Não gosto do Carnaval. Nada na sua alegria fictícia me toca. No entanto, é considerado uma das festas mais populares e vibrantes do mundo, celebrado com música, danças, fantasias coloridas e uma energia contagiante. A sua origem remonta às festividades pagãs da Antiguidade, como as Saturnais romanas, que comemoravam a fartura e a renovação. Com o tempo, a festa acabou por ser incorporada na Igreja Católica e passou a ser realizada antes da Quaresma, simbolizando uma despedida dos prazeres mundanos, antes do período de jejum e reflexão.
No Brasil, o Carnaval tornou-se uma das principais manifestações culturais do país. A festa é marcada por desfiles de escolas de samba, blocos de rua e trios elétricos, cada um com as suas características únicas. No Rio de Janeiro, os desfiles na Marquês de Sapucaí reúnem escolas de samba que encantam o público com enredos, carros alegóricos e fantasias luxuosas. Em Salvador, o ritmo do axé embala milhões de foliões nos trios elétricos. Já em Recife e Olinda, o frevo e o maracatu tomam conta das ruas com passos acrobáticos e cores vibrantes.
Além da diversão, o Carnaval tem um forte impacto cultural e económico, movimentando setores como turismo, moda, música e gastronomia. São milhares de trabalhadores e artistas a envolver-se na produção da festa, garantindo um espetáculo grandioso para os foliões e espectadores.
Apesar de sua essência festiva, há quem considere que o Carnaval também pode ser um espaço de crítica social e política, com marchinhas e enredos que abordam temas relevantes da sociedade. É um momento de celebração, mas também de expressão e resistência cultural.
Seja em grandes desfiles ou em festas de rua, o Carnaval é visto como um período de alegria, diversidade e liberdade, onde as pessoas se entregam à magia da música e da dança, criando memórias muito especiais. Talvez seja, justamente, esta magia imposta, aquilo que mais me incomoda!
A autora aos 7 anos já sem simpatia pelo Carnaval.
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