quinta-feira, 20 de junho de 2024

O MUNDO PARALELO

Viver num mundo paralelo é um conceito fascinante, frequentemente explorado na ficção científica, literatura e até em teorias científicas.

Um mundo paralelo, ou universo paralelo, refere-se a uma realidade alternativa coexistente com a nossa. Essas realidades podem ser semelhantes ao nosso mundo ou completamente diferentes, com leis físicas e eventos históricos distintos. Viver num mundo paralelo levanta várias questões filosóficas e existenciais, nomeadamente como seria a nossa identidade moldada num universo alternativo, ou, se existem múltiplas versões de nós mesmos, vivendo diferentes vidas, como afetaria isso a nossa compreensão do destino e do livre-arbítrio.

Pessoas e culturas exploram a ideia de mundos paralelos como uma forma de reflexão sobre as suas próprias vidas e realidades, imaginando uma versão alternativa de nós próprios que pode ajudar no autoconhecimento e no entendimento das nossas escolhas.

Enxergar um mundo paralelo, possibilita oferecer uma nova perspetiva sobre questões sociais e culturais, permitindo um maior entendimento e empatia. A ideia de mundos paralelos também é explorada no contexto da tecnologia e da inteligência artificial que estão a explorar experiências imersivas que se aproximam da ideia de viver num mundo paralelo.

Embora a existência de mundos paralelos permaneça uma hipótese sem confirmação científica definitiva, o conceito continua a inspirar a imaginação e a pesquisa. Explorar essa ideia pode oferecer insights valiosos sobre a nossa própria realidade e a natureza do universo.

 

quarta-feira, 19 de junho de 2024

A RENUNCIA

A renúncia voluntária a alguém que se ama é uma das formas mais profundas e complexas de abdicação, carregando consigo uma carga emocional intensa e muitas vezes dolorosa. Esse tipo de renúncia pode ocorrer por diversas razões, como a busca pelo bem-estar do outro, a perceção de que o relacionamento não está funcionando de maneira saudável, ou mesmo devido a circunstâncias externas que tornam a união inviável.

Quando se escolhe renunciar a alguém que se ama, o indivíduo está, de certo modo, a colocar o amor num patamar altruísta. É uma forma de amor que transcende o desejo de estar junto e se transforma na vontade de ver a outra pessoa feliz, mesmo que isso signifique a sua própria ausência. Essa renúncia pode ser vista como um ato de profundo respeito e consideração pelo bem-estar do outro, reconhecendo que, às vezes, a melhor maneira de amar é permitir que o outro siga seu próprio caminho.

A renúncia voluntária pode surgir de uma compreensão de que as necessidades ou os caminhos de vida dos parceiros se tornaram incompatíveis. Pode ser uma decisão tomada para evitar maior sofrimento futuro, ou quando se percebe que permanecer juntos pode impedir ambos de alcançar seu pleno potencial.

Esse tipo de renúncia requer uma grande dose de maturidade emocional e coragem. É um momento de vulnerabilidade, onde se abre mão de um sonho partilhado em prol de uma realidade mais saudável e, potencialmente, mais feliz para ambos os envolvidos.

No entanto, a renúncia voluntária ao amor não significa necessariamente o fim do amor em si. Muitas vezes, esse tipo de renúncia é feito com carinho e respeito, mantendo a admiração e o apreço pelo outro. O amor pode continuar a existir de maneira diferente, transformando-se numa lembrança positiva ou num desejo de felicidade para a outra pessoa, ainda que à distância.

Em última análise, a renúncia voluntária a alguém que se ama é uma escolha dolorosa, mas que pode levar a um crescimento pessoal significativo. É uma forma de aprender a lidar com as complexidades das relações humanas, de se entender melhor a si mesmo, de respeitar tanto os próprios limites quanto os do outro e apesar de ser um processo difícil, pode resultar numa compreensão mais profunda do verdadeiro significado do amor e do sacrifício.

terça-feira, 18 de junho de 2024

OS ACASOS DA VIDA

Os acasos da vida são eventos inesperados que moldam o nosso destino de maneiras imprevisíveis. Muitas vezes, planeamos os nossos dias e temos objetivos claros, mas a vida tem uma forma curiosa de nos surpreender com reviravoltas inesperadas. Esses acasos podem manifestar-se de várias formas: um encontro fortuito com alguém que se torna um grande amigo, uma oportunidade de emprego que surge do nada, ou mesmo uma mudança repentina que nos obriga a repensar os nossos planos e prioridades.

Acontece que esses eventos aleatórios cabem ser tanto positivos quanto negativos. Às vezes, um contratempo parece um desastre no momento, mas, com o tempo, revela-se uma bênção disfarçada. Por exemplo, perder um emprego costuma ser angustiante, mas pode levar a uma nova carreira mais satisfatória. Da mesma forma, encontrar um novo amor ou descobrir uma paixão inesperada por um hobby tem hipóteses de enriquecer a nossa vida de formas inimagináveis.

