perversidade na informação prestada. O que me leva, à notícia atrás referida, a qual dá conhecimento do que disse D. Manuel Clemente, bispo do Porto, na abertura das Jornadas de Comunicação Social e que, de algum modo, se sintetiza na frase "quem aparece é". A referência à necessidade da Igreja se debruçar sobre este fenómeno que, aliás, todos conhecemos, é que me surpreendeu, pela lucidez que revela.
E não é seguramente por acaso que dois destacados membros da nossa elite religiosa, falam sobre a mesma matéria. Para estes homens inteligentes, urge colocar a Igreja no sistema de informação. Nem mais!

H.S.C

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Continuam a de...bater


Só voltarei a ver noticiários nacionais quando acabarem os debates eleitorais. Assim, não assisti, felizmente, ao debate Socrates - Louçã. E digo felizmente, porque antevi uma enorme discussão com sobreposição de vozes e alguns excessos. Ora eu tomei em férias a decisão de não me irritar com a política. Nem com a dos meus, nem com a dos outros.
Logo, quando pressinto que vai haver violência verbal, remeto-me à ignorância, que é sempre preferível a uma subida de pressão arterial provocada pela leitura que faço do que os oiço dizer. Contudo, do que depois li na net e jornais, parece que a moderadora, Judite de Sousa, se viu grega para conseguir pôr ordem nas intervenções do Secretário Geral do PS. E, pelas mesmas fontes, terei ficado a perceber que Louçã esteve menos belicoso do que o habitual, o que, a mim, aparece como um verdadeiro milagre de Fátima.
Socrates agarrou, diz-se, a questão da fiscalidade e das consequências que, através do fim das deduções, resultariam para a classe média trabalhadora. O outro não largou a Galp e a protecção dada pelo governo a Jorge Coelho e à empresa onde está colocado.
Daqui, de longe, dei instruções para que gravassem todos os encontros. Se sentir que preciso ver algum fá-lo-ei. Mas, até lá, limito-me a estar ausente. E relaxada!

H.S.C

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um salto a Paris

Por muitíssimas e boas razões, gosto muito de Paris. Sinto-me em casa e corro para os meus locais de perdição. Mato saudades. Depois delicia-me passear pelas ruas, olhar as montras, entrar nas livrarias e sentar-me onde me apetece a ver as gentes passar.
Levo dois dias a ambientar-me. Só depois é que sinto que "estou" mesmo cá. E, nessa altura, confesso, tão longe das preocupações quotidianas, apodera-se de mim uma vontade muito grande de ficar . Um dia, possivelmente, e para surpresa de alguns, acabo mesmo a dividir-me entre o aí e o aqui.
É que em Paris tenho bons amigos e a diversidade da vida cultural é imensa. O difícil está só na escolha. Sobretudo, para quem vem apenas por uns dias. No meu caso particular, escolhi a sugestão dada por um conhecedor e fui ver, no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, a exposição intitulada "No Feminino - Mulheres fotografam Mulheres" que tem a originalidade de reunir cento e quarenta trabalhos em que quer as fotógrafas quer as fotografadas - cerca de uma centena - são do género a que pertenço.
E, de caminho, claro,"livrei-me" das cansativas campanhas que, em Portugal, pretendem ensinar-me em quem votar. Trata-se, para já, de outra mais valia extraordinária.

H.S.C


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Só nos faltava esta...

Por dever de ofício lá tenho que assistir aos debates. Nuns sofro. Noutros rio. Noutros fico estupefacta. Como economista e na esperança de melhorar o meu entendimento, interessam-me particularmente os de Louçã e Ferreira Leite, ambos oficiais do meu ofício.
Soube-me a pouco o que pôs frente a frente esta dupla. Continuaremos a aguardar os desenvolvimentos e a esperar os resultados. De esclarecimentos, ainda não tive grandes ganhos. Mas, admito, o defeito será meu, que, ou sei demais ou sei de menos.
Mas o que aqui me ocupa hoje é a acérrima discussão que se estabeleceu entre os dois maiores acerca da propriedade da palavra "verdade". Alguém acredita que, num país com dezenas de problemas para resolver, os dois possíveis PM's se envolvam a perorar sobre quem tem direito a usar, com justiça, a dita palavra?
Já nem falo do conceito, porque a filosofia ensina-nos que cada um tem o seu. Falo, sim, do abuso que se faz dela, sem qualquer réstea de pudor. E, já agora, que verdade sobra para os restantes concorrentes? Alguém me esclarece sobre o silêncio ensurdecedor dos mesmos, a tal respeito?

