Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Clube de fãs!
Ontem, e depois de grande dificuldade em acertar uma data lá fui ao "5 para a meia noite" do Luis Felipe Borges em companhia do actor Nuno Melo. Tive sempre a noção de que aquele não seria um programa para mim, porque se destinava a gerações de gente muito mais nova. Mas lá fui.
Conversa puxa conversa - o tema filhos faz sempre parte - eis que o entrevistador me fala do meu clube de fãs. Olhei para ele como boi para palácio e julguei que ele se estava a meter comigo. Lá despachei a questão dizendo que não acreditava.
Mas a surpresa veio quando, no fim do programa, uma amiga me disse que era inteiramente verdade e que me mandaria o respectivo link para eu verificar.
Pois é mesmo verdadinha. Alguém deve ter entendido que eu merecia tal honra e vai daí deu início ao processo. Hoje fui ao Facebook ver se tudo não era uma grande "peta". Não era mesmo, e eu só não tinha conhecimento do facto porque raramente vou a esta rede social. Limito as visitas para quando tenho um novo livro para anunciar.
Fiquei muito envergonhada de ser o rosto de um movimento cuja existência eu desconhecia. Depois disto e de ter visto as coisas maravilhosas que dizem a meu respeito, os meus infantes que se cuidem. Com um "partidozito" à minha medida - falar frontalmente e sem rodeios -, ainda era capaz de lhes ganhar a corrida...
HSC
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Silly season
Também convém rir sem ser pelas aventuras tecnológicas. No momento, vamos rir-nos de mim.
1. A minha amiga Maggie dona do odestinomarcaahora.blogspot.com atribuíu-me o prémio acima
2. Vou redistribuí-lo por outros sete a saber
duas-ou-tres.blogspot.com
timtimnotibete.blogspot.com
arondadosdias.blogspot.com
odiplomata.blogs.sapo.pt
bombainteligente.blogs.sapo.pt
odestinomarcaahora.blogspot.com
a-casa-da-lapa.blogspot.com
3. Sete coisas pessoais de que gosto
gosto da família
gosto dos amigos
gosto de trabalhar
gosto de ler
gosto de ouvir música
gosto de silêncio
gosto do meu amor
4. Sete coisas que detesto
a mentira
a hipocrisia
a inveja
a tristeza
a estupidez
a política
a maledicêcia
E pronto aqui está a prova de que a silly season ainda não acabou e que eu alinho nela. Só podem ser os efeitos da Aple!
HSC
NOTA: detesto o número seis que é ambíguo e se confunde com o nove, que é aquele de que mais gosto. Portanto, escolhi o número sete. Também serve, calculo eu!
A primeira vez...
Na nossa vida há, por estranho que pareça, várias primeiras vezes. Tenho, ainda, a ingenuidade de lhes atribuir sempre um significado especial. Mas, para contrabalançar, sou "turra" e só desisto quando percebo que não tenho mesmo qualquer "chance" de ganhar. Como se pode calcular esta característica trouxe-me, ao longo da vida, grandes alegrias e algumas derrotas. Ou seja, fez-me!
Quando ataquei esta inovação tecnológica de que vos falei, o empregado olhou para mim e disse-me que, se quisesse, tinha a opção de trabalhar com o Windows no Mac. Porque a versão que o "bicho" trazia só era válida por, julgo, vinte e oito dias. Assim, se não me adaptasse, ao comprar a versão definitiva, poderia fazer uma escolha diferente.
O que ele me foi dizer?! Adoro desafios e ele acabara de me lançar um. Julgo que já terei chegado às vinte e quatro horas de labuta. Mas não desisti. O primeiro round está ganho!
Esta primeira vez foi difícil. Aliás, como tantas outras por que já passei. Mas julgo que estou a caminho da vitória porque, depois de um imenso esforço, venci o medo. E era este que me estava a condicionar e a fazer-me manter abertos os dois computadores. Hoje o velhinho tem estado fechado e eu sinto-me a ganhar terreno...
HSC
Nota: Se algum dos defensores do Mac souber dizer-me se há um manual sucinto para iniciados nesta nova ciência, por favor dê sugestões...
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Ganhar tempo e vida
Quando, de forma inesperada, somos confrontados com a doença daqueles que nos são queridos, por norma, tais acontecimentos fazem-nos repensar não só valores como prioridades.
Foi o que aconteceu comigo, quando um dos meus filhos adoeceu gravemente. Desde então, a minha necessidade de distinguir entre o essencial e o acessório tornou-se algo imprescindível e quase automatico. Com tal posicionamento passei também a ter a coragem de dizer “não”.
Lembrei-me disto a propósito do jantar a que fui no Domingo, em casa do Prof. Adriano Moreira. Foi uma noite tão interessante que quando cheguei a casa, tinha a sensação de me sentir mais rica, mais sabedora, mais tolerante.
De facto, há famílias e pessoas que têm o dom de fazer espoletar o que em nós existe de melhor.
Primeiro, a informalidade com que fui recebida, como se fizesse parte do clã. Depois, a qualidade da conversa que foi da política à história do mundo em que vivemos, numa troca de impressões em que cada um expôs os seus pontos de vista, mas em que nunca o tom das vozes sofreu alguma alteração. Enfim, um serão em que ganhei tempo e vida.
Já é coisa muito rara!
HSC
sábado, 27 de agosto de 2011
Devo estar louca...
Aproveitando as chamadas promoções e a paciência imensa do meu irmão mais novo, do meu sobrinho e da minha cunhada - estou sempre com eles nestas aventuras - renovei totalmente o meu "parque tecnológico".
De uma assentada foi um Mac de secretária e um iPad. Falta-me ainda um Mac Air, um velho sonho sempre adiado. Mas hei-de lá chegar. Ou seja, no dia em que o homem forte desta empresa se afasta dela, por razões de saúde - a empresa que o rejeitou, mas que ele recriou-, eu resolvi dar uma mudança radical nos meus hábitos de pensar e de usar o computador.
Sim, porque qualquer semelhança entre o que agora tenho e o Pc com que sempre trabalhei é pura fantasia. Estivemos os três - eu, a cunhada e o sobrinho - até às duas da madrugada a transferir coisas de uma máquina para a outra. O que prova bem a simplicidade da questão.
E hoje, estou há quase duas horas, a tentar fazer o que antes demorava meia hora. Mas quando eu vencer todas as minhas dificuldades, o que vou poupar em revistas e jornais estrangeiros, vai acalmar-me a angústia que ainda tenho com o gasto que fiz...
HSC
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Para meditar e comparar
"Quando José Dias Ferreira, bisavô de Manuela (Dias) Ferreira Leite, chegou a chefe do Governo em 1892, encontrou um país de "tanga", por força de elevados investimentos ferroviários e em estradas e portos. A dívida pública representava 81% do PIB e o défice orçamental era de 2%.
Juntamente com o Ministro da Fazenda - Oliveira Martins, tio-bisavô do actual presidente do Tribunal de Contas - tomou medidas drásticas: subida de impostos, corte até 20% dos vencimentos dos funcionários públicos, suspensão de admissões no Estado, paragem das grandes obras, saída do padrão-ouro e desvalorização cambial.
Durante dez anos, não foi possível recorrer a empréstimos no estrangeiro, dada a situação de bancarrota verificada.
O desenvolvimento das infra-estruturas no "fontismo" baseou-se num modelo que se pode considerar como a génese das parcerias público-privadas. Eram concessões dadas a particulares que, muitas vezes, garantiam um determinado rendimento ao investimento e, se este ficasse abaixo desta garantia, havia compensação do Estado
Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).
Se calhar foi por isso que, mais tarde, o mataram.
Não se pode consentir que alguém dê, num país onde é costume tirar...o melhor, se calhar, é ter cuidado!"
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
A Imigração...
Participação dos estrangeiros no mercado de trabalho português
O embaixador luxemburguês em Lisboa, Paul Schmit, revelou ontem que 33 por cento dos desempregados no Luxemburgo são portugueses.
Há já algum tempo que penso no desemprego daqueles que saíram e que, por causa da globalização da crise, em determinada altura irão regressar ao país. Situação que terá reflexos não só no emprego nacional mas também no envio de remessas para a pátria.
Na verdade, com as dificuldades que assolam a Europa, este problema do retorno dos emigrantes menos qualificados irá agravar não só a nossa crise, como a tensão social que anda por aí ainda encapotada.
Também é certo que alguns imigrantes, em particular brasileiros, estão a retornar à terra mãe, mas, no cômputo geral, creio que o actual governo, vai, mais tarde ou mais cedo, ter de encarar estes movimentos migratórios e ter preparadas algumas soluções, dado que a Segurança Social também sofrerá as consequências dessa saída de contribuintes e da entrada de nacionais desempregados.
Enfim, governar é, na actualidade, sobretudo prever. Para poder actuar atempadamente. Oxalá ninguem se esqueça disto!
HSC
Telomerização: as novas possibilidades
"No princípio de Maio de 2011, o Prof. João Gonçalves, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, foi notícia porque ganhou um financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates para investigar uma nova forma de combater a SIDA.
A técnica proposta pelo Prof. Gonçalves é relativamente complexa, mas o que nos interessa é que inclui uma metodologia para o transporte de grandes moléculas para o interior das células. Ora, transportar macromoléculas como a telomerase para o núcleo celular é justamente o que nos interessa. Esta tecnologia é absolutamente crucial para o nosso futuro.
Pouco depois de a notícia sair contactei o Professor, que inicialmente teve uma reacção muito positiva. Contudo, essa primeira impressão não se desenvolveu, e eu continuei as minhas pesquisas.
E eis o que descobri.
Já se produz comercialmente telomerase humana (e de roedores). Para ver uma selecção de empresas a trabalhar neste campo vá a http://www.biocompare.co.uk/ProductListings/16563/Biomolecule.html?s=telomerase , onde pode ver que já há diversas companhias a produzir telomerase (sob diversas designações, desde “Human Telomerase” até “TERT”). É uma área que parece estar a despertar grande interesse, e por esse lado não creio que houvesse grandes dificuldades.
E quanto ao transporte da telomerase para o sítio onde ela deverá actuar?
Quando soube dos empreendimentos do Prof. João Gonçalves, pensava que a técnica das nanopartículas (que é a metologia que é necessário dominar para se fazerem chegar macromoléculas ao interior das células) era uma técnica de ponta, praticada apenas nos laboratórios mais sofisticados. Estava enganado.
Umas semanas depois descobri que em Espanha uma muito pequena empresa situada numa pequena cidade de Navarra, a BioNanoPlus (www.bionanoplus.com ) já oferece tecnologia capaz de transportar proteínas (ou seja, a telomerase) para o interior das células. Se uma empresa tão pequena com a BioNanoPlus, numa região remota de Espanha, já propõe esta tecnologia, de que é que estamos à espera?
De ficar velhos?
Além disso, há um último “pormenor”, que é o seguinte: a telomerase é uma substância natural, cuja produção e comercialização está dependente de um ambiente regulatório muito menos exigente que moléculas artificiais. Estas últimas necessitam de extensos teste de toxicologia e eficácia, que não se aplicam às moléculas naturais. O que quer dizer que está tudo a nosso favor.
No meu livro 2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa faço no capítulo 2 algumas propostas de experiências que nos poderiam fazer avançar consideravelmente no nosso conhecimento. As principais têm a ver com um peixe que vive apenas 13 semanas, o Nothobranchius furzeri. Este peixe, que obviamente é um vertebrado como o Homem e por isso tem a mesma sequencia de nucleótidos nos telómeros (os relógios biológicos das células) seria um veículo ideal para se tentarem obter extensões significativas do tempo de vida. Imaginem se conseguíssemos que o peixe que vive apenas treze semanas vivesse dois anos… ou vinte.
Além disso, há uma outra experiência muito mais simples, e com resultados quase imediatos: dar telomerase a ratos envelhecidos para ver se se consegue o mesmo resultado que o que Ronald DePinho obteve em Harvard: um rejuvenescimento radical dos animais.
O envelhecimento é, como qualquer médico pode confirmar, um processo de decadência que pode ser extremamente violento. Abrem-se-nos agora grandes possibilidades. A não ser que estejamos à espera de ficar velhos..."
HSC
sábado, 20 de agosto de 2011
Saiba como e porquê
Rui Zambujal é biólogo e também escritor. Nasceu em Lisboa em Novembro de 1963 e desde muito novo que o envelhecimento das pessoas o intrigava muito. Daí que, desde a sua adolescência um de seus principais interesses fosse a biologia do envelhecimento.
