O
Miguel Esteves Cardoso, o MEC, foi o meu primeiro entrevistado nesta dupla
carreira que, aos quarenta anos, havia de começar. O segundo seria Herman José.
Ele
era director do Independente e amigo do meu filho Paulo, o que complicou
bastante a minha vida, uma vez que pertencemos a uma família que detesta
misturar vida profissional com assuntos domésticos.
Por
isso foi à revelia filial que pedi a entrevista e obtive o meu primeiro
trabalho como jornalista. Fiquei rendida, confesso, à magia daquela cabeça, ao
humor sadio com que falava de coisas que até pareciam sérias, enfim, à
simplicidade daquela nossa conversa.
A
partir daí as nossas vidas foram-se cruzando ao sabor do que ambos íamos
fazendo. E nasceu algo que é um misto de amizade e de carinho maternal de que
vou diariamente matando saudades sempre
que de manhãzinha leio as suas crónicas.
Sei
que é um homem feliz, apaixonado pela sua Maria João, com quem vive há quase 13
anos. Quis ser escritor desde que se lembra de ler e muito depois de ter
aprendido a querer. Que mais podem os seus amigos desejar?!
HSC
7 comentários:
🌷
É sem dúvida uma pessoa original, que tão depressa me emociona e deleita com as suas experiências do quotidiano, como me "repele" por uma aparente futilidade e "benzice" lisboeta, que conheci em jovem e detesto.
Ler as suas crónicas é um prazer como uma torrada com doce de laranja ao pequeno almoço; comprar e ler um livro dele de fio a pavio torna-se enfadonho.
Também não gosto mesmo nada de o ver falar na TV, aí irritam-me os seus maneirismos e os " não sei quês" a falta de fluência e sorrisinhos.
Mas não deixa de ser um observador inigualável, um cronista ímpar pelo teor das suas crónicas e o modo como escreve.
Boa tarde,
não simpatizo com este senhor desde que o vi na RTP a «tentar entrevistar» o Professor Agostinho da Silva. Sempre a tentar minorar a sua Sabedoria, claro que só conseguiu «cair no ridículo»...até dói ver o seu amadorismo e arrogância face a uma pessoa tão simples e culta como o saudoso Professor.
Espero que a com a idade tenha amadurecido. Costumo ler na diagonal as suas crónicas no Público pois o conteúdo das mesmas não me despertam particular interesse.
Fernanda
Também é raro perder as suas crónicas no PÚBLICO e no FUGAS !
E admiro imenso as crónicas em que demonstra sem receio o seu AMOR pela MARIA JOÃO !
Muitas até me comoveram, HSC.
Melhores cumprimentos.
Os amigos não sei, mas os leitores desejam que continue a escrever. Que não páre.
Também gosto muito dele, das suas crónicas e sobretudo quando o vejo frequentemente a passear com a sua mulher. Nunca falei com ele o que jamais faço quando me cruzo com "figuras públicas", porque respeito sempre o espaço que ocupam.
Um bom domingo
Que saudades das suas crónicas no semanário Expresso.
Ainda há pouco tempo encontrei uma recorte amarelecido da Causa das Coisas dentro de uma banda desenhada de Black e Mortimer (o Caso do Colar.Em que outras boas companhias andarão, aqui por casa, mais recortes das crónicas do MEC? Não faço ideia, mas será sempre um prazer relê-las.
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