domingo, 10 de agosto de 2025

O AMOR

O amor é maravilhoso em qualquer idade. Ele não se prende ao calendário, não teme rugas nem se embaraça com a contagem dos anos.
O amor é uma chama que se adapta ao tempo. Na juventude, chama intensa, carregada de sonhos e descobertas. Na maturidade, transforma-se em calor constante, que aquece de dentro para fora e dá segurança nos dias frios.

Na juventude, o amor é a pressa de viver tudo de uma vez. São noites passadas em conversas intermináveis, promessas feitas com brilho nos olhos, aquele frio na barriga que parece nunca acabar. É um mergulho sem medo de profundidade, movido pela curiosidade e desejo de conhecer o outro e a si mesmo.

Com o passar dos anos, o amor amadurece. Ele não perde a beleza — ganha novas cores. Deixa de ser tempestade para se tornar rio, que flui sereno, mas segue profundo. É o gesto do abraço profundo, do beijo prolongado, dos corpos aninhados, do silêncio confortável, que dispensa palavras. É entender que amar não é se perder no outro, mas se encontrar nele.

E quando ele chega mais tarde, na vida, torna-se ainda mais precioso. É reencontro connosco e, ao mesmo tempo, a descoberta de um novo lar no olhar do outro. É saber que o tempo é finito, mas ainda assim escolher viver cada momento com intensidade, porque cada riso, cada abraço, cada conversa tem sabor de eternidade.

O amor não exige idade para nascer. Ele floresce onde encontra espaço, cuidado e reciprocidade. E, quando verdadeiro, é sempre jovem — mesmo que os corpos carreguem histórias, mesmo que os cabelos contem o tempo!

Porque amar é viver.
E viver, quando se ama, é sempre um milagre.

 

Sem comentários: