quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnavais...

Confesso que não gosto do Carnaval. Em pequena, a minha mãe nunca permitiu que eu me mascarasse. Para compensar, deixou-me, na idade própria, ir a uns "assaltos", desde que fosse acompanhada do irmão mais velho ou de alguém em quem confiasse.
Felizmente que os meus infantes nunca lhe deram grande importância e os netos foram pelo mesmo caminho. Porque me seria, de facto, muito difícil passear meninos disfarçados de Capitão Gancho ou de Robin dos Bosques...
Este ano, com chuva e um frio de rachar, a bizarria do entrudo nacional chegou ao cúmulo de pôr umas criaturas quase nuas, a tiritar sob temperaturas que deviam rondar os cinco ou seis graus centígrados. E as desgraçadas, pagas para isso, bem abanavam o corpo numa tentativa de sambar uma nota só. Mas o fremor era tanto, que me pergunto se o mesmo se devia ao frio, aos arrepios ou à música...
Porque diabo havemos nós de importar coisas destas? É claro que na Europa há Carnaval em Veneza. E esse, já o presenciei, é digno de se ver. Mas aqui, meu Deus, não bastará o estremecer da folia em que andamos mergulhados ?!

HSC

5 comentários:

paula lopes disse...

Minha Querida Helena estou de acordo consigo a respeito do Canarval, para mim não me diz nada, acho horrivel, quando era pequena escondia-me porque tinha medo das mascaras horriveis.O que tinha de bom era podermos desfrutar destes dias para dar uma escapadinha mas, este ano com o frio e a chuva nem isso foi possivel, será que estamos a ficar tão pobres nem o S. Pedro nos ajuda?

Gaivota Maria disse...

Realmente com tanto Carnaval na política bem que os carnavalescos que desfilaram poderiam ter evitado o mau tempo e as pneumonias. Que bem me soube o fim-de-semana com música e leituras!

Anónimo disse...

Quando era pequena gostava do Carnaval, havia muitas coisas que me divertiam nesses dias, coisas simples que aprecio recordar. Mas sempre achei miserável esse Carnaval muito mal importado do Rio, onde mesmo lá, já não faz sentido. Que diremos aqui? É patético, é ridículo, as raparigas não têm a culpa.
Zilda Cardoso

Raúl Mesquita disse...

Cara Helena:

Parece-me que gostava do Carnaval (claro, aqui já há uma dúvida com o " parece-me"). Detestava apanhar com os sacos de areia na cabeça, no Coliseu, no Monumental ou no Teatro da Trindade. Mais "la bizarrerie" m'a plût. Veneziano... force... Abreijo, Raúl.

Teresa Diniz disse...

Bom dia Dra. Helena
Sigo o seu blogue com regularidade, mas não o tenho comentado. Faço-o agora por duas razões: a primeira para dizer que concordo consigo, espcialmente porque esses carnavais importados estão adaptados a outros climas e não nos espelham; em contrapartida, temos aqui em Portugal os caretos transmontanos, por exemplo, que são tão nossos e tão engraçados, e não lhes é dada atenção nenhuma. Enfim...
Em segundo lugar (e embora este não seja o sítio ideal, mas não tenho outro meio de contactar consigo), gostaria de saber se seria possível contar com a sua presença numa palestra sobre a evolução da situação da mulher no último século. Sou coordenadora de departamento numa escola próxima de Lisboa e, dentro das comemorações da República, vamos fazer diversas coisas. Uma será essa.
Se achar que é possível pelo menos conversar sobre isso, contacte-me para o meu mail, que está disponível no meu blogue, por favor. Peço desculpa, mas não sei de outra forma para contactar consigo.
Com consideração.