Já alguma vez lhe aconteceu sonhar o futuro? Se sim e o fizer
de forma intimista, é como mergulhar fundo no silêncio de si mesmo e ouvir os
ecos do que está por vir. É fechar os olhos e sentir os sussurros de
possibilidades que ainda não têm forma, mas já habitam o coração.
É aquele momento em que nos permitimos imaginar sem amarras,
guiados por um desejo íntimo ou por uma inquietação que teima em pulsar. Sonhar
o futuro pode ser como um diálogo entre o seu “eu” presente e o “eu” que quer
ser — um encontro no escuro, onde cada detalhe imaginado é uma centelha de
esperança ou um medo disfarçado.
Às vezes, o futuro aparece como um quadro esborratado,
outras, como um espelho límpido que reflete aquilo que já sabíamos, mas não ousávamos
dizer em voz alta. É nesse instante de quietude, antes de dormir ou ao caminhar
sozinho, que as imagens vêm: uma cena, um rosto, uma sensação. Não é o futuro
em si, mas a essência dele, moldada pelos desejos mais íntimos que carregamos.
Sonhar o futuro é um convite para se escutar a si mesmo e ao
mundo — não apenas com os ouvidos, mas com a alma. Que forma ele teria se fosse
uma melodia? Que cores surgiriam se outro o pintasse? Se o seu sonho sussurra
algo sobre o que está por vir, é porque, talvez, seja hora de perguntar:
"O que me impede de o tornar real?"
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