Para Rui Zambujal a vida funciona como uma lâmpada de Aladino e os seus três desejos. Só que em lugar de estabelecermos prioridades na satisfação dos nossos pedidos, eles deviam ser sempre os mesmos: desejar, desejar, desejar. Ou seja, deveríamos pedir para ter sempre mais desejos, para ter vontades sem fim. Porque isso é que é vital. E o envelhecimento é justamente desejar cada vez menos.
Em tese é este o núcleo central à volta do qual a sua obra se desenvolve. O livro foi publicado na Amazon e chama-se
2009-2049: Quarenta Anos de Montanha Russa".
Acaba de ganhar o prémio de melhor e-book do New York Book Festival, o que é digno de registo, tratando-se de um autor português. Está à venda na Amazon.com, em
http://www.amazon.com/2009-2049-Forty-Roller-Coaster-ebook/dp/B004JN11QQ/ref=sr_1_4?ie=UTF8&qid=1313440332&sr=8-4"
Pode ler-se uma sinopse e uma curta biografia na página da editora. A capa é muito informativa, e constitui uma boa introdução ao conteúdo. Estão a ser preparadas traduções para espanhol e francês.
Eu li-o há cerca de dois meses com muito interesse. Não sou uma especialista mas percebi que, de facto uma coisa é nós envelhecermos e outra é percebermos "porque" e "como" isso funciona.
HSC
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Deveras surpreendente...
Não vai ser fácil...
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
A inutilidade da austeridade
Devagarinho eles avançam...
Os dois cérebros da União Europeia - Angela e Nicholas - tiveram uma "ideia" no encontro a dois que decorreu na cidade de Paris, para discutir o futuro da Zona Euro (Z.E) e a crise da dívida.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
A subida das baixas
É verdade. Além da dívida também temos outras coisas a subir.
Como evitar?
Desde Janeiro que terão voado de Portugal 1,3 mil milhões de euros - cerca de 9 milhões diários - para paraísos fiscais. O que, segundo o Banco de Portugal, representará um aumento de 700% face a igual período do ano passado.
Se pensarmos um pouco, esta importância supera aquela que o governo espera arrecadar, com o corte de 50% no subsídio de Natal a recair sobre o valor acima do salário mínimo.
As pessoas que não têm dinheiro andam assustadas e tentam fugir das medidas de austeridade com baixas médicas ou outros subterfúgios equivalentes. Os que têm dinheiro põem-no lá fora, a salvo, em zonas que sendo paraísos fiscais, garantem não só confidencialidade como taxas mais reduzidas ou mesmo nulas.
Só em Março, que foi o mês em que mais se falou da troika, saíram do país 440 milhões de euros, o que mostra bem que quando a austeridade bate forte, o dinheiro não tem pátria. Tem apenas dono!
Todavia será importante que o governo olhe para estes números. É que sem dinheiro não há investimento e sem este não há emprego. Convém não esquecer que quando se estica muito a corda, ela acaba por nos bater no rosto. É de qualquer manual de economia...
HSC
Um esclarecimento
Mas isso não pode levar a que se tome o Fio de Prumo como um local de expressão de raivas pessoais ou de apelos à violência. Uma coisa é não se concordar com o que nos está a acontecer. Outra coisa é incitar ao ódio ou à desagregação.
Quem assim pensa, deve criar o seu próprio blogue e nele expôr toda a sua animosidade e repulsa. Porque, na nossa casa, todos fazemos o que queremos. Na casa dos outros, temos que ser mais contidos.
A raiva cega e nunca é boa conselheira, porque é impositiva e não propicia troca de ideias diferentes das nossas. Ora é nessa troca de diferentes mas serenos pontos de vista, que pode estar a mais valia. Jamais no rancor.
O facto de ter um filho no governo e outro no Parlamento Europeu nunca me impediu de dizer o que penso. Mas não preciso, nem precisei antes, de usar de violência verbal para me manifestar.
Alguns terão pensado que eu deixaria de tecer comentários negativos. Enganaram-se. Continuo e continuarei a fazer os que entender justos. Mas sem qualquer tipo de revanches ou de ódios de estimação. Que até tenho. Mas que guardo para mim, porque não têm qualquer utilidade!
HSC
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
E se acontecesse?!
domingo, 14 de agosto de 2011
600 leitores fiéis
A todos e a todas que tornaram possível esta alegria, um muito obrigada!
