terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Devagarinho

Os elementos estatísticos do Banco de Portugal, tornados públicos no seu Boletim Trimestral, revelam que o valor do crédito concedido às famílias, mas de cobrança duvidosa, diminuiu de Novembro para Dezembro em 166 milhões de euros. Este valor é, ainda, cerca de 22% superior ao alcançado no final de 2008. Mas prova que as famílias, assustadas, estão a tentar poupar e a respeitar melhor os seus compromissos bancários.
A poupança dos agregados familiares está a aumentar, tendo os depósitos dos particulares crescido mais de mil milhões de euros no mesmo período de Novembro a Dezembro, o que significa uma expansão, em termos percentuais, de 0,9.
Evidentemente que é cedo para se tirarem destes números quaisquer conclusões. Mas pode ser um indício de que, finalmente, os portugueses tenham começado a dar-se conta de que é preciso abandonar um certo estilo de vida.
Claro que não existindo investimento, uma contracção do consumo pode piorar a situação. Porém, se houver imaginação para atrair poupanças e com elas se desenvolverem projectos cuja componente essencial seja a mão de obra, poderemos estar a contribuir para resolver o problema do desemprego e, ao mesmo tempo, a tornarmos útil à sociedade as poupanças tão duramente conseguidas!

HSC

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