quarta-feira, 19 de março de 2025

VALORES

Os valores da sociedade atual estão espalhados e, muitas vezes, fragmentados entre diferentes grupos e perspetivas. Algumas pessoas ainda prezam princípios como empatia, solidariedade e justiça social, enquanto outros priorizam o sucesso individual, status e consumo.

Com a influência das redes sociais e da globalização, parece que valores como autenticidade e bem-estar mental, estão ganhando mais espaço, enquanto há um embate constante entre tradição e modernidade.

Será que os verdadeiros valores do ser e não do ter estarão a perder-se? Sim. Parece que os valores do ser – como empatia, honestidade, humildade e autenticidade – estão sendo cada vez mais sufocados pelos valores do ter, como status, riqueza e poder. A sociedade de consumo incentiva a busca incessante por bens materiais e validação externa, enquanto o cultivo do caráter e da essência humana ficam em segundo plano.

Há muitos indivíduos que se sentem pressionados a exibir as suas conquistas nas redes sociais, como se a felicidade e o valor pessoal, fossem medidos por posses e reconhecimento virtual. Isso enfraquece a busca pelo autoconhecimento, pelo equilíbrio emocional e pelos laços humanos genuínos.

Por outro lado, há quem resista a essa tendência, valorizando a simplicidade, o minimalismo e a espiritualidade. Haverá ainda espaço para resgatar os valores do ser na sociedade de hoje? Creio que virão outros cada vez menos válidos pois, o que parece, é que estamos a caminhar para uma inversão de valores, onde os princípios do ser vão sendo substituídos por valores cada vez mais superficiais e descartáveis. A busca pelo imediato, pela aparência e pelo individualismo tende a ofuscar a profundidade das relações humanas e da própria existência.

Se continuarmos neste ritmo, os valores que surgirão poderão ser ainda mais distantes da essência humana, privilegiando apenas aquilo que traz lucro, status ou validação social. A empatia pode ser trocada pela conveniência, a verdade pela narrativa que melhor vende, e a autenticidade pela imagem construída para agradar os outros.

Mas será que isto é inevitável? Ou ainda há formas de resistir e resgatar os valores verdadeiros? O que lhe parece caro leitor

Em breve uma grande novidade!

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