quinta-feira, 23 de abril de 2020

À beira do ataque de nervos

Tranquilizem-se, não sou eu quem está à beira de um ataque de nervos. É uma parte importante dos portugueses ,que não têm a preparação necessária ao confronto com a situação pela qual estamos a passar. E estes não valem menos do que os outros , eventualmente mais habilitados .
Nós somos o resultado da sociedade em que vivemos, da familia em que nascemos e do modo como fomos educados. Depois da infância, aos poucos, vai-se definindo o peso de cada uma dessas variáveis e da vontade própria, surgindo, assim, seres muito diferentes, mesmo quando à partida, possuíam idênticas circunstâncias.
Assim uma parte substancial da nossa população está a viver horas de angústia, medo, desespero e outra, ao contrário aceita o inevitável, cumpre a quarentena e pensa sempre que há gente que está muito pior e a quem é preciso atender.
Tenho a sorte imensa de ter feito análise e portanto saber reconhecer os sinais que o corpo ou a psique me dão de que algo está a perturbar-me. E, reconhecido o sinal, eu sei que técnicas usar para controlar a causa desses sinais. 
Porém, penso imensas vezes em como ajudar quem não tem essas ferramentas e o que poderia fazer-se no sentido de minorar essas dores. Nem todos têm o refugio dos livros e da música, ou da meditação, como eu tenho. Por isso, creio que talvez fosse possível, por freguesias, organizar grupos para combater esses estados de alma e fazer um trabalho comunitário que interligasse as pessoas. 
Não sabemos ainda como tudo vai acabar, nem quando. Por isso. talvez esta sugestão pudesse ser aproveitada para, no entretanto, tentar fazer alguma coisa!

HSC

6 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Um trabalho para ser realizado ao nível autárquico.
Apoio médico, psicológico, para minorar a natural ansiedade.
Uma tarefa que podia ser realizada pelos médicos de família nos locais mais remotos.
Tenha um bom fim-de-semana

Anónimo disse...

«Sem a cultura, sem a arte, abrutalhamo-nos»
Filipe Duarte

Anónimo disse...

Está cheia de razão. Vai ser necessário pensar no tempo que está para vir e na injustiça de tratamento dada aos médicos...

Anónimo disse...


Dra Helena
Sou médico e sinto que tenho mais 20 anos em cima. Não sei até quando poderei aguentar nem como ficarei quando ista abrandar.

Anónimo disse...

Anónimo às 15.39,

"Quando isto abrandar":

Muitos portugueses estão a chegar ao limite, muitos vão perder o seu posto de trabalho...
Ter dinheiro dá conforto, se ainda estiver vivo, irá manter o seu emprego.
Respira fundo e segue em frente. Boa sorte.

Anónimo disse...

🌷