quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Foi embora...mas voltou!


António Nogueira Leite foi nomeado, por co-optação, membro do conselho de administração da EDP Renováveis, ocupando um lugar que se encontrava vago, desde 2012. 
O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos foi igualmente nomeado para preencher um segundo lugar na comissão de nomeações e retribuições.
As alterações nos órgãos sociais da EDP Renováveis foram comunicadas à CMVM no mesmo dia em que foi divulgado um lucro líquido ajustado de 134,2 milhões de euros, que representa mais 32% do que em 2011.
Pode bem dizer-se que não houve saída com retorno  mais rápido...

HSC

Uma boa notícia


Confesso que não são muitas as vezes em que Durão Barroso me surpreende pela positiva. Mas hoje foi o caso, ao anunciar a criação de um Conselho Consultivo de Ciência e Tecnologia, órgão informal que reúne quinze membros, entre os quais o cientista português Alexandre Quintanilha, físico e biólogo que é professor catedrático do ICBAS, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
Aquele Conselho Consultivo é um orgão independente e informal, composto por peritos destacados nas áreas de ciência e tecnologia das universidades, empresas e sociedade civil, cobrindo uma larga panóplia de disciplinas.
A tarefa deste órgão é a de aconselhar o presidente da Comissão Europeia no domínio da inovação, nomeadamente no que respeita às oportunidades e riscos que advêm do progresso tecnológico e científico.
A escolha deve encher-nos de satisfação pelo reconhecimento que representa para o próprio, para a instituição e para o país.

HSC

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A lição italiana



A instabilidade regressou à Europa e ao euro, com os resultados eleitorais em Itália. A maneira mais fácil de analisar estes resultados, nomeadamente a expressiva votação em Beppe Grillo e o retorno de Berlusconi, será considerar que os italianos são irresponsáveis e merecem o que têm. Pode ser um erro faze-lo. 
Talvez fosse mais oportuno que os líderes europeus se debruçassem sobre as razões que podem estar por detrás do que aconteceu. Ou seja, analizarem seriamente onde erraram, o que não fizeram e devia ter sido feito para levar os italianos a responderem deste modo.
As dúvidas sobre as verdadeiras causas da crise europeia e estes resultados eleitorais impõem que deles se retirem as devidas lições. Até porque as alternativas poderão passar pela saída da Itália do euro ou, quem sabe, até pelo fim deste.
Esta lição deverá servir também para Portugal, numa altura em que a governabilidade do país é semanalmente posta em causa. Com efeito, se o ajustamento das condições financeiras é tão difícil do ponto de vista económico, político e social, num governo de coligação, como é que ele seria feito num governo minoritário? E isto mesmo admitindo que o ajustamento pudesse ser outro.
Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar têm de negociar, nesta sétima avaliação da Troika, novas condições de incentivo ao investimento. Porque só ele permitirá a retoma da economia, única saída para a crise e para o flagelo do desemprego.

HSC

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A cadeia de Ponzi

Madoff seguramente acabará na prisão, onde vive a recato de maiores tragédias. Mas a sua metodologia deixou seguidores... 
Com efeito, os EUA, para salvarem a ponte de Ponzi - fazer novas dívidas para pagar as antigas -, construída pelo próprio Tesouro, permitiram que o Fed se lançasse na fabricação de moeda em grande escala e numa manipulação sem precedente das taxas de juro.
Ou seja, do mesmo modo que Jesus multiplicou os pães, Bernanke multiplica hoje os dólares, entendendo que esta é a menos má das más soluções, para fazer sair a América da crise. É com esta moeda que ele vem comprando, nos últimos três anos, dívida pública americana.
Resultado, as taxas de juro a longo prazo caíram para níveis surpreendentes – 2% a dez anos quando, antes da crise, elas estavam nos 4% - e, sobretudo, absurdos face à revoada de  dívida pública americana.
Todavia isto não impediu que muitos economistas louvassem a audácia de Ben Bernanke e, ao contrário, censurassem as decisões, pusilânimes, de Draghi à frente do BCE.
Quem é que pode entender o mundo que nos rodeia? Só economistas e políticos...

HSC