sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Os filhos do divorcio

O PS entregou no Parlamento um projeto para alterar o Código Civil e estabelecer uma preferência pelo regime da residência alternada, em caso de divórcio ou separação judicial, sem necessidade de acordo mútuo entre os progenitores.
Compreendo a proposta do PS, mas receio que o cônjuge economicamente mais débil fique em desvantagem face à criança. E temo que esta decisão venha a permitir uma forma encapotada de alguns pais se furtarem à pensão de alimentos.
Na guarda conjunta, a regra actual, que considero justíssima, sobretudo relativamente aos pais, não há pensão de alimentos. Mas o problema permanece. Se um dos cônjuges não tiver a mesma capacidade financeira do outro, como é que vão dividir as despesas comuns de modo a garantir que a criança se não ressentirá? Quando um pode dar conforto, brinquedos e diversão e o outro, apenas o mínimo que um baixo salário consinta, com qual tenderá a criança a querer ficar?
O amor não se compra, dizem alguns. Mas isso é quando se é adulto. Pedi-lo a uma criança, é esquecer que ela é, de facto, uma criança, cujos valores morais ainda não estão estruturados.
Oxalá o PS tenha pensado bem no assunto, porque a entrega dos filhos às mães, que foi a regra durante muito tempo, trouxe para estas tremendos sacrifícios que deveriam ter sido partilhados com os pais.

HSC

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Ser persistente!

Há 12 anos abri este blog. Aqui cada um diz o que pensa e até se estabelecem diálogos entre os comentadores. Nunca o fechei, nem sequer por um pequeno período de tempo. 
Hoje numa entrevista a propósito do meu ultimo livro dei-me conta disto, deste tipo de intervenção pública. Tem sido uma obra de persistência, que considero como uma espécie de voluntariado na área da cidadania. E, confesso-vos,  julgo poder dizer que senti uma ponta de orgulho nesta resiliência.
A todos os que me acompanharam nesta década, aqui fica o meu mais sincero obrigada! 

HSC

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Ser velho...



"Na operação "Censos Sénior 2019", realizada durante todo o mês de outubro, a GNR sinalizou em todo o país cerca de 42 mil idosos que vivem sozinhos e/ou isolados ou em situação de vulnerabilidade devido à sua condição física, psicológica ou outra que possa colocar a sua segurança em causa."
Quando se lê uma noticia destas surgem sempre duas questões. Uma é a de saber que sociedade estamos nós a construir. A outra é a de indagar que modelo familiar está por trás de tanta solidão.
Sei bem que o Estado pode criar instituições de apoio a este tipo de idosos. Mas isso é só uma parte do problema. A outra reside no nosso tipo de familia em que todos trabalham - na melhor das hipóteses - e não podem ocupar-se dos velhos.
Mas há uma terceira e inquietante questão que nos deveria fazer meditar. É que hoje os velhos são um peso para um tipo de vida familiar que pensa mais no "ter" do que no "ser". E que deusificou de tal modo a juventude que tornou quase uma vergonha a condição de ser idoso.
Pertenço a uma geração em que os novos se ocupavam dos mais velhos, pelo respeito e amor que estes lhes mereciam. Pertenço, também, à geração dos idosos que vivem sozinhos. E pertenço, felizmente, à geração dos idosos que têm o privilégio de continuar a trabalhar e a viver desse trabalho. 
Posso, por tudo isto, ficar triste quando leio uma notícia como esta. Mas posso e devo lembrar o Estado e as famílias que ser idoso é algo que irá acontecer à maioria das pessoas e que só isso deveria já obrigar-nos a discutir modelos viáveis para que tal não aconteça de forma tão brutal.


HSC

sábado, 16 de novembro de 2019

Estamos indecisos...

  1. Segundo a comunicação social "o Parlamento Europeu equiparou o comunismo ao nazismo, ao aprovar, por 535 votos a favor, 66 contra e 52 abstenções, a resolução Importance of European remembrance for the future of Europe"
  2. E o nosso Parlamento? Discutiu...
HSC


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O amor não é para aqui chamado

"Não se pode falar de salário mínimo sem amor", terá dito a deputada Joacine Katar Moreira, na sua primeira intervenção no Parlamento. Parece-me uma tese perigosa, algo miserabilista e contrária às questões que devem presidir a uma discussão deste tema!

HSC

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Estão a brincar connosco?!

"Os partidos com apenas um deputado, como o Livre, Iniciativa Liberal e Chega não devem ter direito a tempo de intervenção nos debates quinzenais ou nas interpelações ao Governo."

Então porque é que o PAN, durante quatro anos sempre falou? Têm medo que estes falem? Mas eles foram eleitos justamente para isso.
Estão a brincar connosco?!

HSC

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Nívea: Eu gosto!


Nunca quis ter publicidade nos meus blogs. Não censuro quem a tem mas, no meu caso, ser-me-ia muito difícil dar uma opinião livre sobre qualquer coisa que tivesse patrocínio. Porém, também não quero ter limitações de falar do que gosto, por recear que os outros entendam que estou a ser patrocinada!
Assim, há uns meses disse aqui que iria ter, de vez em quando, uma coluna opinativa que podia ir dos livros, aos discos, aos produtos alimentares, ao cinema, enfim, a tudo aquilo que eu entendesse dever  elogiar ou criticar.
Pois bem, aqui estou hoje, a falar de cosmética. Logo eu, que tenho muito pouco tempo e paciência para estes delicados trabalhos. Mas, também confesso, que durante bastante tempo pude gozar, uma vez por semana, dos benefícios de uma massagista e do sono reparador que sempre se lhe seguia.
Mas, voltemos à cosmética da qual, por norma, sou uma utilizadora errática. Uso com a mesma facilidade um creme caro ou um comprado em supermercado. A unica fidelização que tive desde criança, foi à caixinha azul da Nívea, que tanto servia para tratar os joelhos feridos dos filhos como de alimento para pele seca do rosto ou do corpo.
Todavia este verão algo chamou a minha atenção. Era a campanha televisiva da marca com a  duração de 30 segundos, cuja nova filosofia era o “Co-ageing” (Co-envelhecimento)  que afirmava ajudar as mulheres a aceitarem os sinais do envelhecimento, deixando assim para trás o conceito "anti-ageing" (antienvelhecimento), porque envelhecer não pode ser um tabu.
Para representar essa nova filosofia, foi escolhida a atriz italiana Monica Belluci que foi o rosto da linha de produtos Hyaluron Cellular Filler. E o que ela dizia faz para mim todo o sentido, ja que todos "temos de aceitar a passagem do tempo, num mundo onde todos temos medo de envelhecer, mas onde o facto de dizer que podemos continuar a amar e a ser amados, mesmo tendo uma beleza mais orgânica". 
A mensagem tocou-me e, durante o verão, experimentei a referida gama. Não fiquei, claro, como a lindíssima Monica. Mas que a minha pele parece melhor, isso é um facto!

HSC

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Oração

Senhor, dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra. 

Esta é a oração que rezo quase sempre antes de me deitar e que tranquiliza as minhas noites!

HSC