Passei toda a minha vida convivendo com brancos e negros. Uma tia materna casou com um negro fula cujas feições eram as de um belo romano com a tez era profundamente escura. Não havia nele, uma restea da sangue de branco.
É verdade que a noticia surpreendeu a maioria de nós. mas os meus avôs maternos entenderam que a sua obrigação era defender a felicidade da filha e o casamento realizou-se com a mesma pompa e circunstancia de todos os outros. Dessa união nasceram dois primos lindos. Uma rapariga de pele mate, olhos azuis e carapinha loira. Linda com o céu dos olhos do meu avô. Um rapaz bem escuro, mas uma verdadeira estátua de beleza nas feições. Cabelo claro e bem liso como o da minha tia.
Ao longo da minha vida foram sempre os meus primos preferidos e nunca pensei na cor deles ou na do Pai que era um tio adorável.
Ambos casaram. Ela com um "café com leite", como lhes chamávamos, que tiveram duas raparigas brancas onde se não suspeitaria qualquer dose de negritude. Ele casou com uma sueca de quem tem dois belos rapazes que todos vemos como brancos. Um deles casaria com uma angolana claríssima e tiveram agora um filho mulato, mas de olho verde.
Conto-vos toda esta história de casamentos mistos, que a mim sempre me parecem normalíssimos, porque há dias, num jantar em que o tema foi abordado, uma senhora dizia que não era de todo racista - e ao longo da vida havia-o de facto demostrado -mas...há sempre um mas nestas historias familiares, não se sentia capaz de um envolvimento sexual com alguém de outra raça. Não era capaz e perguntava aos restantes que a conheciam bem, se era por isto, por esta incapacidade, que tinha de ser considerada racista. Que pensa o leitor?
HSC
É verdade que a noticia surpreendeu a maioria de nós. mas os meus avôs maternos entenderam que a sua obrigação era defender a felicidade da filha e o casamento realizou-se com a mesma pompa e circunstancia de todos os outros. Dessa união nasceram dois primos lindos. Uma rapariga de pele mate, olhos azuis e carapinha loira. Linda com o céu dos olhos do meu avô. Um rapaz bem escuro, mas uma verdadeira estátua de beleza nas feições. Cabelo claro e bem liso como o da minha tia.
Ao longo da minha vida foram sempre os meus primos preferidos e nunca pensei na cor deles ou na do Pai que era um tio adorável.
Ambos casaram. Ela com um "café com leite", como lhes chamávamos, que tiveram duas raparigas brancas onde se não suspeitaria qualquer dose de negritude. Ele casou com uma sueca de quem tem dois belos rapazes que todos vemos como brancos. Um deles casaria com uma angolana claríssima e tiveram agora um filho mulato, mas de olho verde.
Conto-vos toda esta história de casamentos mistos, que a mim sempre me parecem normalíssimos, porque há dias, num jantar em que o tema foi abordado, uma senhora dizia que não era de todo racista - e ao longo da vida havia-o de facto demostrado -mas...há sempre um mas nestas historias familiares, não se sentia capaz de um envolvimento sexual com alguém de outra raça. Não era capaz e perguntava aos restantes que a conheciam bem, se era por isto, por esta incapacidade, que tinha de ser considerada racista. Que pensa o leitor?
HSC