segunda-feira, 27 de abril de 2020

O 25 de Abril em Itália

   

Neste 25 de Abril a Itália também celebrou a sua liberdade, a insubmissão a Mussolini e à sua política. Será para os italianos uma data tão importante quanto ´é para os portugueses. Mas a maneira como cada país homenageou essa celebração é que foi completamente diferente.
O Presidenta Sergio Mattarella foi, sozinho e de máscara, assinalar a data junto ao monumento Altare Della Patria. O mesmo momento, o mesmo valor, o mesmo empenho, o mesmo orgulho. Mas o estrito cumprimento das regras impostas a todos pela saúde publica. Um gesto que marca a diferença entre os povos!

HSC

30 comentários:

João Menéres disse...

Eis a diferença de mentalidade !

Melhores cumprimentos.

Pedro Coimbra disse...

O valor do exemplo.
Será tão difícil perceber o óbvio???
Boa semana

Maria Eugénia disse...

Exactamente. Cada país tem as suas leis, as suas ideias votadas no Parlamento. Nem a segunda figura do Estado manda. Faz aquilo que os partidos votam, somente!
Quanto às comemorações, para mim ambas são válidas. Mas não podemos comparar os dois países em termos de pandemia e portanto em termos de acções concretas. Em Itália houve dias em que em 24h, morreram tantas pessoas como a totalidade dos mortos em Portugal. Portanto não façamos comparações...
E Portugal tem sido exemplar, reconhecido internacionalmente. Receio que agora com o levantamento de algumas restrições, o nosso povo comece a "desleixar", só isso. Eu vou esperar ainda para sair de casa...
Cumprimentos da Maria do Porto

Helena Sacadura Cabral disse...

Maria
Se comparar o número de mortos e infectados em termos proporcionais por habitante percebe o que eu quiz dizer. A. Issa situação é grave. Somos um país pequeno e Itália um país grande. Mas infelizmente a nossa escala não estamos melhor...

Anónimo disse...

É impossível que o nosso olhar se desvie do centro, onde convergem os dois elementos essenciais: o Presidente e um Povo, cuja União está representada neste monumento-altar dedicado à Pátria. Reduzida à sua expressão mais simples, é uma imagem que, pela sua força e significado, não necessita de qualquer legenda. Será sempre reconhecida no tempo futuro. Carregada de simbolismo, já faz parte da memória colectiva do povo italiano e é documento histórico que assinala o momento e a experiência traumática vivida.

S. Matarelli percebeu que, neste ano excepcional, deveria fazer uma abordagem diferente para celebrar o "espírito de Abril" do seu país. E assim, soube "sentir" o ar do tempo, interpretar este momento histórico irrepetível e transformá-lo numa imagem também ela única, tornando-se um Ícone para a posteridade.

E nós por cá? Por aqui é: "Nós mandamos e queremos e vós obedeceis".
Continuo na minha: o país-político desrespeitou o país-nação.
Desperdiçaram uma oportunidade única de demonstrarem alguma grandeza, ao menos por uma vez.
Ficou registada uma imagem de "fim de festa" sem glória e de uma pobreza confrangedora. Uma gente sensaborona, gasta e repetitiva. Cansam-me.
Gl

Anónimo disse...

Vários analistas consideram que, em Itália, foram sobretudo os conflitos políticos que conduziram à tragédia, originada pela pandemia.
Esses conflitos e intrigas políticas, CONFUNDIRAM A POPULAÇÃO, tentando os partidos aproveitar-se da crise, para servirem os seus interesses políticos.
O presidente Mattarella pede aos italianos «a mesma unidade que no pós-guerra» para que o ressurgimento do país seja possível.
O dia 25 e Abril de 1945, foi o dia da libertação da Itália do regime fascista e da ocupação nazi.
Mussolini foi preso, por ordem do rei, em 1943, fuzilado em 1945, e a República foi proclamada em 1946.
Na época, a designação de antifascistas, reúne democratas-cristãos, esquerda, monárquicos, republicanos, e foi essa união que possibilitou a Libertação de 1945.
Bella Ciao, canção-símbolo da resistência, cuja origem é desconhecida, tem tido várias conotações e vicissitudes. Por exemplo, quando alguns socialistas a cantaram na UE, isso foi qualificado de «vergonhoso» e «ridículo» pela direita italiana.
O dia 25 de Abril, não foi exclusivamente comemorado pelo presidente italiano, a Bella Ciao foi largamente cantada nas varandas italianas.
O presidente tinha consigo alguns elementos, penso que do exército, e um músico, que acompanhou a cerimónia com a seu instrumento.
O importante foi o 25 de Abril ter sido comemorado em Portugal, embora saibamos que a direita não gosta em absoluto dos valores do anti-fascismo.

