Sempre que fiz mudanças de vida, foi por vontade própria.
Chegou a altura de ir fazer uma mudança que preferia não ter de fazer. Mas
interiorizei e refleti assim.
Nem sempre as mudanças chegam como fruto de uma escolha
consciente. Às vezes, a vida nos obriga a trilhar caminhos que nunca imaginamos
percorrer. Uma demissão inesperada, o fim de um relacionamento, um acidente,
uma perda, uma crise económica, uma doença — situações que não pedem permissão
para entrar. É como se o chão conhecido desaparecesse debaixo dos pés, e
fôssemos empurrados para um território desconhecido.
No início, há resistência. É natural sentir medo, raiva ou
tristeza quando a mudança não nasce da nossa vontade. O que era estável se
rompe, e o futuro se torna um borrão. Mas, por mais duro que pareça, é nesses
momentos que a vida revela uma outra face: a de que se não temos controle total
sobre tudo, ainda podemos escolher como reagir.
Adaptar-se não significa aceitar passivamente. Significa
olhar para a nova realidade com honestidade, reconhecer as perdas e, aos
poucos, construir algo diferente a partir delas. Mesmo as mudanças impostas
podem carregar sementes de crescimento. Às vezes, o que hoje parece uma rutura
pode, no futuro, ser lembrado como o ponto de viragem que nos levou a um lugar
melhor.
Mudar sem querer não é apenas um desafio — é também um
convite para rever valores, para descobrir forças escondidas, para encontrar
novas possibilidades. Não é um caminho fácil, mas é um caminho que pode revelar
quem realmente somos quando tudo muda. É o que vou fazer!
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