segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

E o que aprendemos?!

Após tudo o que me aconteceu no ano de 2020, em que até um amigo que eu não via há trinta anos, surgiu das brumas, como se  nos tivéssemos despedido ontem, confesso estar convencida de que já nada mais me poderia surpreender. Isto digo eu que sou uma crente. Porque, na verdade, todos os dias me aparecem situações novas. Se elas surgem estando eu confinada há quase um ano, o que não me aconteceria se eu andasse na rua...

Ora foi justamente na rua que me dei conta de que já não havia uma série de locais por onde sempre passava e que, em simultâneo, havia surgido um lote de coisas novas que eu desconhecia completamente. 

Da primeira vez foi em Campo de Ourique onde tencionava abastecer- me de bordado inglês numa loja conhecida. Qual quê? Não só a loja já não se dedicava a este tipo de acessórios, como, quando entrei noutra da especialidade a rapariga que me atendeu não sabia o que era bordado inglês e me trouxe bordado de Viana do Castelo...

Resolvi, então, dar um passeio pelo bairro, que adoro e, foi através dessa bela caminhada, que me dei conta de como tinham mudado certas coisas, que muito possivelmente não teriam acontecido sem a pandemia. Aliás há muitas dessas alterações que já entraram no quotidiano, transformando, deste modo, a nossa forma de viver. Por exemplo: quem põe baton para colocar uma máscara por cima? quem põe sapatos de salto alto se está em regime de teletrabalho? quem muda de carro, se não sai diariamente? quem compra roupa nova se não precisa dela, por ter deixado de haver convívio social? quem compra joias se não tem a possibilidade de as exibir?

Algumas destas  questões voltarão a existir com o retorno ao normal. Mas outras - bastantes - entranharam-se já de tal maneira nos nossos hábitos, que terão vindo para ficar porque simplificam muito a nossa vida. E nem sequer falo da série de actividades que acabaram por surgir devido ao malvado virús. Um dia far-se-á um balanço sério do que passámos neste 2020. E quando isso acontecer estou convicta que houve uma pequena revolução positiva nos nossos hábitos de vida.

HSC

5 comentários:

Anónimo disse...


Ai Dra Helena que bom deve ser gozar da sua amizade.
Perdoe-me a pergunta: como é possível que lhe não conheçamos o sortudo que partilha o seu coração?!t

Anónimo disse...


Só mesmo a Dra Helena para cultivar a esperança e o humor que tanto nos faltam!

Anónimo disse...


De facto sabe bem vir aqui. Não se dora a pílula das dificuldades mas incute-se força e esperança. Obrigada Dra Helena Pelo bem que me faz lê-la. Estou a gostar muito deste seu ultimo livro!

Anónimo disse...


Tenho uma enorme admiraç~so pela sua inteligência, cultura e dom da palavra!

Alvaro Temudo

Anónimo disse...

🌷