Talvez um dia a gente se esbarre de novo, em algum canto
inesperado da vida, e troque um sorriso tímido, quase sem jeito, daqueles que
carregam um universo inteiro de histórias não contadas. Talvez um dia, os
olhares se cruzem com aquele brilho que só existia quando ainda havia
esperança, quando as possibilidades eram tantas que a gente se perdia em todas
elas.
Talvez um dia o tempo decida ser gentil e traga de volta as
risadas, os momentos que ficaram presos em fotografias e memórias, congelados
num espaço que só pertence a nós dois. Quem sabe, naquele momento, possamos
entender melhor o porquê de termo-nos encontrado, encantado, e, depois, partido
cada um para seu lado, carregando um pouco do outro dentro de si.
Talvez um dia você se lembre de algo que só eu sabia, de uma
música que só nós dois entendíamos, de uma frase que era só nossa. E talvez
esse dia chegue no meio da correria, do café da manhã apressado, entre uma
reunião e outra, o seu pensamento escape para um passado que nunca foi
concluído, uma história que ficou em aberto.
Talvez um dia a saudade vire algo leve, um sorriso discreto,
uma lembrança que aquece sem doer. E quem sabe, naquele instante, nós percebamos
que, mesmo separados, fomos parte de um caminho importante, um pedaço bonito de
um tempo que não volta mais, mas que sempre vai existir dentro de nós.
Talvez um dia.
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