quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Educação Sexual nas Escolas: um pilar para a formação integral


Pertenço a uma geração em que a sexualidade era tabu nas famílias e muito mais nas escolas. Assim, se não fosse a mãe que tive, o que saberia era a porquíssima abordagem da matéria em livros proibidos. Nunca me conformei com esse condicionamento.

Para já, a educação sexual nas escolas, deve ir muito além do ensino sobre anatomia ou prevenção de doenças. Ela é uma ferramenta essencial para promover o conhecimento, o respeito e a autonomia dos estudantes sobre os seus próprios corpos e relacionamentos. Quando tratada de forma responsável e adequada à faixa etária, ajuda a combater tabus, a reduzir a desinformação e a prevenir situações de risco.

O ensino estruturado da sexualidade aborda temas como consentimento, diversidade, igualdade de género, prevenção de infeções sexualmente transmissíveis, menstruação, métodos contracetivos e desenvolvimento afetivo. Essas informações, transmitidas de maneira clara e respeitosa, fortalecem a autoestima e a capacidade de tomar decisões conscientes.

Além disso, a presença da educação sexual nas escolas contribui para diminuir casos de gravidez na adolescência, violência sexual e discriminação. E também cria um ambiente mais seguro, onde os estudantes se sentem à vontade, para esclarecer dúvidas e aprender, sem medo de julgamentos ou ideologias, porque estas matérias estão muito acima disso.

Negar esse acesso é deixar jovens à mercê de informações distorcidas, muitas vezes obtidas de forma insegura na internet, ou em conversas informais. A escola, como espaço de formação dos cidadãos, tem o papel de preparar os seus alunos não apenas para o mercado de trabalho, mas para a vida em sociedade. E a educação sexual é parte fundamental desse processo.

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