
Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
2012

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Trinta anos de vida...

"Os homens amáveis, admiráveis, viciantes, são assim: expressivos, expansivos, esplêndidos. Ficam a navegar no nosso sangue, porque se cravaram além dos olhos e da pele: na alma. E lá, vivem para sempre. Até nos reencontrarmos. A vida contém infindas surpresas e o amor é a maior energia do universo".
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Street food

Maurício Barra abordou recentemente o tema das bifanas e dos pregos no seu blogue umgrandehotel.blogspot.com, aproveitando para tecer algumas considerações sobre a a "comida de rua" que me permiti roubar e reproduzir abaixo:
“...Street food",(é um) velho hábito europeu, hoje substancialmente reduzido devido à profusão de legislação sanitária e de licenciamento económico que nos submerge todos os dias ( ainda me lembro das dificuldades que os Hot Dogs da Boca do Inferno - os melhores de Portugal - tiveram de sofrer para serem licenciados ). A "Street Food", nestes tempos, com uma oferta infinita de diversidade e qualidade, pratica-se sobretudo na Ásia América Latina e América do Norte, e é um repositório dos sabores tradicionais dos seus países.
Não é comida de plástico. Não é fast food. São sabores "slow food" servidos rapidamente. A "Street Food" ´é gastronomia. Sempre ao dispor de quem a quiser saborear sem complexos de que "os seus parentes caiam na lama".
Acontece que o bom do Anthony refastelou-se, entre outras iguarias, com o nossos pregos e bifanas ( ?, sujeito a confirmação ). E fez muito bem. É a nossa "street food" mais consensual a nível nacional, hoje servida entre portas, a maior sobrevivente dos petiscos que em tascas e caramanchões durante vária gerações foram ( são ) o prazer dos portugueses.
E assim fica introduzido o tema que aqui me traz hoje.
O prego ( de vaca ) e a bifana ( de porco ) tem inúmeros templos em Portugal. Diria centenas. Eu falo dos que conheço. Mas dos quais ainda não discorro porque é essencial deixar claro que estas manducâncias precisam de um segundo produto sem a qual não têm a expressão devida : o pão.
O pão. Seja carcassa, molete, vianinha, papo-seco, ou têm qualidade e são devidamente aparelhados ou . . . estragam tudo. Têm ( desculpem, devem ) ser de mistura. E pré-aquecidos em torradeira antes de ser servidos ( eu uso, para isto, as antiquíssimas placas com rede que torram directamente sobre a chama ), para serem comidos estaladiços e crocantes”.
O que me leva a recuperar este tema é a preocupação que tenho de que as exigências sanitárias, acabem com tudo o que de verdadeiramente genuíno se produz no país.
Portugal tinha uma longa tradição, que ainda conheci, de bons petiscos servidos em pequenas tasquinhas familiares, em cujas mesas se reuniam não só gentes de parcas posses, mas também aqueles que, não tendo preconceitos sociais, gostavam de se misturar e provar bons pitéus.
A ASAE cuja função é fiscalizar o que comemos tem que, em simultâneo, defender, estes pequenos recantos, corrigindo falhas que possam existir, mas não pondo em causa o "valor acrescentado" que eles representam, num país que vive uma crise económica grave e cuja gente se vê obrigada a cortar, até, na alimentação.
Maurício Barra tem toda a razão no seu post. A gastronomia nacional também é feita de pastéis de bacalhau, rissois, croquetes, pregos e bifanas. Verdadeiras iguarias, quando cozinhadas a preceito por sábias mãos!
HSC
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O primeiro já está!

Acreditei que iria ficar uns dias sem escrever. Apenas a dançar o tango. Mas tenho que dar descanso ao meu parceiro Dr Vítor Gaspar, que não está habituado a este ritmo. Já pensei se não teria sido mais inteligente escolhe-lo como par na valsa. Mas eu não gosto de valsas desde que debutei pelo braço do meu Pai e me senti muito ridícula numa função que ele considerava indispensável para a sua única filha. Assim cumpri a norma imposta pela autoridade paterna. Fiquei vacinada. Não valsei mais!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Emigração...

