segunda-feira, 31 de março de 2014

O nome de casada...


Um post de Francisco Seixas da Costa hoje no seu http://duas-ou-tres.blogspot.pt fez com que eu me risse e lembrasse as desditas por que passam aqueles que se atrasam na actualização dos meandros familiares dos amigos ou conhecidos.
Numa época em que, casada, tinha por missão "receber" certas individualidades com quem o meu marido era, pela sua vida profissional, obrigado a conviver, aconteceram-me algumas "estórias" de grande caricato, sobretudo porque passadas numa época em que as regras sociais eram bem mais formais do que as de hoje.
Em determinada altura, num jantar oficial, conhecemos um casal simpático com quem por razões várias acabámos por estreitar relações. Não de amizade, mas de proximidade dadas as funções que o marido desempenhava e a estima que estabeleci com a mulher, que era uma pessoa encantadora.
Consciente da necessidade de retribuir as atenções recebidas, decidimos oferecer um jantar em honra deles, com alguma cerimónia, e convidados escolhidos a dedo. Foi um repasto combinado na última vez que estivéramos juntos, mas que só se concretizou uns meses depois, porque se haviam metido férias pelo meio.
Eu, num rasgo de inteligência e sensibilidade, daqueles que por vezes me acometem, resolvi quebrar um pouco a formalidade da refeição e marcar com o nome próprio e não com o apelido o lugar de cada um dos convivas. Tudo impecável.
Eis que começaram a chegar os convidados e, de repente, entra na sala o homenageado acompanhado de outra senhora que não Caroline, a mulher que sempre lhe conhecemos. Foram uns segundos de suspense até perceber o nome da nova esposa. E conseguir, nos escassos minutos que faltavam para o jantar, fabricar e colocar um novo marcador, desta vez com o nome de Christine...
Quando todos saíram, o meu marido cheio de humor perverso, disse-me que era sempre mais seguro tratar as senhoras pelo nome de casadas. Ia-o matando...

HSC

"Quem De Nós Dois"


E para não ficarmos atrás dos brasileiros, aqui fica uma canção de Ana Carolina cantada em dueto com Paulo Gonzo, um disco belíssimo, a provar que também nós temos bons cantores.

HSC

É Isso aí

                    

Belo vídeo e oportuna canção que um comentador me enviou e decidi partilhar convosco hoje, neste dia de inverno rigoroso no começo da primavera! 

HSC

Eleições francesas



“O primeiro partido de França hoje é a UMP”, afirmou o líder do do centro-direita, ao comentar os resultados da segunda volta das eleições municipais em França, cuja governação socialista perdeu para aquele partido 155 cidades com mais de 9000 habitantes.
Marine Le Pen, a líder Frente Nacional, foi a outra estrela da noite ao conquistar dez câmaras, no Sul, Leste e no Norte do país, e a presidência uma subdivisão administrativa de Marselha, com 150 mil habitantes. Contas finais, a FN ficou com mais um vereador que o PS.
Esta vitória da FN foi, talvez, a grande surpresa destas eleições. A aposta de Marine Le Pen, em marcar a presença do seu partido a nível municipal, foi bem-sucedida com a conquista de pelo menos nove câmaras em cidades de pequenas ou médias dimensões. Curiosamente os vencedores da noite foram figuras secundárias, que beneficiaram de dinâmicas próprias dos locais onde se candidataram, nomeadamente anteriores gestões autárquicas corruptas ou ineficazes.
Jean François Copé teve, de facto, motivos para se regozijar, porque várias cidades com mais de 30 mil habitantes passaram da esquerda para a direita. Entre elas, Toulouse - a quarta maior - ou Limoges, que desde 1912 era gerida pelos socialistas.
O prémio de consolação para o PS terá sido Paris, onde a socialista Anne Hidalgo ganhou dando, pela primeira vez, à capital uma mulher como presidente. Mas a principal mensagem destas eleições parece ser um castigo para o PS por causa da desilusão provocada por François Hollande..
Por outro lado, a abstenção atingiu 38%, um nível recorde para eleições municipais. Em termos nacionais, a direita obteve 45,91%, a esquerda 40,57% e a extrema-direita 6,87%.
O primeiro-ministro Ayrault já reconheceu a “responsabilidade colectiva” do Governo e “toda a sua quota-parte de culpa”, assumindo que não terão sido capazes de explicar com toda a “clareza necessária” porque é que a recuperação da economia do país exigia tantos sacrifícios.
Ségolène Royal, que sonha ser ministra e a ala esquerda do PS, querem uma baixa de impostos e o abandono do “Pacto de Responsabilidade”.