Anónimo disse...

Portugal está a enfrentar a pandemia melhor do que Itália, em termos de fases comparativas.
Esperemos que agora não comecem os casos graves a disparar em Portugal, por um baixar da guarda dos portugueses, ou por um desconfinamento mal resolvido na prática, no dia a dia das pessoas, ou por informação confusa, uns a dizerem assim, outros assado, só para ganharem votos.
O parlamento italiano tem estado mais reduzido do que o português, chegou a colocar-se a questão da suspensão presencial, tem havido votações à distância e praticamente só têm tratado de legislação relativa à Covid-19.
Acho a mensagem de Marcelo RS no 25 de Abril, mais forte e sólida do que a do presidente italiano, um homem só, no meio das brigas políticas, que são conhecidas.
Itália tem estado um descalabro a todos os níveis!

Anónimo disse...

Nesta época histórica, premente e multidimensional, também as mensagens têm múltiplos sentidos que, nem sempre coincidem.

Há mensagens mais políticas do que científicas, e outras mensagens mais científicas do que políticas.

A cerimónia, sóbria, digna, restrita, do 25 de Abril, no parlamento português, é um símbolo das forças vivas do país, «juntas» neste combate, mas com o distanciamento necessário.

Podia ser celebrado doutra maneira, doutras maneiras? Podia. Mas podemos exigir tanto a um governo no meio de uma pandemia? Além de tudo o mais, ainda lhes exigimos a organização de uma cerimónia «especial»?!

Foi uma imagem positiva em relação ao presente e ao futuro.

A mensagem da comemoração do 25 de Abril em Itália, é mais triste, isolada,
traduz um momento muito fragilizado.

Anónimo disse...


Comparativamente ao tamanho e população a Italia e Portugal não são muito diferentes. Basta comparar o tl factor R.
O Presidente italiano, como o Papa deram um exemplo de como enfrentar a pandemia de acordo com as normas da Saúde Publica. Nós decidimos que a comemoração do dia estava acima desses valores. Foi o que eu fiz, que saí de casa e fui comemorar ao meu jeito. E sinto-me com absoluto direito a fase-lo. Os politicoa antes de o serem são cidadãos. Eu também. E a minha emergencia que cumpri à risca terminou a 25 de Abril!

Francisco Medina

Helena Sacadura Cabral disse...


Anónimo das 19:56

A sua interpretação do que é a direita precisa de ser refrescada. Já não estamos em 1974, Salazar já morreu, Cunhal também e até a Russia deixou de ser um Império.
Pouco antes de morrer perguntaram ao meu filho Miguel quem eu era. A resposta dele foi exemplar. "É a pessoa considerada de direita, mais à esquerda que eu conheço". Talvez isto lhe possa dar que pensar. quando fala desprezivamente de "uma" direita que já nem sequer existe...morreu há mais de quatro décadas...

Anónimo disse...

Nem uma, nem outra: nem a cerimónia portuguesa de repeteco, vira-o-disco-e-toca-o-mesmo, nem a cerimónia italiana, deprimente, com um presidente «abandonado» pelas direitas e extremas-direitas que têm ganho as eleições.
Esta pandemia tem deixado a descoberto a verdade límpida dos problemas climáticos e ambientais, e da ausência de preocupações com os seres (humanos e outros) das referidas direitas.
Eu achava que as direitas só se preocupavam com a economia, mas neste momento, acho que nem isso, acho que, em geral, não entendem as várias componentes, a complexidade, da própria economia, acho que são ignorantes e boçais e promovem essa ignorância e boçalidade, é grave.
Depois disto, mesmo assim, prefiro a cerimónia portuguesa, estão lá «os velhos» de Abril (há quem não tenha paciência para «os velhos», há quem fique entediado, cansado. Vivam «os velhos de Abril»!) estão ali, o PR, os deputados, uns com os outros, sem pretensões, a enfrentar o momento e a mostrar saídas.
Detesto política, não pertenço a nenhum partido, nem pertencerei, já aqui escrevi duas ou três vezes sobre isso, mas tenho apreciado mais o comportamento de Rui Rio, e também de outros políticos, como António Costa, Paulo Portas, Catarina Martins, nesta crise têm mostrado entendimento da situação, visão prospectiva, inteligência social.
Mas, é verdade, também não gosto dessa «segunda figura».

Anónimo disse...