"Eu, colaboradora, me entristeço"
"Arrependo-me de quase todas as decisões que tomei na vida. Durante muito tempo acreditei ser a escolha da profissão aquela de que me não iria arrepender. Os últimos tempos vieram provar o contrário: ser professor é um destino que não se deseja ao nosso pior inimigo.
O que era escola tornou-se comunidade educativa, designação execrável que engloba sensibilidades que não se encontram nem nunca se irão encontrar.
O zénite do desencanto aconteceu hoje: ao abrir o mail, recebo os votos de Boas Festas da direcção da escola. As Boas Festas dirigidas a todos os colaboradores. Colaboradores. Colaboradores, assim mesmo como se de uma empresa se tratasse. A escola não é uma empresa, não pode ser uma empresa, não deve ser uma empresa. Eu sei que esta linguagem está na moda e que é muito fácil agarrar estas expressões e usá-las sem reflectir sobre a elas. Ligam-me às pessoas que integram a direcção da minha escola laços de amizade de muitos e muitos anos. Sei que não usaram este termo para magoar, usaram-no porque se usa.
A mim, que sou rija e pouca dada a lamechiches, vieram-me as lágrimas aos olhos. Resumir o trabalho de um professor a uma colaboração é uma ofensa, é uma mágoa que custa a sacudir.
Só me apetece emigrar. Para um sítio onde me chamem professora."
(in arondadosdias.blogspot.com)
Este é o post colocado ontem, por Ivone Costa, no seu excelente blogue e que eu me permiti roubar, porque o sinto como a mágoa de alguém que escolheu ser professora
e, de repente, "se sente" pela forma como, no presente, se apelidam os professores.
Eu sei que há muitas outras profissões que, hoje, são tão flageladas ou mais que os professores. Mas a matéria prima sobre que estes trabalham - os alunos -, que serão as mulheres e os homens de amanhã, justifica, talvez, que eu sinta este lamento como especial. É que sei o que é ter sido aluna, ser professora e ter netos que vivem as agruras de se não pensar no amanhã deles.
Aliás, o futuro dos meus netos há muito que foi destruído pela inépcia da geração que os precede. A herança que lhes deixamos são os três D: a dívida, o desemprego e o desencanto. É muito de coisa nenhuma...
HSC
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
De tirar a respiração...

Liberta de afazeres, de livros, de trabalho, dedico-me ao tango, que adoro. É algo de uma precisão e sensualidade tais, que para o dançar bem, é preciso ter muito treino. Ando por isso a treinar. Para já, o meu equilíbrio orçamental no ano que vem.
Não podendo substituir o Dr. Vítor Constâncio que, suponho, não deve ter problemas orçamentais próprios, decidi-me pelo caminho de Socrates que já se lhe havia referido, precisando que para o dançar bem, seriam sempre necessários dois. Irei dança-lo, pois, com o Ministro das Finanças.
Deixo-vos o link. É isto que tenciono fazer com o orçamento que ele me impôs em 2012. Ora vejam e digam-me o que acham desta performance de cortar a respiração.
http://www.youtube.com/watch_popup?v=5hIc2ODfRxQ
É ou não magnífico? Pois é assim que vou bailar no ano que vem. Espero não cair!
HSC
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Pedido ao Pai Natal

Terminei hoje a árdua tarefa de promover o meu último livro, com uma sessão de autógrafos na Fnac do Chiado. Mesmo com crise e um grau de iliteracia elevado, a livraria estava cheia. E o sector das novas tecnologias abarrotava.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Quase zombie...

O título deste post corresponde ao estado físico e psíquico em que me encontro depois de três sessões de autógrafos em outros tantos locais distintos neste fim de semana.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Lei palmada

