sábado, 27 de setembro de 2025

Mudar de vida sem ser por vontade própria

Sempre que fiz mudanças de vida, foi por vontade própria. Chegou a altura de ir fazer uma mudança que preferia não ter de fazer. Mas interiorizei e refleti assim.

Nem sempre as mudanças chegam como fruto de uma escolha consciente. Às vezes, a vida nos obriga a trilhar caminhos que nunca imaginamos percorrer. Uma demissão inesperada, o fim de um relacionamento, um acidente, uma perda, uma crise económica, uma doença — situações que não pedem permissão para entrar. É como se o chão conhecido desaparecesse debaixo dos pés, e fôssemos empurrados para um território desconhecido.

No início, há resistência. É natural sentir medo, raiva ou tristeza quando a mudança não nasce da nossa vontade. O que era estável se rompe, e o futuro se torna um borrão. Mas, por mais duro que pareça, é nesses momentos que a vida revela uma outra face: a de que se não temos controle total sobre tudo, ainda podemos escolher como reagir.

Adaptar-se não significa aceitar passivamente. Significa olhar para a nova realidade com honestidade, reconhecer as perdas e, aos poucos, construir algo diferente a partir delas. Mesmo as mudanças impostas podem carregar sementes de crescimento. Às vezes, o que hoje parece uma rutura pode, no futuro, ser lembrado como o ponto de viragem que nos levou a um lugar melhor.

Mudar sem querer não é apenas um desafio — é também um convite para rever valores, para descobrir forças escondidas, para encontrar novas possibilidades. Não é um caminho fácil, mas é um caminho que pode revelar quem realmente somos quando tudo muda. É o que vou fazer!

 

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