Corres. Corres porque o mundo exige, porque o relógio te
empurra, porque há sempre algo a ser feito antes que o tempo se esgote. A
pressa veste-se de urgência, de compromissos inadiáveis, de passos largos que
atropelam o chão. E no meio da correria, esqueces. Esqueces de respirar fundo,
de sentir o vento na pele, de perceber o sol mudando de posição no céu.
Mas então, num raro instante de lucidez, tu paras.
E a pausa assusta-te. Porque na pausa o silêncio fala. Fala
das vontades guardadas, dos sentimentos empurrados para depois, dos detalhes
invisíveis na velocidade dos dias. A pausa obriga-te a ver o que a pressa
esconde: os rostos, os sorrisos, o sabor do café que sempre bebes sem notar.
A vida não é uma corrida, mas também não é imobilidade. Há um
ponto de equilíbrio entre o ir e o ficar. Entre o agir e o sentir. Entre a
pressa e a pausa.
E é nesse intervalo que, enfim, te encontras!
Em breve uma grande novidade!
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