A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou o projecto que proíbe os pais de crianças ou adolescentes de aplicarem castigos físicos aos filhos, mais conhecido por Lei palmada.
Proposto no tempo de Lula da Silva, o projecto de lei foi aprovado numa comissão da Câmara dos Deputados especialmente criada para analisar este caso. O texto será submetido ao Senado, a menos que algum deputado peça a sua votação também em plenário.
O projecto prevê que os pais que maltratem os filhos, tenham de frequentar cursos de orientação e se submetam a tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de serem objecto de advertência. A criança que sofrer a agressão também terá tratamento especializado.
A proposta estipula ainda que os agentes públicos, como médicos e professores, poderão ser multados, se tiverem conhecimento de agressões e não denunciarem o caso às autoridades.
O objectivo desta lei é mudar um hábito cultural enraizado. Todavia este texto gerou críticas de alguns pais que o consideraram como uma intrusão do governo na sua forma de educar os filhos.
"Com a aprovação unânime da comissão especial que analisava a matéria, o Brasil terá dado um importante passo para a afirmação dos direitos da criança e do adolescente contra todo o tipo de violência", diz-se num comunicado.
Este tipo de legislação específica, que impõe um certo nível educacional, deixa-me sempre algumas dúvidas. Talvez, porque por detrás dele, pode estar um certo laxismo que tem conduzido a que as crianças tratem mal os adultos como é o caso dos professores maltratados e até batidos-, como me preocupa que se não faça legislação idêntica para idosos, cuja fragilidade tanto devia preocupar o legislador.
Pessoalmente julgo que uma palmada no rabete de uma criança malcriada, pode ser bem mais eficaz do que um moral discurso paterno que lhe entra por um ouvido e sai pelo outro...
HSC
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
As famílias e as empresas

Os dados mostram que o financiamento às famílias pela banca continua a diminuir. Com efeito, seja porque existe um crescente aperto à concessão de crédito, seja porque a procura decresceu, o volume de novos empréstimos concedidos a particulares atingiu em Outubro 738 milhões de euros, o valor mais baixo registado desde Janeiro de 2003, altura em que este registo se iniciou.
O agudizar da crise da dívida europeia e as crescentes dificuldades de financiamento também levaram os bancos a apertar mais o crédito às empresas.
A agravar o cenário, famílias e empresas revelam cada vez mais dificuldades em solver os seus empréstimos. Em Outubro, o crédito malparado de particulares voltou a subir, representando 3,34% do total de financiamento concedido às famílias. Nas empresas, o peso do crédito malparado ultrapassou os 6%, atingindo, assim, valor mais alto desde Maio de 1998.
Outro sinal preocupante foi dado pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal que ontem revelou que, até Outubro, foram entregues 5200 casas aos bancos. Ou seja mais 17,7% do que no ano anterior, situação que se deve ao incumprimento dos proprietários, na sua maioria promotores imobiliários, que não conseguem colocar os seus imóveis.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Villepin, l'élégant

" Dominique de Villepin a annoncé au journal du soir de TF1, dimanche 11 décembre, qu'il avait "décidé d'être candidat à l'élection présidentielle de 2012". "J'entends défendre une certaine idée de la France", a déclaré l'ancien premier ministre, ajoutant :"J'ai une conviction : le rendez-vous de 2012 sera le rendez-vous de la vérité, du courage et de la volonté."
domingo, 11 de dezembro de 2011
De Paris, com amor...

"...De repente, pela primeira e espero que última vez na vida, dei por mim com pena do eng. Sócrates: o que foi aquilo, meu Deus? Uma coisa são as vastas limitações da criatura, outra é a candura com que a criatura as expõe, essa sim uma propensão infantil. Pobre homem, que não arranja uma alminha amiga para preveni-lo do ridículo que comete, que está rodeado de tontos ou sabujos prontos a alimentar os seus delírios, que vive enfim numa completa solidão. O preço do poder, ou dos privilégios amealhados no poder, não precisa de ser tão elevado. As benesses materiais e afins não podem servir unicamente para enxovalhar o usufrutuário, ainda que a falta de consciência do usufrutuário, tradicionalmente aliada aos excessos do respectivo ego, o ponham a jeito com regularidade".
O que ele queria dizer até pode ter laivos de verdade. Mas os portugueses agradeceriam o seu silêncio por uns meses. Cem dias é muito pouco tempo para nos esquecermos dele.
À laia de explicação
sábado, 10 de dezembro de 2011
O amor

