quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Meio século depois!

"...Sonho que um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos esclavagistas serão capazes de se sentar à mesa da fraternidade. Sonho que um dia até o Mississipi, um estado que sufoca sob o calor desértico da injustiça e da opressão, se transformará num oásis de justiça e liberdade. Sonho que um dia os meus quatro filhos viverão numa nação onde não serão julgados pela cor da pele mas pelo seu carácter...". 

Estas foram as palavras de Luther King, pronunciadas a 28 de Agosto de 1963, uma obra-prima de oratória política, que viria a revelar-se essencial na promulgação, dez meses mais tarde, por Lindon Johnson, da legislação que reconhecia os direitos civis a todos os norte-americanos. 
Passam hoje 50 anos sobre o sonho deste homem nascido num país que tem como Presidente um homem com a mesma cor da sua pele!

HSC

8 comentários:

maria isabel disse...

Um nome a não esquecer!!!!

Um exemplo a seguir!!!

maria isabel

Anónimo disse...

Olá,

palavras certamente sentidas que ainda hoje causam emoção, não só talvez porque nos fazem pensar na brutalidade do que acontecia, mas também porque nos fazem pensar nas muitas injustiças que pelo mundo se praticam, como a escravidão, exploração e submissão de muitas mulheres e crianças, crimes de guerra, sendo a Síria o exemplo mais recente, enfim, ainda um variado leque de infelizes e tristes realidades.

Haja esperança!

Cumprimentos,
Cláudia

João Menéres disse...

Que oportuna homenagem !

Melhores cumprimentos.

Fatyly disse...

Uma homenagem mais que merecida.

Anónimo disse...

Coragem imensa, fe, dialogo, luta e trabalho de grupo- aliadas a uma causa justa e a leaders carismaticos - conseguem mesmo reviravoltas incriveis!
Tantas vezes pagam com a vida -como no caso de Martin Luther King - para que o ser humano continue no sentido da Luz.
L.L.

Anónimo disse...

Vivam os bons exemplos!

Há 50 anos, em 1963, Luther King falou do seu sonho, que continua premente. Não deixemos que o sonho se esfume, não percamos a esperança.

JF Kennedy foi assassinado em 1963.

No mesmo ano em que a escravatura é abolida nos EUA, 1965, surge a Ku Klux Klan, que instala o terror entre os afro-americanos, e os Estados do Sul impõem a segregação racial.

Em 1968 ML King foi assassinado.
O Presidente Johnson decretou um dia de luto nacional, o primeiro por um afro-americano.

50 anos depois, a pobreza agravou-se em miséria, os direitos sociais relativos à saúde, habitação, alimentação, educação, estão em risco de desaparecer, o trabalho é desvalorizado, cava-se o fosso entre os benefícios e os privilégios de uma minoria milionária (as 7 famílias de sempre) e as massas sobreviventes ou indigentes, a cultura é menosprezada, o valor monetário sobrevalorizado, tudo é mercadoria, a escravatura (laboral, sexual, etc.) continua a existir...
A escravatura, a violência, a opressão, a exploração, o abuso, a miséria, a guerra, ganharam novos contornos, horrendos...

Mas termino com a canção de Joan Baez (n.1941) tb de 1963, na marcha de Washington(a mesma em que ML King, discursou)-'We shall overcome':

We shall all be free
We shall all be free, some day

Deep in my heart
I do believe
We shall overcome, someday

DT

Dalma disse...


Há quantos séculos o mundo é racista? Há sete, oito séculos? E para lá do que nós chamamos mundo ocidental existia então? Não sei história suficiente...
Tenho cinco netos um grupo de três e um de dois. No grupo de três tenho dois adoptados oriundos de Cabo Verde que vieram depois da minha neta loira nascer... Alguma família achou estranha a decisão e tenho a certeza que não são tomados da mesma maneira que a irmã R. Na escola mais com o rapaz houve situações menos simpáticas da parte de alguns colegas e posso dize-lo por parte também de alguns professores! Mesmo colegas minhas, daquelas de missa de domingo e que se intitulam cristãs/católicas tiveram a coragem de me dizer que elas não seriam capazes!
A nossa sociedade em geral não o será mas, individualmente o racismo ainda anda por aí como acabo de o demonstrar!
Acrescento que adoro os meus netos cor de chocolate!

Um dia, já lá vai tempo chegou-me este vídeo, se tiverem vagar vejam-no e constatarão que o "dream" de Martin Luther King ainda está, infelizmente, muito, muito longe de se cumprir!

http://youtu.be/PZryE2bqwdk

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Dalma
Percebo bem o que diz. Ha muitos anos, uma tia minha casou com um negro fula, lindo de morrer. Desse casamento nasceria o meu primo Fausto cor de chocolate e que casou com uma sueca lindíssima.
Felizmente todos o adorávamos, mas na escola ele sofreu há 50 anos um bom bocado. E nós, com ele!