H.S.C

sábado, 5 de setembro de 2009

Cartões vermelhos

A Teresa Santos do blogcronicasdateresa.blogspot.com desafiou-me para participar do "Cartão Vermelho", teste a dez pessoas, comportamentos ou factos que nos incomodem, nos desagradem, com os quais não concordemos e que consideremos merecedores da censura corporizada no dito cartão. Há a hipótese - facultativa - de justificar as punições. Depois e só depois, deveremos desafiar cinco blogues. E esperar pelos resultados.
Belo desafio. Aqui vai:
1. A lentidão da justiça,
2. A violência doméstica, seja ela física ou psicológica,
3. O racismo em qualquer das suas formas
4. A intolerância
5. A hipocrisia
6. A mentira deliberada
7. O predomínio do "ter" versus "ser"
8. O consumismo ofensivo
9. As promessas não cumpridas
10. A má educação

Tudo coisas simples que não precisam justificação. E que infelizmente vão fazendo cada vez mais parte do nosso dia dia. E desafio cinco blogues, a saber:

ocigarrilha.blogspot.com
criativemo-nos.blogspot.com
escrita em dia (blogda-se.blogspot.com)
anamoradadewittegenstein.blogspot.com
duas-ou-tres.blogspot.com
Aqui fica o desafio. Vamos à coragem

H.S.C

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Como já se esperava...

Confesso que apanhar debates televisivos e crises nos meios audio visuais não é pera doce para ninguém em vésperas de duas eleições. Muito menos para aqueles que, como eu, ainda estão a adaptar-se ao "estranho mundo do trabalho"...
Não me pronuncio sobre o primeiro debate entre o presidente do CDS e o Primeiro Ministro, como bem se compreenderá. Já sobre a "conversa de café" entre Jerónimo e Louçã, fiquei esclarecida. Sobretudo acerca daquilo que os uniu. Adiante. Veremos o que se segue.
O que já pairava no ar mas não se esperava fosse tão rápido, foi o que aconteceu na TVI. Não pretendo fazer do tema processo de intenção, mas que soa mal o que se passou, isso não restam quaisquer dúvidas.
Não interessa se Moura Guedes fazia ou não o que se desejava que fizesse. Cada um de nós era livre de ligar ou não o canal 4. Mas a forma como a pivot de sexta feira foi afastada é tudo menos correcta. E se há uma Autoridade para a Comunicação Social, ela tem a obrigação indeclinável e estrita de apurar responsabilidades.
Mas há um outro aspecto, a meu ver, igualmente grave. É a intromissão de um país estrangeiro no assunto. A ordem terá vindo, ao que a imprensa informa, de Madrid, nesta terça feira. E uma intervenção destas no conteúdo dum jornal nacional, é algo que merece reflexão profunda. Porque pode repetir-se se não for exemplarmente julgada!

H.S.C

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Passado...

"... O que se perdeu foi aquela coisa de encontrar as pessoas, aquele frémito de excitação, aquele friozinho na barriga de querer muito que este ou aquele menino aparecessem, a expectativa de quando se abriria a porta do Stone's e talvez no minuto seguinte vissemos a tal pessoa descer os degraus. Eu e o Nuno falávamos muito disso, era um sentimento comum. Mas o Nuno morreu, não tarda nada faz dois anos. E acho que já mais ninguém percebe..."
( "Le Temps retrouvé" em gotaderantamplan.blogspot.com de 28/08/09)
O texto que reproduzo fala de uma época que vivi em moldes bastante semelhantes aos da sua autora. Tanto, que na fotografia que acompanha o post, estão alguns amigos comuns de ontem e de hoje. Como é o caso da Anica Duarte Silva, que continuo a reencontrar em casa do meu querido Nicolau Breyner.
Mas o que trouxe esta "intimidade" à colacção não é falar do meu passado, mas sim da actualidade do seu conteúdo. Sei pouco da noite de hoje. Há muito que deixei de participar dela e os meus netos, pela idade que têm e por gosto pessoal, dedicam-nas mais a conviver com os amigos em casa dos respectivos pais. Ambos desportistas, não se deitam muito tarde e o mais velho tem a sua própria banda que lhe dá prazer e ocupa os tempos livres. Em resumo crianças normais, pelo menos, por enquanto.
Do que vejo na zona onde vivo fico preocupada. Saem das discotecas à hora em que vou comprar jornais e o lixo de copos nas ruas não deixa muitas dúvidas acerca do quanto se lá bebe. O quê e com que dinheiro é para mim um mistério. Quanto à idade que aparentam...isso é outra história. Alguns estão ainda a sair da adolescência. Pergunto-me sempre que pais terão estas quase crianças. É outro mistério.
Mas a Teresa tem razão. A noite lisboeta já não é o que era. Nem as noites do resto do país. Nem tão pouco as nossas vidas. Melhor? Pior? Difícil responder para quem não é passadista e não tem mais 20 anos... Mas que julgo que a nossa era melhor, isso não há dúvida!