Também há coisas boas
Agora foi a vez de me encontrar com a Helena Oneto, a quem eu chamo de Helena O. E foi outra satisfação enorme. Temos tantos conhecimentos comuns que só por acaso não nos encontrámos antes. Mas foi melhor assim, porque ninguém nos apresentou. Fomos nós que quisemos conhecer-nos. E a sensação que tive foi a de que há já muitos anos que eramos amigas.
Só tenho pena que não tivessem lá estado a Maggie e a Isabel. Então era a cereja em cima do bolo. Jantámos junto ao mar, conversámos a noite inteira, e quando nos despedimos tivemos a certeza de que seria até breve.
Obrigada pela noite e pela ternura minha querida amiga!
HSC
sábado, 13 de agosto de 2011
Que diremos nós...
Se ele está preocupado e as medidas em vigor são também de sua autoria, que diremos nós que as vivemos cada dia , cada hora, cada minuto?!
HSC
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Depois da PT, os bancários...
Na conferência de imprensa onde a troika fez a sua primeira avaliação do cumprimento do programa de ajuda externa, o líder da missão da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, avançou que o Governo vai, de forma progressiva, absorver o Fundo de Pensões dos Bancários, pelo que vai proceder à sua transferência para a esfera do Estado, de modo a cobrir despesas inesperadas de quase 600 milhões com o BPN e a Madeira.
Este ano, aquele Fundo irá apenas cobrir despesas não previstas com o BPN - em termos líquidos 320 milhões de euros - e com a Madeira - despesas que ascendem a 277 milhões.
A troika, essa, não esclareceu a que é que se deve este encargo extra da região autónoma. Para que é que havia de fazê-lo, se nós estamos aqui apenas para cumprir, pagar e ainda agradecer?
O precedente foi aberto no governo anterior com o Fundo de Pensões da PT, que deu ao ex Primeiro Ministro uma folga que evidentemente não merecia.
Resta perguntar qual será o Fundo que se segue. Talvez o fundo do poço!
HSC
Absolutamente aterrada
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O receio alastra
As sondagens valem o que valem. Todos o sabemos. Mas são sensores importantes do estado de espírito de um país ou de um nicho de mercado que se queira analisar. Por isso, todos dizem mal delas, mas ninguém as dispensa...O jornal "Le Parisien" decidiu sondar mil franceses com idade superior a 18 anos e divulgou hoje os resultados desse inquérito. Resultados que são, no mínimo, curiosos, se tivermos em atenção o rumor de que o triple A de rating da França poderá vir a descer.E o que diz, então, essa sondagem? Apenas isto: para liderar a crise económico financeira, 46% dos inquiridos têm mais confiança na gestão do governo de Berlim, chefiado por Angela Merkel, do que na de Sarkozy na qual apenas 33% confiam.O Presidente francês é, assim, relegado para a sexta posição e ultrapassado pelo FMI, empresas, o Presidente Obama e a União Europeia.A sondagem é publicada um dia depois de Sarkozy ter interrompido as férias para uma reunião governamental de emergência, mostrando bem a gravidade da forte pressão dos mercados sobre o seu país.
HSC
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Só dívidas!
Hoje li no Correio da Manhã que Portugal é o décimo país mais endividado do mundo. Os últimos dados publicados apontavam para um montante de 202 mil milhões de dólares, que representavam 87% do PIB.
Acredita-se que na actualidade aquela percentagem deverá rondar os 100%. Mas há gente pior que nós. Eis a lista em valor e percentagem do respectivo PIB:
1º JAPÃO - 14 mil milhões de dólares - 234%
2º GRÉCIA - 434 mil milhões de dólares - 139%
3º ITÁLIA - 2,5 mil milhões de dólares - 120%
4º ISLÂNDIA - 16 mil milhões de dólares - 108%
5º BÉLGICA - 504 mil milhões de dólares - 103%
6º IRLANDA - 220 mil milhões de dólares - 102%
7º EUA - 14,5 mil milhões de dólares - 99%
8º SINGAPURA - 254 mil milhões de dólares - 95%
9º FRANÇA - 2,315 mil milhões de dólares - 88%
10º PORTUGAL - 202 mil milhões de dólares - 87%
A situação mundial não é famosa. O problema é que nestes dez países a capacidade de recuperação não é a mesma. E estas percentagens só têm valor à luz dessa possibilidade. Portugal está, infelizmente, no grupo daqueles em que o desenvolvimento económico é menos firme!