(continuação)
Tive de interromper quando ia falar de Marcelo (a juntar a RRio, ACosta, CatarinaM, PPortas, etc). Marcelo, mesmo em distanciamento físico, consegue fazer um discurso que é um abraço.
Têm sido uma boa surpresa, os médicos e outros profissionais da área da saúde, os investigadores, os profissionais de várias áreas, da segurança, à alimentação, à limpeza, à recolha do lixo.
São rostos desconhecidos, que a pandemia nos tem mostrado, e que ficam para sempre na nossa memória. Alguns deles são comoventes.

Anónimo disse...

Os meus amigos são de várias cores políticas. Na família, então, nem se fala! Curiosamente os mais íntimos e de quem sou amiga há mais tempo são maioritariamente de esquerda. Mas são (somos) sobretudo democratas e pessoas livres. Aceitamo-nos sem que precisemos de estar sempre de acordo. Divergimos e discutimos e por vezes de forma bem acesa. Dizem eles que sou de direita com o coração mais à esquerda que eles conhecem. Em dia de eleições costumamos fazer serão todos juntos para ir vendo as votações. E essa noite é puro gozo e picardias à custa dos resultados que vão saindo.
Por isso, não concordo com essa clubite dos partidos e da divisão esquerda/direita. Está mais que ultrapassada. A minha divisão não passa por aí. A diferença está entre pessoas decentes ou não. É fundamental que sejam inteligentes e educadas. Com honra e honestidade. Que se orientem por valores éticos e que coloquem o bem comum acima dos interesses particulares. Na vida política actual ou passada há pessoas no activo e outras que se retiraram, por quem tenho grande respeito e considero as suas posições e opiniões sejam de esquerda ou direita. Essa suposta "pureza" creio que não existe. São múltiplas e plurais as formas de pensar das pessoas.
Gl

Helena Sacadura Cabral disse...

Anónimo das 18:01

Enquanto economista não posso de registar que não entendemos a complexidade da economia e que somos boçais e ignorantes. Perante tanta delicadeza acredito que o senhor será um génio. Infelizmente pouco educado e convencido...

Anónimo disse...

HSC sou o anónimo das 17:07, toda a gente percebe quem são os boçais e ignorantes a que me refiro, que não entendem a complexidade da economia.
Claro que nunca poderia estar a referir-me a si, que está nos antípodas dessas
mentes.
Nâo me passava pela cabeça que pensasse que me referia a si.

Anónimo disse...

A Itália não se compara com esta choldra...

Anónimo disse...

Helena, percebi que o seu comentário se referia ao anónimo das 17:07.
Aproveito para dizer que foi quase um suplício ler tanta frase-feita, tantos clichês sobre a direita.
É de "mestre" aquela tirada de que só se preocupam com economia. De rir. Eu, que não entendo nada de "economês" porque me parece linguagem encriptada para iniciados.
O Dr. Pangloss não diria melhor. Gostei particularmente daquela visão optimista do lado "bom" da pandemia. Tão lindo! Que seria do mundo se não fosse a pandemia que põe a descoberto... tal e tal. É quase obsceno. Seriam quase cómicas tais "divagações", se não fosse esta tragédia e a outra que virá depois. E essa sim "realmente" vai ficar a descoberto. Com pessoas reais.
E caro anónimo, já me estreei nos 60, assim como o meu marido, portanto quanto a "velhos" estamos conversados. Não vá por aí.
Gl

Anónimo disse...

(Cont.)
E confirma-se a minha teoria acerca do maniqueismo Direita /Esquerda supostamente defendido pelo referido comentador.
A "divisão" faz-se com outros critérios. QED.
Gl

Anónimo disse...

Fiz o comentário 27 de Abril 19:56

Helena Sacadura se é para refrescar, tenho toda a abertura para isso.
Mas discordo da sua interpretação do que é a direita hoje.
A direita e extrema-direita têm características diferentes do tempo que menciona, mas estão aí.
Acho que tem razão neste ponto: quando hoje dizemos direita ou esquerda, temos de definir de que é que estamos a falar.
Em Itália, que é o país a que se refere neste seu texto, como sabe, existe uma coligação que integra o Liga de Salvini, extrema-direita, além do Força Itália conservador de Berlusconi, e outros, é uma coligação de direita que tem obtido vitórias, com queda do 5 Estrelas e do Partido Democrata.

Mas HSacadura eu não a vejo como de direita ou de esquerda, vejo-a mesmo como uma pessoa, informada, culta, espírito livre e aberto, interessada, com um lado espiritual desenvolvido.
E isso é que é importante.

Anónimo disse...

