“Todo o conhecimento e todo
o aumento do nosso conhecimento não terminam com um ponto final, mas sim com um
ponto de interrogação.” ( Herman
Hesse)
Uma questão pertinente que teremos
de colocar, no âmbito do estudo da felicidade, é se a felicidade é ou não
possível. Neste âmbito, há quem distinga entre felicidade ideal e felicidade
atual. A felicidade ideal seria completa e duradoura, tocando toda a vida, perfeita,
pura, com parâmetros muito elevados e pode assim não ser alcançável. Já a
felicidade atual seria composta por emoções predominantemente positivas e pela
satisfação com a vida; é este tipo de felicidade que é objeto de estudo da
economia, e de outras ciências.
Porém, existem pessimistas que
alegam que a felicidade é impossível de alcançar. Hegésias, da Alexandria (séc.
III a.C.), por exemplo, acreditava que a felicidade seria inatingível, que a
vida não valeria a pena de ser vivida e que um sábio escolheria a morte.
O pessimismo, no sentido de
apregoar que é impossível o Homem alcançar a felicidade, surgiu em contextos
sociais muito conturbados, em que a qualidade de vida era muito inferior face
aos tempos modernos, condicionando assim também o bem-estar das pessoas.
Representando uma visão mais
positiva, outros afirmam que a grande maioria das pessoas é feliz, depois de um
estudo empírico, abrangendo 43 países, ter concluído que 86% dos inquiridos
apresentavam níveis de felicidade acima da média da escala de felicidade.
Há quem defenda que só será feliz
aquele que tenha a sua mente focada em algum objetivo que não a sua própria
felicidade, mas sim na felicidade de outros, na melhoria da humanidade, mesmo
em qualquer tipo de busca, perseguida não como meio, mas ela mesma como o fim
ideal. Alguns estudos de 2003 mostram que estar focado em si próprio e na
obtenção da própria felicidade, poderá ser contraproducente e levar a níveis
inferiores de felicidade. No entanto, se a busca intencional pela própria
felicidade parece não trazer os resultados desejados, há quem defenda que
existem atividades e mudanças no estilo de vida, que o indivíduo pode efetuar
de forma deliberada, de forma a aumentar a sua felicidade, tais como a
meditação e a contabilização das próprias graças.
2 comentários:
Temos momentos de felicidade.
Até de euforia.
E outros não tão agradáveis.
Alguns até de infelicidade.
Chama-se vida.
🌹
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