Passar de pobre a menos pobre é espécie de videogame: começa-se sem itens, sem moedas e com um monstro chamado “conta de luz a perseguir-nos. Mas dá para avançar.
Primeiro, terá de descobrir para onde seu dinheiro se some,
ou melhor, foge. Controlar gastos é, basicamente, pôr uma coleira neste bicho.
Depois, vem o ritual de expulsar dívidas. Não é exorcismo,
mas quase. Renegoceia aqui, corta juros ali e, de repente, sobram uns trocados
que antes se evaporavam misteriosamente.
A seguir, aparece a fase de ganhar um qualquer extra. Vender
algo, fazer um biscate, aceitar, sim, aquele concerto que não queremos, mas que
o dono quer. Cada moeda a mais, deixa-nos menos na masmorra.
Aprender algo novo também ajuda. Quanto mais habilidades,
mais valemos — tipo Pokémon evoluindo, só que mais cansado.
E, claro, começa a guardar um pouquinho. Mesmo que seja tão
pouco, que nem vale a pena pensar “para quê?”.
Calma: isto é a armadura anti- imprevistos. Sem ela, qualquer
problema vira desastre total.
No fim, ficar “menos pobre” é isto: controlar o caos, ganhar
uns extras, aprender coisas e juntar migalhas até virar pão.
E quando se dá conta… ops! Já subiu um degrauzinho. Não é
riqueza, mas já dá para respirar (e talvez até para pedir sobremesa de vez em
quando).
É assim que, uma modesta economista, explica como se fica
menos pobre, sem ter, sequer o suficiente!
Sem comentários:
Enviar um comentário