Comentador Gl acontece-me exatamente o mesmo com a sua diarreia verbal, moralista, pretensiosa, verborreica, intelectualoide, rebuscada, repetitiva, carente, oscilante entre o agressivo, o intolerante e o delicodoce.
Li uma vez ou duas, das poucas que passo por aqui, e já não leio mais.
Pode escrever o que quiser que eu não vou ler.
Quem me faz passar por aqui é HSC, uma pessoa diferente, tolerante, que em palavras simples diz muito.

Anónimo disse...

Relativamente à comparação da situação entre Portugal e Itália, pois não há qualquer dúvida que a situação em Portugal é muitíssimo melhor. Comparemos: 10 milhões de habitantes em Portugal e 60 milhões em Itália (6 vezes mais que Portugal). A esta hora, 18 horas do dia 29 de Abril de 2020, Portugal tem 24505 casos e 973 mortos. Itália tem 203591 casos e 27682 mortos. Fazendo as contas, para a situação na Itália ser semelhante à de Portugal, os mortos em Itália não poderiam ser mais de 6000, e os casos seriam menos de 150000. Os 50000 casos a mais até poderão não ser muito representativos (depende do ponto de vista), mas o numero de mortos é quase 6 vezes mais do que aquilo que era esperado se a situação fosse idêntica à de Portugal.
Convém sermos justos e reconhecer que por cá (até agora) as coisas estão a correr melhor, muito melhor. Custa assim tanto admitir? O que nós queremos é que corra bem. Ou não é?
Saudações,
Pedro


Anónimo disse...

Itália,sentido de Estado versus Portugal,sentido da arrogância e prepotência.
Pedro M

Anónimo disse...

HSC acha mesmo que sou pouco educado porque considero Trump ou Bolsonaro, boçais, ignorantes, com um entendimento pobre da economia?
Sinto que me tomou por outra pessoa, e que fui maltratado por engano.
Eu fiz este único comentário, e já não o fazia desde as eleições.
A sua opinião é importante para mim.

Anónimo disse...

Anónimo Gi vem para aqui parasitar o blog de HelenaSC, com comentários palavrosos, complicadinhos, arranje um blog seu, para destilar o seu narcisismo. As pessoas têm o direito a ter opiniões diferentes das suas, veja lá se entende essa regra básica, uma vez que se farta de aconselhar regras disto e daquilo, como se fosse dona da verdade.

Anónimo disse...

GI você acha todos subdesenvolvidos, em relação a si, sua alteza real GI.
Você anda aqui de um lado para o outro à procura de elogios, fishing for compliments, ou simplesmente de contacto, intromete-se entre um ou outro comentador e a mentora deste blog, como se se achasse mais capacitada do que referida mentora para resolver as situações, e meter os comentadores na ordem (não podia estar mais enganada). Mas ninguém lhe liga nenhuma.
Experimente ir vociferar as suas profecias catastrofistas e aluadas numa praia deserta, assim como as suas teoriazecas pseudo-pedagógicas, retiradas do livrinho escolar. Os seus comentários cansam, pelo estilo exacerbado, pelo que transmitem de frustração, e de auto-imagem inflacionada.
Mas não consegue aprender nada com a mentora deste blog, acha-se melhor do que ela? Tem muito a aprender mas está sempre a tempo, estamos todos.

Anónimo disse...

Anónima que assina GI, poupe-nos ao seu palavreado e às suas regras de catequese.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Pdro
Os comentários que fiz referiam-se ao facto R. e portanto os nossos raciocínios vão em sentidos opostos. Não se trata de uma comparação estatística mas de um medidor de base clínica. Quanto ao seu segundo comentário apenas lhe digo que tive na familia gente presa no regime de Salazr. Não é tema de orgulho nem de vergonha. Mas de algo pode ter a certeza: quero para o meu país o melhor com este governo ou com outro, porque acima de tudo tenho muito orgulho em ser portuguesa, Julgo que isto lhe deve bastar para não me perguntar se quero ou não que as coisas coram bem.

Helena Sacadura Cabral disse...


Anónimo das 17:07
Peço~lhe muita desculpa pela confusão que fiz. Já sã mas consequencias do confinamento. Perdõe-me!

Anónimo disse...

Helena,
Em 27 de Abril às 14.06, referiu-se exatamente ao número de casos e numero de mortos num país e no outro. Não se referiu ao valor de R. O meu comentário era uma resposta a esse.
Só fiz um único comentário além deste. Não falei de Salazar, em momento algum.
Cordiais Saudações

Pedro (o mesmo de 29 de Abril às 18.10)

Anónimo disse...

Fiz o comentário em que chamei boçais a Trump e Bolsonaro

HSC Obrigado, está perdoadíssima, eu senti que tinha havido alguma confusão.
Acho-a uma pessoa única.