Os acasos da vida também nos ensinam a ser flexíveis e adaptáveis. Eles lembram-nos de que não temos controle absoluto sobre nosso destino e que é importante estar aberto às possibilidades que surgem. Esta abertura conduz-nos, muitas vezes, a experiências enriquecedoras e a descobrir novos caminhos que jamais teríamos considerado.

Além disso, os acasos podem ensinar-nos lições valiosas sobre resiliência e  gratidão. Enfrentar desafios inesperados fortalece a nossa capacidade de superação e faz valorizar ainda mais os momentos de felicidade e sucesso. Cada desvio no caminho pode ser uma oportunidade para crescimento pessoal e autoconhecimento.

Em última análise, os acasos da vida mostram a beleza da incerteza. Convidam a abraçar o desconhecido e a confiar no processo, reconhecendo que, mesmo quando as coisas não saem como planeado, ainda podemos encontrar significado e alegria no inesperado. Afinal, são esses momentos do acaso que, muitas vezes, criam as memórias mais duradouras e moldam a história única de cada um de nós.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

UM PERDÃO

Espero que estas palavras te encontrem em paz. É com um misto de arrependimento e esperança que te escrevo esta carta, depois de tantos anos de silêncio. Faz trinta anos que deixei a tua vida de forma abrupta e inexplicável, e tenho carregado o peso dessa decisão comigo, desde então. Hoje, volto para pedir o teu perdão, sabendo que as palavras talvez nunca sejam suficientes para reparar a dor que te causei.

Há três décadas, eu era uma pessoa absorvida pelo trabalho e pelo sucesso, incapaz de lidar com os desafios que a vida me impunha. Naquela época, perante as tentações, pensei que a única solução era partir, acreditando erroneamente que a minha ausência seria menos dolorosa do que minha presença fragmentada. Fui covarde, e ao fugir, deixei-te com feridas profundas que sei que cicatrizaram de maneira difícil e dolorosa.

O tempo passou, e com ele veio a sabedoria que me faltava. Entendi que a fuga não resolve problemas, só os agrava, e que as pessoas que nos amam merecem mais do que a nossa ausência inexplicada. O meu coração pesa com o arrependimento por não ter sido forte o suficiente para enfrentar os desafios ao teu lado.

Sei que pedir perdão agora, depois de tanto tempo, é uma tarefa árdua. Não espero que esta carta apague as mágoas do passado, mas espero que ela seja um primeiro passo para uma possível reconciliação. A vida ensinou-me a valorizar as pessoas e os momentos, e gostaria de ter a oportunidade de te mostrar que mudei, que aprendi com os meus erros e que desejo reparar, tanto quanto possível, o mal que causei.

Quero que saibas que sempre te carreguei no coração, mesmo nos momentos mais sombrios da minha jornada. O que fiz não tem justificação, mas gostaria de abrir um diálogo, se a ele estiveres disposta, para que possamos encontrar um caminho de paz e compreensão.

Peço humildemente o teu perdão, na esperança de que possamos, de alguma forma, reconstruir uma ponte que foi destruída há tantos anos. Estou à tua disposição para te ouvir, para aceitar a tua raiva e tristeza, e para te oferecer, se permitires, a minha sinceridade e mágoa.

domingo, 16 de junho de 2024

O ABANDONO TOTAL

O divórcio é uma das experiências mais desafiadoras que uma pessoa pode enfrentar, marcando o fim de uma relação que, em algum momento, representou um compromisso significativo. Quando o divórcio implica um abandono total, as repercussões podem ser ainda mais profundas e dolorosas. Esse tipo de abandono pode envolver a ausência completa de contato, apoio emocional, financeiro e, muitas vezes, a perda do vínculo com os filhos.

O abandono total durante o divórcio pode levar a uma sensação de rejeição profunda, afetando a autoestima e a confiança da pessoa abandonada. Sentimentos de solidão, desamparo e desespero são comuns. A pessoa pode sentir que todas as bases emocionais e sociais da sua vida foram removidas de repente, resultando numa crise de identidade e de propósito

Quando um dos pais abandona totalmente a família, os filhos também sofrem consequências graves. Eles podem sentir-se culpados, acreditar que fizeram algo para provocar o abandono ou desenvolver sentimentos de insegurança e desvalorização. A ausência de um dos pais pode afetar o desenvolvimento emocional e social das crianças, causando problemas de comportamento, dificuldades escolares e relações futuras problemáticas.

