O amor é maravilhoso em qualquer idade. Ele não se prende ao
calendário, não teme rugas nem se embaraça com a contagem dos anos.
O amor é uma chama que se adapta ao tempo. Na juventude, chama intensa,
carregada de sonhos e descobertas. Na maturidade, transforma-se em calor
constante, que aquece de dentro para fora e dá segurança nos dias frios.
Na juventude, o amor é a pressa de viver tudo de uma vez. São
noites passadas em conversas intermináveis, promessas feitas com brilho nos
olhos, aquele frio na barriga que parece nunca acabar. É um mergulho sem medo
de profundidade, movido pela curiosidade e desejo de conhecer o outro e a si
mesmo.
Com o passar dos anos, o amor amadurece. Ele não perde a
beleza — ganha novas cores. Deixa de ser tempestade para se tornar rio, que
flui sereno, mas segue profundo. É o gesto do abraço profundo, do beijo
prolongado, dos corpos aninhados, do silêncio confortável, que dispensa
palavras. É entender que amar não é se perder no outro, mas se encontrar nele.
E quando ele chega mais tarde, na vida, torna-se ainda mais
precioso. É reencontro connosco e, ao mesmo tempo, a descoberta de um novo lar
no olhar do outro. É saber que o tempo é finito, mas ainda assim escolher viver
cada momento com intensidade, porque cada riso, cada abraço, cada conversa tem
sabor de eternidade.
O amor não exige idade para nascer. Ele floresce onde
encontra espaço, cuidado e reciprocidade. E, quando verdadeiro, é sempre jovem
— mesmo que os corpos carreguem histórias, mesmo que os cabelos contem o tempo!
Porque amar
é viver.
E viver, quando se ama, é sempre um milagre.
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