António Costa resolveu ouvir, em video conferencia. vinte e cinco nomes ilustres da economia nacional, incluindo a Academia. Fez bem.
Acontece que quando ouvi a noticia, a primeira ideia que me surgiu foi a da sua diversidade, já que seria esta a apontar as soluções mais diferenciadas. Claro que não sabia nem sei, qual o critério que esteve na base da escolha. Mas não duvido que a competência seria um deles. E, nesse campo, não vale a pena nega-lo, há muito por onde escolher.
Embora a economia não seja uma ciencia exacta, cada um tem as suas preferências. Ao olhar a lista quase todos os nomes - acentuo o quase - considero que pertencem a gente muito competente. Mas não pude deixar de estranhar a ausência de nomes como João Duque, Vitor Bento ou até Teodora Cardoso.
Porquê? Porque além de competentes têm um currículo de experiência acumulada que os coloca, do meu ponto de vista, numa situação muito especial, priveligiada, e com a vantagem de não virem todos da mesmo geração.
Poderia, como é evidente, apontar mais uns nomes. Mas isso não é importante. O que me parece essencial, isso sim, é perceber qual terá sido o critério para escolha daqueles nomes e não outros. Se houve qualquer explicação, ela passou-me completamente ao lado.
HSC
HSC
13 comentários:
Se calhar não poderiam ser todos ouvidos. Digo eu, não sei...
.
Tenha uma semana de Esperança e Paz
Cuide-se
Não assisti...
O Artur Santos Silva também não estava ?
Melhores cumprimentos.
Fiquei curioso.
Também gostava de saber, confesso.
Até porque, face a uma tempestade económica anunciada, todos os conselhos são úteis.
Bill (William) Gates- não se pode traduzir por Guilherme Portas. É da família!
Eu não gosto da lista. É feita maioritáriamente de académicos, e poucos tem experiência empresarial, e os que a tem, é em grandes empresas do regime. Preferia uma lista que para além de professores, tivesse também empresários: pessoas do mundo real, das empresas, incluindo pequenas e médias (para aí 90% da nossa realidade), que podem não saber tudo sobre teorias económicas, mas sabem o que é preciso para manter as empresas vivas, até porque esta não é a primeira crise por que passam. E depois grupos grandes de trabalho, como é o caso, são bons para gerar confusão em vez de medidas práticas. Nas empresas, pragmatismo e sentido prático costuma funcionar melhor que teoria.
Não há nada mais prático do que uma boa teoria.
Cada cabeça sua sentença. Para ele estes serão os melhores ou os que aceitaram, talvez. Dê-se o benefício da dúvida e deixem-no governar, que não tem pouco para resolver...
Cumprimentos
Não podemos continuar a descredibilizar os investigadores, cientistas, universitários, arrumando-os no gueto dos «teóricos», e supor que só os «práticos» (empresas) interessam, isso não passa de uma crença atávica que infelizmente ainda existe em Portugal.
Os «teóricos» têm por trás as suas práticas de investigação, práticas trabalhosas, de onde extraem com rigor, «teorias», conhecimento indispensável ao dia a dia dos cidadãos.
Os empresários, «práticos», têm sempre por trás teorias, mesmo que não tenham consciência disso, teorias por vezes desadequadas e confusas.
Toda a «prática» tem uma, ou mais «teorias», por trás, mesmo que não esteja patente e clara.
O que é importante é uma cooperação entre investigadores e empresas, entre «práticas» e «teorias», numa interligação constante.
Dou um exemplo: as empresas têm o importante know-how, a maquinaria, etc, para o fabrico de máscaras, os cientistas fornecem orientações sobre o tipo de tecidos, que devem impedir a passagem do vírus (sem a investigação, não se conheceria a forma, o tamanho maior ou menor do vírus), devem poder ser lavadas a altas temperaturas (sem a investigação não se saberia que temperaturas matam o vírus, as pessoas podem pensar que o vírus morre ao ser congelado, por exemplo), o que é necessário para uma proteção mais eficaz, qual o grau de eficácia as máscaras «não cirúrgicas», quais os cuidados a ter com essas máscaras.
Cooperação, team work, investigação, produção de ideias, capacidade de aplicação das mesmas, é indispensável no séc. XXI. Só «a prática» não chega, só «a teoria» não chega.
Penso que a escolha tem a ver com os cargos que ocupam.
Por exemplo, em 2019, Nazaré Costa Cabral, uma das participantes na vídeo-conferência, sucedeu a Teodora Cardoso na presidência do Conselho Nac. de Finanças Públicas.
Já agora, William «Bill» Gates seria mais Guilherme Portões.
Mas afinal de que se falou nessa vídeoconferência, vai ser tornado público?
Uma coisa é certa, são necessários CUIDADO, ATENÇÃO, CONHECIMENTO, no regresso progressivo às atividades.
Retorno «à normalidade possível» como é defendido na carta de pressão ao PR, PM, enviada por 167 personalidades, empresários, economistas, profissionais de saúde, sindicalistas.
Mas regressar à normalidade «respeitando a saúde pública», como se afirma nessa carta, é possível sem terem sido feitas as alterações necessárias ao quotidiano das pessoas, das empresas, dos trabalhadores?
Está implementada a desinfeção de espaços, cantinas, sanitários, a questão complexa dos ares condicionados, há segurança através das alterações necessárias como a colocação de acrílicos no atendimento, e outras obras?
Mas acham que bastam máscaras e gel?
Se nem sequer existem as máscaras e o desinfetante em quantidades necessárias!
Para além da pouca lixívia que já tinha em casa antes da pandemia, mando vir as compras pela internet, e a lixívia, assim como as luvas, estão sempre indisponíveis.
O país não está parado, e temos de prevenir uma segunda vaga de Covid-19.
No entanto, o regresso faseado é indispensável e vital, há que saber fazê-lo, é necessária uma consulta alargada.
Mesmo a nível psicológico, é necessária preparação.
Que não se caia numa situação de patronato bem protegido e trabalhadores carne-para-canhão.
Mas este homem é para se levar a sério?! Com o país, não tarda, em frangalhos,
diz que os portugueses devem começar a programar as férias?!
Esta gente vive em que mundo? Numa "bolha", só pode...
Os economistas referidos e que não foram convidados por Costa, fazem parte daqueles que nunca embarcaram no slogan "um país sem austeridade". Sempre desmascararam a austeridade encapotada pelo "habilidoso": impostos indirectos que esmifravam os portugueses, as célebres cativações do Centeno, um país a definhar em todos os índices de desenvolvimento, produtividade etc. Mas vendiam-nos um país de ficção!
Claro, já vamos esquecendo (como a memória é curta!) que, ANTES da pandemia, se discutia acesamente os cortes e a falta de investimento, em diversos sectores, por ex.,no SNS entre outros?
Agora tudo isso fica disfarçado pela tragédia que nos caiu em cima e temporariamente esquecido.
Ora puxem pela memória e recordem o estado em que o país estava.
A lista de Costa ou a lata de Costa?
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