segunda-feira, 27 de julho de 2015

O Prémio Internacional da Paz



A Fundação Gusi Peace Prize International vai distinguir António Ramalho Eanes com o Prémio Internacional da Paz 2015, que lhe será atribuído em Manila, capital das Filipinas, a 25 de Novembro. 
A distinção é concedida "em reconhecimento da sua carreira e do seu papel como estadista” e pela "contribuição única para a criação de uma paz duradoura, a nível nacional e internacional, nomeadamente no conjunto dos países de língua portuguesa, tanto enquanto Presidente da República como posteriormente, com uma acção cívica de relevo". 
O Prémio Internacional da Paz Gusi - assim designado em homenagem ao capitão Gusi, combatente da II Guerra Mundial, que foi líder político e defensor dos direitos humanos nas Filipinas - é considerado o Prémio Nobel da Ásia -e reconhece o trabalho de individualidades ou organizações que contribuam para a paz e a justiça global.

Os que me conhecem sabem a estima e admiração que nutro pelo casal Eanes que prima, sempre, pela mais absoluta discrição. É por isso, com muita satisfação, que vejo reconhecido internacionalmente o seu trabalho em prol de uma causa tão justa!

HSC

domingo, 26 de julho de 2015

O triângulo


Neste período em que a maioria está de férias e eu estou no final de um trabalho que verá a luz do dia lá para Dezembro, de vez em quando, ligo a televisão. Ontem apanhei a festa da Caras e uma entrevista a Lilly Caneças, socialite - a expressão é da jornalista - que há uns anos abrira os telejornais do prime time por causa de uma cirurgia plástica ao rosto - a primeira de outras que se haviam de seguir. Logo de imediato, apareceu Paula Bobone que, no passado, havia sido entrevistada a propósito de um chá que oferecera às amigas, mostrando o protocolo a que tal repasto deve ser submetido. 
Confesso que fiquei um pouco baralhada. Primeiro, não me lembrava da efeméride da Lilly e, segundo, desconhecia que tomar chá pudesse obedecer a um qualquer critério que não fosse o de quem o serve. Em que mundo andei eu?!
Abstenho-me de quaisquer comentários, dado que acabo de me confessar uma completa ignorante acerca de tais assuntos. Mas não pude deixar de me interrogar sobre as razões que levam a televisão a pretender convencer-nos de que o país se divide entre a política, o futebol e a vida dos que pouca ou nenhuma vida têm. Todavia, depois de ter assistido a trinta minutos deste exercício, começo a pensar que em Portugal, de facto, nada mais há para além deste triângulo...
É que a realidade mostra que as nossas tristes "estórias" giram todas à volta dele!

HSC

sábado, 25 de julho de 2015

Onde andam as obras?!


Tempo houve em que se pensou fazer um Catalogue Raisonné das obras de arte da SEC - Secretaria de Estado da Cultura. Mas a ideia esfumou-se, decerto, perante a enorme confusão que as rodeia.
No jornal Público, Vanessa Rato faz um levantamento objectivo do caos: obras por inventar, obras perdidas ou roubadas, obras que se não sabe onde param, obras que decoram gabinetes ministeriais ou embaixadas, obras que se espalham pelo país, desde Serralves, às caves do CCB, obras que jazem nalgumas câmaras, enfim, uma confusão dos demónios, onde por exemplo só a Universidade de Aveiro tem à sua guarda desde 2006 – vá-se lá saber porquê – 262 peças!
Carlos Mourato, o actual Director Geral das Artes, disse à Lusa que a colecção SEC era hoje composta de 1115 obras. Porém, no tempo da ministra Isabel Pires de Lima – e não foi há muito tempo... – a dita colecção continha 1271 peças.
Para onde foram, então, passear as 156 peças que agora parece terem sumido?!


HSC

terça-feira, 21 de julho de 2015

A seis é que é bom...


Hollande, um rapaz cheio de ideias, veio propor, para inquietação de uma certa Esquerda europeia, uma Europa de Vanguarda  - palavras suas -, constituída pela França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e o Luxemburgo.

A sugestão foi tomada por muita gente como uma manifestação da chamada silly season. Ao contrário, eu constato, uma vez mais, o lamentável estado a que a Europa chegou...

HSC

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Notícias

DA EUROPA
Numa carta aberta “aos (s)eus amigos alemães”, publicada este domingo no site do jornal francês Le Figaro, Strauss-Kahn antigo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), considera que as medidas impostas à Grécia vão ter “um impacto devastador” na unidade europeia.

DA AMÉRICA
O prémio Nobel da economia norte-americano, Paul Krugman, que se destacou como um dos mais virulentos críticos das medidas de austeridades impostas a Atenas, reconheceu este domingo ter “talvez sobrestimado a competência” do Governo grego.
HSC

domingo, 19 de julho de 2015

Até quando Dilma Roussef?


