Muitos de nós encaram o divórcio como um fracasso, como o
encerramento doloroso de uma história que prometia ser eterna. Mas o que poucos
percebem é que, para muitos, o divórcio é uma forma de renascimento. Porquê?
Porque, depois de tanto nos perdermos tentando salvar algo que não existe mais,
a pessoa, finalmente, tem consciência de que se encontra.
O divórcio não apaga o amor que houve - apenas reconhece que,
apesar do sentimento que existiu, permanecer juntos, já não tem sentido. Amar o
outro nunca deve significar esquecer-se de si mesmo. Quando o relacionamento
deixa de ser um lugar de crescimento, respeito e paz, escolher sair pode ser o
ato mais corajoso e inteligente que possamos fazer por nós.
Recomeçar não é fácil. Há dor, culpa, medo. Mas também há
liberdade, espaço e possibilidades. Aos poucos, a dor vira força. A culpa vira
consciência. O medo vira impulso. E neste processo, o amor-próprio floresce. Não
como um substituto, mas como um novo alicerce.
O divórcio não é o fim do amor. É o momento em que
paramos de nos anularmos, para cabermos numa relação. E em que começamos a nos abraçarmos
por inteiro, com todas as nossas verdades. É o começo de uma relação mais
profunda connosco mesmo. E então, talvez, um dia, com alguém que nos ame na
mesma medida. Eu sou um bom exemplo.
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