Estas eleições têm mais importância do que pode imaginar-se e irão ter consequências, nomeadamente, a nível de uma eventual remodelação governamental. E admito que tais resultados possam vir a ter algumas outras leituras…
HSC

sexta-feira, 28 de março de 2014

A verdade da mentira


Talvez aquilo que menos perdoo seja a mentira. Ela mina a confiança, que é base vital da vida em comum, seja na esfera privada, seja na esfera pública. Até no casamento considero que a falta à verdade é motivo mais que suficiente para um divórcio. E sei do que falo.
Talvez por isso respeite pouco quem faz da mentira profissão. E se outros dolorosos motivos não tivesse para detestar a política - um sogro, um cunhado, um marido e dois filhos, nessa área que infernizou a minha vida -  a sistemática falta à verdade daqueles que a exercem, conduzir-me-ia ao mesmo resultado.
Assim, depois da dose dupla que foi ter ouvido o PM - lá longe onde estava - prometer que não haveria mais cortes em salários e pensões e ter assistido à entrevista de Ricardo Costa a Durão Barroso - transformado no cordeiro da paz - a garantir não ter qualquer ambição de ser Presidente da República, fechei a tv com a certeza de que iríamos mesmo assistir ao contrário do que qualquer deles afirmara.
Porquê, perguntarão? Porque a palavra dos políticos - governo e oposição - está mais gasta do que eu. Com a vantagem, para mim, de nunca ter feito uma plástica na vida...
Será que a gente que nos governa e a gente que a ela se opõe, não terá ainda percebido que no momento que atravessamos, a verdade da mentira já não convence ninguém?!

HSC

quinta-feira, 27 de março de 2014

Negócio na China

   

China's Three Gorges Corp, which built the world's biggest hydropower scheme, has replaced its chairman and general manager, the company said, in the latest major reshuffle of a state-owned firm as the government steps up a fight on graft.
Some officials of Three Gorges, set up in 1993 to run the hydropower scheme, were guilty of nepotism, shady property deals and dodgy bidding procedures, the ruling Communist Party's anti-graft watchdog found in February.
The scandal has reignited public anger over the $59-billion dam, which was funded by a special levy paid by all citizens.
Chairman Cao Guangjing has been removed from his position and would be assigned another job, the company said in a statement on Tuesday. It named Cao's replacement as Lu Chun, but gave no further details.
Three Gorges will also replace its general manager, Chen Fei, with Wang Lin, the firm cited Wang Jingqing, a deputy head of the Organisation Department of the Communist Party's central committee, as saying at a company meeting on March 24. It gave no details of Wang Lin's background.
The company has not accused Cao and Chen of any wrongdoing.
China's largest oil and gas producer, PetroChina Co Ltd, and its parent, China National Petroleum Corp (CNPC), are already enmeshed in one of the biggest corruption investigations into the state sector in years, launched half a year ago.
                                   
                              ( in NBC news )

Porque será que - não sendo eu a Maya da economia - esta notícia não me surpreende?!

HSC

quarta-feira, 26 de março de 2014

Outra revolução...


Aos 77 anos, o capitão de Abril Otelo Saraiva de Carvalho confessou à agência Lusa que já fora desafiado a concorrer à Presidência da República, mas que só aceitaria o cargo se algo de espantoso acontecesse, com "uma mudança de regime que valha a pena".
O agora coronel na reforma gostava de "participar numa qualquer mudança efectiva do país" e até já propôs a reconstituição do MFA.
O PS procurou alicia-lo várias vezes, disse. Recebeu convites de altos dirigentes para ser cabeça de lista às eleições parlamentares, mas nunca aceitou, porque nunca quis hipotecar-se a nenhum partido, recordou.

Para Otelo, "os partidos sempre constituíram grupos de poder que lutam pelo poder, não em benefício de todo o povo, salvo medidas esporádicas, mas em benefício do próprio partido".
Ora aqui está a "notícia" que estava mesmo a faltar-nos no dealbar do mês de Abril e dos quarenta anos da Revolução dos cravos. Ele há com cada marau!
HSC

A definição de um político

Un político no puede ser un hombre frío. Su primera obligación es no convertirse en un autómata. Tiene que recordar que cada una de sus decisiones afecta a seres humanos. A unos beneficia y a otros perjudica. Y debe recordar siempre a los perjudicados

                       ( Adolfo Suarez numa entrevista ao ABC em 1980)


Impressionante a oportunidade destas palavras pronunciadas por Suarez há trinta e quatro anos. E que muito explicam a grandeza da manifestação de apreço com que Espanha, comovida, se despediu de Adolfo Suárez. Se quiser veja as imagens aqui. 


HSC