Maria Seruya não cabe em rótulos. É daquelas presenças que, ao entrar numa sala, parecem expandir o ar, como se cada gesto contasse várias histórias ao mesmo tempo. Multifacetada — palavra que nela deixa de ser metáfora e se torna um modo de existir — Maria caminha por diferentes mundos, com a mesma naturalidade com que outros mudam de roupa.
Artista por intuição, pensadora por inquietação e criadora
por necessidade vital, ela constrói pontes entre universos que, para muitos,
jamais se tocariam. Num dia fala com a precisão de quem decanta ideias; no
outro, cria imagens que parecem brotar diretamente do subconsciente. Maria tem
o dom raro de transformar fragmentos em sentido, caos em ritmo, silêncio em
linguagem.
Os seus projetos — sejam eles artísticos, humanos ou
simplesmente quotidianos — sopram a mesma marca: a autenticidade. Nada em Maria
é superficial. Cada escolha reflete uma camada dela, e há sempre outra por
baixo, vibrando, chamando, pedindo para ser descoberta. Talvez seja por isso
que tantos se sentem atraídos pela sua presença: ela é um convite permanente à
curiosidade.
Mas o que realmente torna Maria Seruya multifacetada, não é a
quantidade de coisas que faz, e sim a profundidade com que habita cada uma. Ela
sabe ser plural sem perder o centro; sabe ser vasta sem se dispersar. Uma
mulher que reflete muitas luzes — e, ainda assim, guarda o mistério de algumas
sombras.
Maria Seruya, na sua multiplicidade, lembra ao mundo que
ninguém precisa ser apenas uma coisa. Que a vida, quando vivida com coragem,
pode ser um mosaico — e que a beleza está exatamente nisso.
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