H.S.C

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Famílias e dinastias

Não referi aqui a morte do senador Edward Kennedy. A verdade é que me não senti com vontade de o fazer. O clã não tem a minha particular simpatia e acabei por explicar as minhas razões nos comentários feitos em dois blogues que frequento diariamente e que se haviam ocupado do tema.
Mas o nosso Embaixador em França, Dr Seixas da Costa, no seu duas-ou-tres.blogspot.com abordou o assunto numa vertente que eu achei muito curiosa, fazendo a distinção entre família e dinastia. E é aqui que reside o nó górdio da questão. Não gosto de heranças dinásticas.
Ora a família Kennedy foi, sobretudo, uma dinastia. Que estaria destinada a "reinar" a América.
É assim que eu os vejo. Possivelmente serei injusta. Mas quando dois irmãos lutam pela Presidência e são ambos assassinados e o terceiro é afastado porque um acidente de percurso terá impedido o desiderato, não parece difícil fazer este julgamento. Aliás, a história dos velhos emigrantes, seus pais, só corrobora que tal seria o fito para o qual foram educados.
Eu não aprecio particularmente este tipo de clãs, possivelmente por causa da minha própria aventura familiar: sogro, cunhado, marido, filhos, todos políticos. Se isto já é uma overdose, calcule-se o que poderá ter sido aquele outro tipo de ambição. Com uma diferença. É que nem a morte dos filhos alterou o sonho dos seus pais.
Depois, confesso, aquele catolicismo de origem irlandesa, sempre presente como uma marca de qualidade, num país que o não professa, provoca-me alguma irritação. Até porque a vida de cada um dos seus membros esteve longe de ser exemplo da dita religiosidade.
Mas é verdade que foi uma estirpe com um percurso dramático. E que aguentou firme, onde muitos teriam sossobrado. Para o bem ou para o mal, todavia, esse não é o meu modelo de família.

H.S.C

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Os bons e os maus

Ainda estou "atoleimada" como dizem os açoreanos. É que depois de um mês sem notícias, chego ao continente e tenho dificuldade em me adaptar ao novo ritmo.
Hoje de manhã, enquanto tomava a sagrada bica no café da rua - apesar da bela Nespresso que possuo, continuo a sair para engolir a mistela acastanhada -, passei os olhos pelo Correio da Manhã, o jornal disponível na tasquinha, e li a crónica do meu estimado Francisco José Viegas.
O tema surpreendeu-me. Não devia. De certo foi por ter andado no nirvana e ter esquecido o que por cá se passava. Parece que Socrates terá insistido naquela blague de que eles, o PS e o seu chefe, é que serão os paradigmas da modernidade e da excelência. Os outros serão uns néscios que pretendem deitar mão a um país que, há quatro anos, é o paraíso na terra. É com este distinguo que se pretende enganar os tolos. Pior. Depois deles, ou melhor, sem eles, só a catástrofe nos pode acontecer.
Não será, já, altura de alguém dizer a estes senhores que estamos no sec XXI e não no sec XVIII? Que democracia implica diversidade de opiniões e que maltratar os opositores só os favorece? Que diabo, o eng. Sócrates começou no PSD e não devia esquecê-lo...

H.S.C