Das memórias de Tony Judt este pequeno excerto em que ele diz:
" O amor é aquele estado em que somos nós próprios com mais satisfação'.
Sobre o mesmo tema, Rilke afirma que:
"O amor consiste em deixar aos amados espaço para que sejam eles próprios, ao mesmo tempo que se lhes dá a segurança no seio da qual esse eu possa florescer'.
Estas duas frases foram retiradas de um dos blogues que frequento cujo link é
umjeitomanso.blogspot.com
Como se vê, ambos os pensadores - aqui gosto mais de usar este termo e não o de escritores - referem essa enorme necessidade vital, que é a de cada um dos amantes manter a sua própria identidade. Não há amor saudável que assim não seja.
Infelizmente, a maioria das pessoas leva imenso tempo a perceber tal realidade. E quando, finalmente, com a experiência e a idade, se dão conta disso, é quase sempre tarde demais.
Muitas vezes me tenho perguntado porque se fala tão pouco de Amor na família e na escola, e quando se fala é sempre em sexualidade que se pensa. É uma pena, porque o mais importante na vida de todos nós não é o dinheiro, a crise, o orçamento. O mais importante é ter vivido uma grande paixão e um grande amor.
Mas ninguém se preocupa em nos ensinar isso...
HSC
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
As necessidades bancárias
A EBA, Autoridade Bancária Europeia deu a conhecer esta tarde as novas estimativas de necessidade de capital para a banca europeia. Apesar de ter revisto em alta o montante necessário para a totalidade dos bancos europeus, no caso português, as conclusões apontam para uma quebra de 800 milhões de euros nas necessidades de capital.
BPI
A EBA estima que o BPI precisará de um reforço de capital de 1,389 mil milhões de euros. Deste total, 1,359 resultam de exposição da dívida soberana da zona euro e 989 milhões dizem respeito a dívida pública portuguesa.
BES
Este banco é o que apresenta menos necessidades de capital. Segundo as contas da EBA, o BES irá precisar de um reforço de capital de 810 milhões de euros. Mas 121 milhões de euros irão corresponder a uma “almofada temporária” para a exposição à dívida soberana.
O banco já deteve 3,6 mil milhões de euros em exposição a dívida soberana europeia, toda dívida pública nacional, mas em que 84% tinha maturidade até um ano.
Contudo, face ao recente aumento de capital de 622 milhões de euros, a instituição garante que as suas atuais necessidades de capital não ultrapassam os 188 milhões de euros.
BCP
É a instituição que enfrenta maiores exigências de capital. No entanto, o BCP explica que, já depois da avaliação da EBA, efectuou uma operação que permitiu um aumento de 405 milhões de euros de fundos próprios.
A ser assim, as suas reais necessidades de capitalização serão de apenas 1,725 mil milhões euros.
CGD
A Caixa Geral de Depósitos precisará de um reforço do capital no valor 1,834 mil milhões de euros. Destes, 1,073 mil milhões destinar-se-iam a responder exposição à dívida pública europeia, em 30 de Setembro deste ano.
Apesar disto, ou por causa disto, no final de Outubro, a EBA havia calculado a capitalização da CGD em 2,2 mil milhões de euros.
Todavia, o banco do Estado num comunicado enviado à CMVM, esclareceu que "este buffer não foi concebido para cobrir as perdas relacionadas com as carteiras de dívida soberana, mas sim para dar conforto aos mercados em relação à capacidade dos bancos em absorver uma série de choques e ainda assim manter um nível de capital adequado".
Oxalá por lá se mantenha!
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Liquidem-nas!

"Depois da ameaça de corte maciço de rating a 15 países da zona euro e ao fundo de socorro da moeda única, a agência de notação Standard & Poor’s (S&P) veio nesta quarta-feira fazer a mesma advertência aos maiores bancos da zona euro. CGD, BCP, BES, BPI, e Santander Totta entraram também em processo de revisão".
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Fazer anos!

Fazer anos tem sempre, a partir da idade adulta, dois lados. Um positivo, expresso no "aqui já eu cheguei", e outro, negativo, que é contar mais um na idade e menos um no tempo de vida.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Talvez seja de mais...

