Vivemos numa era marcada por um consumo desenfreado e pela busca constante da
gratificação imediata. O avanço tecnológico e a globalização abriram um leque
de opções e possibilidades de consumo que nunca foram tão acessíveis. No
entanto, essa abundância de escolhas leva, muitas vezes, a que as pessoas
valorizem mais o supérfluo do que o essencial.
Uma das razões para essa tendência é a influência da cultura do consumismo.
A publicidade e as medias sociais estão constantemente a bombardear-nos com
mensagens que nos dizem que precisamos ter o último modelo de smartphone, o
carro mais recente, a roupa da moda e assim por diante. Essa pressão social
para consumir acaba por nos acreditar que o supérfluo é essencial para a nossa
felicidade e status social.
Além disso, vivemos num mundo que valoriza cada vez mais a instantaneidade
e a conveniência. Estamos acostumados a ter acesso a tudo o que queremos
praticamente de forma instantânea, seja através do comércio online com entregas
num dia ou menos, ou através dos serviços de streaming que nos permitem
assistir a filmes e séries sem sair de casa.
Essa cultura da gratificação instantânea condiciona-nos a buscar
constantemente novas experiências e prazeres passageiros, muitas vezes
negligenciando as necessidades mais profundas e duradouras.
Outro aspeto a considerar é o fenómeno da comparação social exacerbada. Com
as medias sociais, estamos constantemente expostos às vidas aparentemente
perfeitas de outras pessoas. Isso cria uma pressão adicional para acompanhar o
ritmo e ter as mesmas coisas que os outros têm, mesmo que sejam itens
supérfluos que não contribuam significativamente para a nossa felicidade ou
realização pessoal.
No entanto, é importante lembrar que o supérfluo nem sempre satisfaz as necessidades mais profundas do ser humano. Sem pretender influenciar ninguém, acredito que a verdadeira felicidade e realização, vêm de relacionamentos significativos, propósitos pessoais, saúde mental e bem-estar emocional. Assim, é essencial questionar frequentemente as nossas prioridades e valores, e buscar um equilíbrio saudável entre o que é de fato necessário e o que é apenas superficial.
1 comentário:
Eu, consumista, me confesso.
Mas não peço perdão nem vou entrar em abstinência.
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