Os próximos passos do Brasil serão decisivos para determinar se o país consegue dar a volta à crise ou se mergulhará definitivamente numa espiral de degradação económica, política e social.
Esta semana, ao contrário do que tem acontecido, a crise brasileira mereceu alguma atenção em Portugal graças à notícia de que Dilma Roussef terá aproveitado uma escala técnica no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, para reunir com o seu ministro da Justiça e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, que se encontravam em Portugal para participar numa conferência em Coimbra.
Mas mais relevante do que o episódio concreto ocorrido no Porto é a preocupante situação a que chegou o Brasil. Foi também recentemente noticiado que a Procuradoria da República em Brasília abriu um inquérito para investigar as ligações do ex-presidente Lula da Silva à construtora Odebrecht, incluindo suspeitas de tráfico de influências.
O país que ainda recentemente era visto por muitos como um milagre económico chegou assim a uma situação de recessão – com o PIB a contrair mais de 1% – e com a inflação oficial em torno dos 10%.
Os próximos passos do Brasil serão decisivos para determinar se o país consegue dar a volta à crise ou se mergulhará definitivamente numa espiral de degradação económica, política e social. Dada a importância global do Brasil, o futuro do país terá também ramificações significativas na América do Sul e no resto do mundo. Também por isso seria importante prestar mais atenção ao que por lá se está a passar.

     
              (Excertos do artigo de André Azevedo Alves, in Observador)

Comparando estas notícias com o impeachement de Fernando Collor de Melo, pode perguntar-se até quando Dilma Roussef? 

HSC

A dimensão da tragédia


Com surpresa, na posse do seu novo governo, vejo Tsipras sem o seu habitual sorriso nos lábios. E vejo, também, os ministros gregos a tomarem posse com juramento perante a Igreja Ortodoxa, ao contrário do que, há uns meses, pela primeira vez acontecera.
As interpretações poderão ser múltiplas. Mas foi a minha vez de ficar triste e perceber bem a dimensão da tragédia.

HSC

terça-feira, 14 de julho de 2015

O 14 de Julho


Há uns anos o Ernâni Lopes, o Rui Almeida Mendes e eu própria celebrávamos a noite da tomada da Bastilha em Paris. E foi uma longuíssima noite porque chegámos ao hotel já bem tarde,. Felizmente que a reunião de trabalho que se seguiu não pedia muito de nós...
Infelizmente já ambos partiram. Mas enquanto o Rui foi vivo, sempre que os três estávamos em Portugal, tentávamos almoçar neste dia, relembrando os velhos tempos.
Hoje passam 226 anos sobre o primeiro 14 de Julho, aquele em que o povo de Paris marcou o início simbólico da Revolução Francesa.

HSC

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Pontos essenciais da proposta da Grécia

 Atenas propõe-se adotar já este ano um novo orçamento, que complemente o atual.
Entre as várias metas fiscais, o governo grego definiu como objetivo um saldo orçamental positivo de 1% em 2015 até 3,5% em 2018. O que será possível com aumentos no IVA, reforma das pensões com cortes, medidas fiscais e reformas na administração pública, entre outras.
Na reforma do IVA, o Governo de Alexis Tsipras propõe reformar o sistema. A taxa de IVA normal passa para 23%, como queriam os credores, o que inclui restaurantes. Ficam com uma taxa de 13% alimentos básicos, energia, água e hotéis. A taxa mais reduzida, de 6%, aplica-se aos medicamentos, livros e teatro.

No pacote de reformas enviado às instituições europeias e ao FMI, também é proposto aumentar a taxa de imposto sobre as empresas de 26% para 28%. O Governo admite ainda que o aumento de impostos pode ir mais além, caso as receitas fiscais não atinjam os objetivos.
Em relação às pensões, um dos pontos de maior divergências com os credores, reconhecendo que o sistema de pensões é insustentável como está, o executivo de Atenas propõe legislação para fazer poupanças nas reformas de 0,25% a 0,5% do PIB este ano e 1% em 2016.
É proposto terminar gradualmente com o suplemento de solidariedade para os pensionistas. As reformas antecipadas serão penalizadas e durante os próximos 7 anos a idade de reforma irá aumentar para os 67 anos no caso dos homens ou 62 anos para as mulheres e 40 anos de contribuições.
O Governo de Alexis Tsipras também propõe reformar a administração fiscal, com redução de suplementos salariais, avaliação de funcionários, um regime de mobilidade de trabalhadores e mais inspeções e auditorias.

                                  Notícia da  TSF


HSC