"O ministro do Trabalho brasileiro, Carlos Lupi, pediu a demissão neste domingo ao fim de semanas de pressão por denúncias de irregularidades que já tinham levado a Comissão de Ética a recomendar a sua exoneração. É o sétimo ministro que a Presidente Dilma Roussef perde em menos de um ano de mandato e o sexto a sair por denúncias de corrupção"
O que é que se estará a passar no Brasil? Perder sete ministros num ano de governação ou é um erro de casting, ou uma herança muito pesada.
sábado, 3 de dezembro de 2011
O Natal de Tolentino de Mendonça

É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade
O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande
O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas
Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções
O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!
Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará
O Natal não é ornamento"
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"...Joe Berardo, terceiro maior accionista do BCP (com 6%), concorda com a eventual intenção da petrolífera angolana Sonangol de aumentar a sua participação no capital do banco liderado por Carlos Santos Ferreira, noticiou ontem a Lusa..."
"... Joe Berardo lembrou que existem vários investidores angolanos em grandes instituições portuguesas, mencionando o caso da empresária Isabel dos Santos..."
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Ainda a propósito do fim do euro

7 November 2011
By Laurence Knight
Could the euro be sinking?
What's the matter with Spain?
What's the matter with Italy?
How might Greece leave the euro?
Eurozone crisis explained
In seafaring, there is a concept called the "free-surface effect".
It happens when a surprisingly small amount of fluid can move freely inside a boat.
It is an accident waiting to happen.
As the boat tilts in the waves, the water starts to flood across the floor, pushing up against the boat's lower side.
Instead of righting itself again, the boat begins to list more and more as the water moves inside it, until the boat capsizes.
Something similar is happening to the euro.
When it was created in 1999, there was a fatal flaw. While governments shared a single currency, they continued to have their own separate bond markets.
It was an accident waiting to happen.
Bonds are IOUs that governments issue in their hundreds of billions when they want to borrow money.
Just like shares on the stock market, they can be traded by investors.
If investors don't like a government's bonds, they can sell them.
That sends their price down, which by implication means the interest rate the government would have to pay if it wants to borrow more money goes up.
Currency master
Normally this is not a problem. Because normally, a government is the master of its own currency.
It can order its central bank - the currency's guardian - to print as much money as is needed to repay its debts.
ECB boss Mario Draghi has ruled out the central bank printing money to buy up bonds indefinitely
This makes the debts of governments like the US, Japan or UK the safest investment in their respective currencies.
Moreover, if a foreign investor doesn't like the British government's debts, not only does it sell government bonds.
It also sells the pound.
That pushes the pound's value down, which helps make the UK economy more competitive, which helps the UK grow, which helps the government raise taxes.
What's more, when one investor sells pounds, another must buy them.
And where will that buyer invest those pounds? Back into UK government bonds.
So by having its own currency, the UK government is pretty much guaranteed its own pool of sterling cash to finance its borrowing.
Now consider the euro.
Investors believe that Greece cannot possibly repay its debts.
Unlike the UK, Greece does not have its own central bank that it can rely on to print money and buy its debts. And a 50% write-off of its private sector debts is already agreed in principle.
So many investors have sold Greek bonds. But they could not sell the drachma. There is no drachma to sell.
Instead they could freely move their cash into safer government bonds - German government bonds.
Just like the seawater inside a boat, liquidity - investor's cash - can move freely within the euro from one government's bond market to another's.
And that made the value of Greece's bonds plummet.
Greek demonstrations
Could a form of the drachma make a return in Greece?
Greece is a small country. And if it stopped repaying its debts and/or left the euro, re-denominating its debts into devalued drachmas, the losses to its bond investors would be manageable.
The danger posed by Greece is rather the power to demonstrate.
It demonstrates how damaging it is to a eurozone economy when its workers' wages rise to uncompetitive levels during the boom years, leaving its economy high and dry, unable to compete and unable to devalue its currency during the bust.
It demonstrates how self-defeating it can be for a eurozone government to try to reduce its borrowing, by raising taxes and cutting spending, when this merely drives its economy into recession, meaning fewer incomes to tax and more unemployment benefits to pay.
