terça-feira, 16 de maio de 2023

NÍVEIS DE FELICIDADE


 

“Todo o conhecimento e todo o aumento do nosso conhecimento não terminam com um ponto final, mas sim com um ponto de interrogação.”     ( Herman Hesse)

 

Uma questão pertinente que teremos de colocar, no âmbito do estudo da felicidade, é se a felicidade é ou não possível. Neste âmbito, há quem distinga entre felicidade ideal e felicidade atual. A felicidade ideal seria completa e duradoura, tocando toda a vida, perfeita, pura, com parâmetros muito elevados e pode assim não ser alcançável. Já a felicidade atual seria composta por emoções predominantemente positivas e pela satisfação com a vida; é este tipo de felicidade que é objeto de estudo da economia, e de outras ciências.

Porém, existem pessimistas que alegam que a felicidade é impossível de alcançar. Hegésias, da Alexandria (séc. III a.C.), por exemplo, acreditava que a felicidade seria inatingível, que a vida não valeria a pena de ser vivida e que um sábio escolheria a morte.

O pessimismo, no sentido de apregoar que é impossível o Homem alcançar a felicidade, surgiu em contextos sociais muito conturbados, em que a qualidade de vida era muito inferior face aos tempos modernos, condicionando assim também o bem-estar das pessoas.

Representando uma visão mais positiva, outros afirmam que a grande maioria das pessoas é feliz, depois de um estudo empírico, abrangendo 43 países, ter concluído que 86% dos inquiridos apresentavam níveis de felicidade acima da média da escala de felicidade.

Há quem defenda que só será feliz aquele que tenha a sua mente focada em algum objetivo que não a sua própria felicidade, mas sim na felicidade de outros, na melhoria da humanidade, mesmo em qualquer tipo de busca, perseguida não como meio, mas ela mesma como o fim ideal. Alguns estudos de 2003 mostram que estar focado em si próprio e na obtenção da própria felicidade, poderá ser contraproducente e levar a níveis inferiores de felicidade. No entanto, se a busca intencional pela própria felicidade parece não trazer os resultados desejados, há quem defenda que existem atividades e mudanças no estilo de vida, que o indivíduo pode efetuar de forma deliberada, de forma a aumentar a sua felicidade, tais como a meditação e a contabilização das próprias graças.


2 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Temos momentos de felicidade.
Até de euforia.
E outros não tão agradáveis.
Alguns até de infelicidade.
Chama-se vida.

Anónimo disse...

🌹