sábado, 8 de março de 2014

No dia de hoje


Fui uma criança "maria rapaz" e como tal me comportei até ter entrado de tranças e soquetes para a Universidade, aos 15 anos. Foi nela que percebi que passar de um liceu feminino para uma instituição de  ensino misto não era "pêra doce"...
Assim, no meu segundo ano, quando as hormonas disseram "olá", transformei-me numa rapariga vistosa e que até era inteligente. Nessa época era bem claro que havia diferenças substanciais entre homens e mulheres.
Os anos passaram e algumas dessas diferenças atenuaram-se. Não tanto como eu desejaria. Mas sei que ajudei alguma coisa na transformação operada. Terei sido um mero grão de areia. Mas nunca quis ser um homem e continuo a gostar muito de ser mulher. É que, apesar do desconforto que a condição feminina sempre me causou, a verdade é que me identifico completamente com o meu género!

HSC

8 comentários:

Manuela Silva Mergulhão disse...

Boa noite DrªHelena revi-me na jovem das tranças só que não entrei em nenhum colégio na província e como da mesma idade só os rapazes os mais endinheirados tinham essa sorte também devo ter sido uma adolescente gira mas em casa presa a perna da mesa, enfim educação que foi do oito ao oitenta, somos da mesma idade adoraria escrever livros e poesia é o meu forte . Continuação de boa noite e continue a ser a senhora de uma boa gargalhada.
Manuela

Virginia disse...

Também fui uma Maria-rapaz numa famílis com seis filhas e dois filhos. As mulheres estavam sempre em maioria e o meu Pai queixava-se de que não o ouviam, mas tºinhamos muito respeito por ele. A verdade é que a nossa casa parecia um gineceu, com empregadas, avó, mãe e meninas. Os rapazes , o primeiro e o ultimo quase que não existiam ( o mais velho esteve num colegio interno durante tres anos, nas Caldinhas e o mais novo, era muito mais novo e fazíamos dele gato sapato.
Só comecei a perceber o que era ser mulher na adolescência e com 16 anos comecei a namorar e a gostar de rapazes "à brava"!!
Sempre me dei melhor com homens no trabalho, nas amizades e na vida em geral. Detesto mulheres todas juntas, parecem galinhas.....e detesto trabalhar com mulheres em geral. Mas claro que há excepções, há mulheres que admiro, sobretudo as que nada fazem para chamar a atenção!

Anónimo disse...

Querida Drª Helena:

Eu também sou muito feminina. Aprecio tudo o que seja indumentária feminina (até saltos altos, embora não os use com tanta frequência porque me provocam dores horríveis na cervical, talvez por já não estar habituada a andar de saltos), sempre fui assim e no entanto, a maioria dos meus amigos sempre foi dom género masculino.

Quanto à senhora, parabéns na Mulher em que se transformou.

Um beijinho,
Vânia Batista

Fatyly disse...

Subscrevo e identifico-me com as suas palavras, apenas uma pequena diferença: não tinha tranças e não usava soquetes...:)

Anónimo disse...

Boa tarde Drª Helena!
Mesmo com algum atraso em relação ao dia da mulher, não quero deixar de lhe prestar a minha homenagem e dar os parabéns pela “Mulher” que sempre foi, principalmente, na época em que foi (quando começou), e continuou a ser. Ajudou, certamente nas transformações ocorridas, como diz no seu post. Frequentar a faculdade e o seu curso naquela época, não era certamente “pêra doce”. Mas sempre ouvi dizer, a quem a conheceu, que a Senhora foi uma mulher com “M” grande. Parabéns por isso e por todas as posições que ainda hoje assume como grande Senhora/Mulher. Não sou muito destas comemorações. Acho que as situações devem ser praticadas todos os dias e não em dias específicos. Mas como todos sabemos as sociedades não são saudáveis a esse ponto. E também sabemos que ainda é preciso lembrar a alguns que o “outro” existe. A verdade é que, no caso da diferença de género não devia dar mais direitos a uns do que a outros, somos todos importantes e precisos neste “admirável mundo novo”. Todos (homens e mulheres) formamos a “humanidade” e temos contribuído para a transformação do mundo ao longo dos séculos.
Parabéns por tudo o que tem sido e continua a ser, precisamos muito de pessoas assim, precisamos muito da Senhora no mundo da escrita e das posições que assume. Sentimos a sua falta na comunicação social.
Beijinhos
Maria M

Anónimo disse...

E as mulheres ainda se queixam!
Até há o dia da mulher.
E para quando o dia dos homens?

Kkkkkkkk

Helena Sacadura Cabral disse...

Então o Anónimo das 17:29 não sabe que o Dia dos Homens é a 19 de Março?!
Só faltam 9 dias. E ainda junta a festa da paternidade.

Anónimo disse...

Sra. Dra,boa tarde!
Não sabia,não sra!
Apenas que era o dia do pai 19 de Março.
Mas já fui pesquisar e apareçem várias datas!?
Obrigado pelo alerta.
Vivendo e aprendendo...

Kkkkkkk