And as of this week, it demonstrates that there is a very real possibility that a eurozone member could leave the single currency altogether.
But most important of all, it demonstrates what happens when investors lose confidence in a eurozone government's debts.
No return?
The best solution would be to have created a single eurozone government bond market in the first place. Too late for that”
And it is in Italy where the real damage is happening.
Investors are afraid Italy might go the same way as Greece. So their cash is beginning to flood out of Italian government bonds, and into German government bonds.
If Greece is the rising flank of the boat, Italy is the midship, and it is listing badly.
It now costs Rome an unprecedented 6.1% to borrow money for just one year. By contrast, Germany pays a mere 0.25%.
Italy has a lot of debt. It has had for years. But this has only become a problem now, because if Italy has to pay 6% interest on its debt, then its debts will grow more quickly than its economy's capacity to service them.
That is unsustainable, and investors know it. Which is why Italy may be about to cross a point of no return.
Once Italy's cost of borrowing rises above this level, it becomes very difficult to bring it down again.
Because at that point, investors know that Italy cannot repay its debts, which means they won't lend to Italy.
But once investors stop lending, then Italy cannot possibly meet the hundreds of billions of euros of debts that are coming up for repayment in the next few months.
So it becomes a self-fulfilling panic, just like a bank run.
Which is to say that, once Italy's cost of borrowing rises above, say, 7%, the chances are that it will just keep on rising as investors desert its bonds in their droves.
The boat will capsize.
Misplaced pride
Meanwhile, Berlin's cost of borrowing has gone down and down as nervous investors have flooded into German government bonds.
The size of the eurozone bailout fund has been increased, but it remains to be seen if this will work
Some Germans may take pride in this as a sign of strength, a vote of confidence.
In fact quite the opposite is true, because Germany is also part of the boat that is capsizing.
There is a common misperception that the eurozone crisis is all about debt.
It isn't. It is also about growth.
Any government can repay its debts, if its economy grows fast enough to generate the tax revenues needed.
But the current crisis is killing growth in Italy and Germany alike.
Businesses and consumers are nervous, and are cutting back their spending.
Europe's banks are finding it hard to borrow, and are being told to meet higher capital ratios - a measure of their financial prudence - so they are cutting back their lending.
Meanwhile, half the governments in Europe are finding it harder and harder to borrow, and in any case are being ordered by Brussels to cut back their spending to get their finances in order.
All of which is tipping the eurozone into a recession.
But a recession just makes debts even harder to repay - as has been amply demonstrated by Greece over the last four years.
Keep pumping
What can be done?
In effect, panicky markets are offering to lend Germany money for free”
The best solution would be to have created a single eurozone government bond market in the first place. Too late for that, even if the Germans hadn't ruled it out anyway.
The eurozone instead hopes that its soon-to-be-1tn-euro bailout fund will do the job.
The fund is like a pump that will try to shift liquidity away from the dipping side of the boat (Germany) back towards the rising side (Italy and Spain).
But even if the pump is ready in time, most economists say it is not big enough to do the job.
Moreover, the eurozone already has a big pump in place, called the European Central Bank.
The ECB can print its own money, so there is theoretically no limit to how much Italian or Spanish government debt it could buy up.
But the central bank's new Italian head, Mario Draghi - perhaps under the influence of his more hawkish German colleagues - has ruled this option out.
Old hat
Depression-era economist John Maynard Keynes said there were two options - cutting interest rates and increasing government spending.
The ECB did indeed cut rates at its meeting on Thursday, but only by a quarter-point to 1.25%. It is an encouraging start.
And perhaps if interest rates reach zero, Mr Draghi can argue that the ECB must then follow its US and UK counterparts in resorting to quantitative easing - buying up government debt (including Italian debt) in order to help the eurozone economy (and not just to rescue his home country).
The problem is that lending more money only helps if the money gets spent. So ideally governments should also be spending more.
But only one government is able to borrow and spend on the scale needed - Germany.
Thanks to the crisis, Berlin can borrow so cheaply that the interest it pays would probably be less than the inflation rate.
In effect, panicky markets are offering to lend Germany money for free.
But Germany does not believe in Keynesian economics. It does not believe in borrowing and spending.
And this is what may ultimately sink the euro boat.