Na Grécia, os radicais conquistaram o poder. Entretanto, na
França, as sondagens para as regionais de 29 de Março colocam a Frente
Nacional em primeiro lugar, com 30% dos votos, um ponto mais do que o centro
direita da UMP e dez pontos percentuais à frente do PS, que se prepara para uma
humilhação histórica. A abstenção será muito elevada.
Em
Inglaterra, pode acontecer que os partidos não-tradicionais também possam vir a alterar o
equilíbrio parlamentar.
Em Espanha,
dá-se o mesmo fenómeno: os descontentes da direita preferem os Cidadãos e
os da esquerda optam pelo Podemos. Os dois somados, podem atingir 40% do
eleitorado, o que abalará a dupla PSOE e PP. Ora isto foi, no fundo, o que, com
algumas diferenças, já aconteceu na Grécia, aos partidos tradicionais.
E até a
Alemanha tem os seus descontentes, como se pôde ver com a CDU a ser esmagada nas recentes
eleições de Hamburgo, a formação anti-euro (AfD) a recolher 6,1% dos votos e os
dois partidos da grande coligação a perderem mais de 8 pontos.
Nos países do
sul, as insurreições são um terço do eleitorado. Portugal continua uma
excepção, cuja origem não se percebe bem. O sistema eleitoral parece imune ao
descontentamento ou então o que vemos nos números não corresponde à realidade.
Imas a forma
como a campanha eleitoral já se anuncia não deixa muitas dúvidas quanto à
demagogia, pessimismo e golpes baixos, que irão favorecer as formações que
contestam o sistema partidário vigente. Os grupos políticos tradicionais que se
cuidem e preparem para as consequências que podem advir de maus resultados, em
Outubro!
HSC
3 comentários:
Na Grécia os radicais conquistaram o poder? Bom, aqui deu-se o mesmo. Os radicais de Direita já o tinham conquistado em 2011. E por cá continuam, até serem derrotados neste Outono. Ora essa!
a)Melo
Pode ser sintoma de perigo. Mas é indubitável que alguma coisa vai mal nas políticas partidárias da governança tradicional. Um sinal de que a insatisfação pode ser tóxica. Mas existe em quantidade suficiente para virar a mesa.
Melo
Já aqui expliquei o que, em grego, significa Syriza. Foram eles que escolheram o nome, não fui eu.
Ora essa! digo agora eu!
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