domingo, 12 de abril de 2020

A minha Pascoa

Talvez possa dizer que de todas as Pascoas que fiz, esta tenha sido a mais dura e mais autenticamente vivida. Isolada dos que mais amo - em especial filho, irmão, cunhada e neto -, a semana decorreu com um silêncio que, em condições normais, seria perfeito. E que, afinal, só não o era pela imposição a que estava sujeita.
Nunca fui solitária, sozinha, ou algo parecido. Casada ou não, sempre precisei de um espaço meu, muito próprio,  que não admitia invasões. E quem me levou já sabia disso...
Ora nesta semana da paixão e admitindo que poderia nunca mais abraçar algumas pessoas, senti um aperto no coração. Sabem porquê?
Porque à maior parte delas, não terei dito as vezes suficientes, que as amava e o quanto elas eram importantes para mim, relembrando assim a máxima da minha mãe "não morras, nunca, com palavras por dizer e afectos por demonstrar". Tinha toda a razão. 
Esta Pascoa foi a mais dura, a mais seca, a mais vazia. Também foi aquela em que mais amigos me mimaram. E é por isso que lhes dedico tudo aquilo de que senti falta, mas decerto me fortaleceu!

HSC

15 comentários:

Anónimo disse...

Golden Ladie

Love is in the air ... Happy Easter!

Ghost

" R y k @ r d o " disse...

Imagino que esse sentimento é comum a muito coração humano, onde me incluo ( no sentimento). Para o ano será melhor, acredito eu.
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Desejando um domingo de Páscoa muito feliz, extensivo a toda a família

Anónimo disse...

Páscoa, Natal, aniversários, não tenho nada contra, mas no meu ser mais fundo, não significam muito para mim.
Para mim tudo está na natureza, como os meus pais me transmitiram.
Chuva, sol, vento, verdes (tantos verdes), amarelos, castanhos, rosas, azuis, tantas cores.
A minha mãe partiu recentemente (não com a Covid-19) mas as suas memórias não estão no Natal, na Páscoa, nas festas, estão espalhadas pelos campos, e também no pequeno quintal onde cultivava as suas couves e rosas.
Plantava uma rosa que se chama «my girl» e eu sempre achei que era eu (nem tenho a certeza se isto é mesmo assim, ou é uma fantasia minha).
Nunca me disse isso, não era muito poética, era muito pragmática (o que muitas vezes me irritou) o que ela queria era saber como obter os melhores resultados com as suas plantas. Isso trazia-lhe um contacto muito grande com essas mesmas plantas, que agora sentem a sua falta.

João Menéres disse...

Gostei tanto de a ler...


Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

Bendita Mãe que tais filhos teve.
Uma boa noite, depois de ouvir e ver o Paulo, apesar da imensa saudade do Miguel

Anónimo disse...

Um mimo apenas

Segue passaporte e um ramo de ervilhas de cheiro.

Boa viagem!

https://youtu.be/cyOnSOPGTrQ

Vá,mas volte!

:))

Anónimo disse...



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Anónimo disse...

Quem disse que Cristo não sairia à rua nesta Páscoa, devia ver:

https://www.youtube.com/watch?v=1LVSMb968Sg

Anónimo disse...

Menina Leninha
Neste dia chuvoso,esteja onde estiver,receba um bj levado pelo vento.Nao estranhe se não o sentir na cara pois enviei directo para o seu coração.

Anónimo disse...

Sustine et abstine

Amor vincit omnia

Hodie mihi,cras tibi

:-)

Pedro Coimbra disse...

Precisar de um espaço nosso é muito diferente de estar forçado a um espaço nosso.
Especialmente em datas e celebrações tão especiais.

Fátima Costa disse...

Ao ler o seu texto ocorreu-me, de imediato um que escrevi nesta ocasião porque fiz anos no sábado se Aleluia e que vou aqui deixar,à laia de comentário

Um aniversário atípico, mas que as novas tecnologias deram a volta e permitiram ao meu sobrinho mais velho, qual bom anfitrião reunir grande número de amigos e familiares para em uníssono me darem os parabéns.
Do bolo, de cantarem os ditos, das velas e das palmas encarregou-se a outra extensão da minha família: a OASIS.(organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social)
E, como gosto sempre de ver o reverso da moeda, uma só ilação: foi necessário um nicho horrendo para sentir o verdadeiro peso da Amizade e do Amor.

Fátima Costa disse...

Ao anónimo que falou na boa relação de sua mãe com as plantas, gostava de salientar outro aspeto. Também, eu perdi a minha há meio ano e era notório o seu apego à terra e à Natureza. Mexia nas plantas com o mesmo à vontade com que afagava uma criança. Sempre admirei esse seu lado telúrico que encontro em Miguel Torga.

Anónimo disse...

🌹

Anónimo disse...

Golden Lady
* (not Ladie)

Ghost