sexta-feira, 12 de setembro de 2025

12 DE SETEMBRO

Hoje, caminho por dentro de mim,

como quem percorre um labirinto silencioso.
Não há ruas, apenas corredores de lembranças.
Cada porta que abro revela um eco, um rosto, um vazio.

Pergunto-me se viver é colecionar ausências.
Ou se é apenas aprender a sentar-se diante delas, sem fugir.
Sinto que o tempo não corre aqui dentro — ele se dobra,
como uma chama que vacila, mas não se apaga.

Não sei se busco consolo ou apenas sentido.
Talvez nada se revele. Talvez a travessia seja só isso:
um passo após o outro, dentro da própria solidão.

O 12 de setembro não é data — é estado.

Mas também é o dia em que um filho nasceu de mim!

 

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