Para "aliviar" estes problemas temos organismos especializados na preparação e recolha de tais dados. Entre nós é o INE, o Instituto Nacional de Estatística. Mas, quando queremos elementos economico-financeiros, servimo-nos muitas vezes, e bem, do Relatório do Banco de Portugal e do seus Boletins.
Mesmo assim, é frequente no discurso político entre governo e oposições, os números divergirem de acordo com as fontes que os produzem. Porquê? Porque o método de cálculo não é o mesmo. Já nem falo das díspares interpretações a que números iguais dão azo...
Pois bem. Para evitar a dúvida que certos países provocaram, como foi ultimamente o caso de Atenas, à qual foi movido um processo de infracção por as estatísticas serem pouco confiáveis, o Comissário Europeu do Comércio, Karel de Gucht, vem agora informar que a Comissão Europeia poderá mandar inspectores do Eurostat - o organismo que elabora as estatísticas europeias - aos países que não forneçam dados financeiros dignos de fiabilidade.
Levaram tempo a tomar uma medida que há muito se desconfiava ser necessária, face a uma série de erros políticos que apenas dificultaram a avaliação dos problemas económicos!
HSC
2 comentários:
Pois Dra. Helena apoio incondicionalmente...
As instituições nomeadamente as do Ensino Superior também estão expostas ao abrigo do novo RJIES (regime jurídico das instituições do ensino superior)à hetero e autoavaliação visando a congruência entre o que se diz que se faz e o que se faz realmente...
Pois os nossos governantes deveriam ser submetidos anualmente à avaliação do desempenho com critérios bem definidos depois de validada a consistência interna dos tais critérios e a fiabilidade por experts, não andamos aqui a brincar aos governos.Onde está a avaliação da qualidade ... E as auditorias ...Sérias Claro... à instituição "Estado"que se outorga de todos...
Abraço
Isabel Seixas
Fico satifeito com estes inspectores financeiros que vão fiscalizar os países de duvidosa contabilidade financeira, no entanto a questão de fundo prende-se com a falta de fiabilidade do próprio sistema financeiro internacional, com os esquemas dos paraísos fiscais e com todas as demais maningâncias aplicáveis dentro deste sistema especulativo distinto das economias reais. Portanto, como o digo num texto, a propósito da questão da Grécia intitulado "Breves considerações sobre o colapso das finanças da Grécia" in wwww.mil-hafre.blogspot.com, o sistema internacional financeiro tem manietado os políticos mundiais que se sentem incapazes de disciplinar eticamente o sistema. Peço-lhe desculpa, Excelentíssima Senhora Drª Helena Sacadura Cabral, por este meu cepticismo em relação à possibilidade de fraude financeira dos Estados e das empresas perante esta teia internacional complexa e subjugada pelos poderes financeiros interessados nos jogos especulativos.
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
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