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Obama que se cuide...
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Festivais
Francamente não gosto de festivais com multidões ululantes, muita poeira, pouca higiene e um barulho de liquidar os tímpanos mais duros.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Nunca saberemos a verdade...
A este deprimente quadro financeiro, irão juntar-se as indemnizações e subsídios a cerca de 800 bancários que vão ser dispensados - embora se admita que, depois, alguns possam retornar, mas ignorando-se se, nesse caso, devolverão Estado alguma coisa do que já terão recebido.
Todas as contas feitas, calcula-se que o total desta "estória muito mal contada", ronde os 2% do PIB nacional. Peanuts, como se poderá deduzir, mesmo não sendo economista. Nem político, claro. Sendo apenas gente de mau senso...
Bagão Felix tem razão quando considera que, em termos relativos, Madoff custou mais barato à economia americana, dado que as suas operações "só" representaram 0,5% do PIB dos Estados Unidos.
Por mim, continuo a não admitir que se fique sem saber para onde foi o dinheiro que desapareceu e qual a responsabilidade dos supervisores. Já é mais que tempo!
Constâncio foi premiado e exportado para um lugar cimeiro. Da CMVM alguem sabe alguma coisa? Eu não...
HSC
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
E as promessas?!
O problema surge quando o salário que vai receber se situa 50% acima da sua antecessora.
A razão invocada é a de que a indigitada abandona o cargo de Directora de Regulação da PT Comunicações, para o qual havia sido nomeada em 2008.
Ignoro qual seria o seu salário nesse posto. Mas o que concluo, é que ou os vencimentos dos gabinetes ministeriais não são os adequados, e então devem ser revistos para todos, ou é injusto o atestado de incompetência passado àqueles aceitaram desempenhar as mesmas funções com vencimento inferior.
O serviço público não pode nem deve transformar-se num mundo de desigualdades consentidas. E este governo começa mal, ao permiti-las. Se alguma coisa os portugueses esperam, é que se não repitam situações tão criticadas no passado.
Manuela Ferreira Leite já havia tomado atitude idêntica com o Director Geral dos Impostos, que foi muito eficiente no seu desempenho. Porém, isso não altera a substância da questão. Ele seria igualmente competente ganhando menos. O que podia era não estar disposto ao sacrifício...
Se o Estado só consegue os melhores pagando mais é porque o que paga não é o que devia ser. As discrecionariedades só levam a que os bons jamais considerem que existe algo que se chama de espírito de missão cívica.
HSC
terça-feira, 2 de agosto de 2011
O relógio da dívida americana
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Um Domingo entre amigos
Como não tenho férias vou aproveitando os fins de semana para estar com os amigos.
Neste último, tive um programa "sui generis". Uma das minhas editoras sugeriu-me e ao Mário Zambujal que fizéssemos uma sessão de autógrafos na Feira do Livro da Caparica pelas 21horas Quer eu quer o Mário estávamos convencidos que, com a ventania que soprava, não venderíamos um só livro.
Então não é que fizeram fila para nos receber? Tocante, para quem, como eu, não ia à Caparica há cerca de vinte anos. Vendemos bastante e fomos muito bem recebidos!
É quase como um "pic-nic" só que com mesas postas. Cada um leva o que quer, junta-se tudo e tem-se um repasto de truz. Rimo-nos, comemos, bebericamos, pomos a conversa em dia e alguns, entre os quais eu, terminamos sempre a tarde na loja dos 170 e na Confeitaria da Amélia a comprar o que não faz falta, mas que acaba sempre por ser útil.
O passeio costumava incluir, igualmente, uma ida à loja chinesa mas esta - surpreendentemente - está para fechar. Deve ser caso único já que estlas se multiplicam como cogumelos.
Tudo isto se passa perto da Ericeira e todos os anos não deixo de me perder no caminho por causa por causa da galhofa e do riso que vai no carro. Este Domingo foi pior. Guiá-mo-nos pelo sistema GPS e não acertámos nem a ida nem o retorno...
De facto, burro velho não aprende línguas nem caminhos, mas diverte-se imenso com os erros cometidos e repetidos... Salve-se isso!
HSC