Acredito piamente que nada acontece por acaso. Hoje, tive um
dia muito pesado, com a promoção do meu último livro. No fim da tarde, esticada,
meia morta, no cadeirão da sala, que raramente uso, porque alguém já se apossou
dele, carreguei no botão da música. Era linda e a letra dizia mais ou menos
isto que se segue.
Nada é pequeno naquilo que fazemos com paixão.
Às vezes, é só um gesto discreto — uma palavra dita com cuidado, uma xícara de
café servida com carinho, um bilhete esquecido sobre a mesa. Para quem olha de
fora, pode parecer banal. Mas dentro de nós, há um mundo inteiro vibrando
naquele detalhe.
A paixão tem essa força: transforma o comum em
extraordinário. Não porque muda o tamanho do que fazemos, mas porque muda o seu
sentido. O simples se torna profundo, o quotidiano ganha alma. É como se cada
ato carregasse um pouco da nossa essência, um rastro silencioso do que somos.
E, no fundo, é isso que importa: não o tamanho do gesto, mas
a intensidade do coração que o sustenta. Afinal, não era por acaso. A letra
descrevia exatamente o que sinto por aquilo que faço!
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