O abandono total frequentemente acarreta dificuldades financeiras significativas. Sem o suporte financeiro do outro cônjuge, a pessoa abandonada pode enfrentar desafios para manter o padrão de vida, pagar contas e prover para os filhos. Esse estresse financeiro adiciona mais uma camada de dificuldade ao processo de recuperação pós divórcio

Mas o divórcio e o abandono total podem, também, ser uma oportunidade, embora dolorosa, para reavaliar a própria vida e fazer mudanças positivas. Muitas pessoas encontram novas fontes de força e resiliência, redescobrem interesses e paixões e constroem novas relações que lhes trazem alegria e satisfação

O divórcio já é uma experiência difícil, mas quando envolve abandono total, torna-se uma provação ainda mais complexa. As repercussões emocionais, financeiras e sociais podem ser profundas, mas com apoio adequado e uma abordagem proativa para a recuperação, é possível superar essa fase e encontrar, até, um novo caminho para a felicidade e realização pessoal.

sábado, 15 de junho de 2024

UMA CARTA

Estimados leitores,

Nos textos destes últimos quinze dias, tive o prazer de partilhar convosco uma nova fase na minha jornada como autora. Depois de muita reflexão e inspirada por diversas histórias de amor que encontrei ao longo do caminho, decidi, por aquele curto período, aventurar-me num mundo mais romântico. Esta mudança, temporária, é uma forma de explorar novos horizontes criativos e, principalmente, de entender como os meus fiéis leitores, reagiram a essa transformação no meu estilo de escrita.

O romance é um género que celebra as emoções, os encontros e desencontros que marcam as nossas vidas. Acredito que mergulhar nessas narrativas, pode trazer uma nova perspetiva e enriquecer a nossa experiência literária conjunta. Estou, por isso, curiosa para ver como essa mudança terá ressoado em cada um de vós.

Conto, assim, com o feedback de todos, para que esta experiência seja enriquecedora. Os vossos comentários e reações serão fundamentais, para moldar ou não, os próximos passos desta jornada. Gostei de partilhar estas histórias de amor, talvez menos alegres e, quem sabe, tocar os vossos corações de maneiras inesperadas.

Com o carinho e a gratidão da

Helena Sacadura Cabral

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Saudades de um Amor Passado

Nas páginas amareladas da memória, guardo o retrato desbotado de um amor. Era verão em Lisboa, e o Tejo refletia no brilho dos teus olhos, a promessa de calor.

Caminhávamos de mãos dadas pelas ruas, de Alfama ao Chiado, sem destino ou razão. O fado soava em cada esquina, como se cantasse a melodia do nosso coração.

Mas o tempo, implacável em sua marcha, levou-te para longe, além do meu alcance. Restaram-me as saudades, essa doce tortura e a esperança vã de um novo romance.

Agora, sentado à beira do cais das colunas, vejo os barcos partirem, levando sonhos pelo mar. E penso em ti, amor que foi embora, deixando em meu peito um eterno lugar.

Saudades, palavra que só a nossa língua conhece, descreve a falta que me fazes, amor antigo. E em cada pôr do sol que o horizonte tece, envio ao vento o meu sussurro amigo.

Volta, nem que seja em pensamento, nas noites em que a solidão aperta. Pois mesmo que o tempo nos tenha separado, em minha alma, por ti, a porta está sempre aberta.

Esse amor passado, que habita as lembranças, era feito de momentos simples, mas profundos. Não havia juras eternas nem grandes esperanças, apenas a verdade nua em segundos.

Era um amor de verão, intenso e fugaz, como a brisa que acaricia e depois se vai. Não deixou promessas, nem olhares para trás, apenas a saudade que dentro de mim cai.

Falávamos a língua dos gestos, não de palavras. E cada toque dizia mais do que mil versos. Mas como folhas que o outono desgarra, o nosso amor perdeu-se no universo.

Hoje, resta o eco daquela risada, o calor daquela tarde à beira-mar. Esse amor passado é, agora, uma estrada que se pode recordar, mas não caminhar.

E assim, entre o sonho e a realidade, vivo com a doce dor da nostalgia. Esse amor passado é saudade, uma chama que arde, mas que alumia.

AMAR É DIFICIL

Amar é difícil. Pode parecer um clichê, mas é uma verdade que se revela em cada relacionamento significativo que cultivamos. O amor exige de nós um compromisso constante de compreensão, paciência e vulnerabilidade. Não é apenas sobre os momentos de felicidade e paixão intensa, mas também sobre enfrentar os desafios e desentendimentos que inevitavelmente surgem.

A dificuldade do amor reside, em parte, na complexidade de conciliar duas individualidades distintas. Cada pessoa traz consigo um conjunto único de experiências, valores e expectativas. Aprender a navegar essas diferenças, sem perder a própria essência é uma tarefa árdua. Requer disposição para ouvir e entender o outro, mesmo quando as suas perspetivas parecem opostas às nossas.

Além disso, o amor verdadeiro desafia-nos a sermos honestos e transparentes, a expormos as nossas inseguranças e medos. Esse grau de vulnerabilidade pode ser assustador, pois abre a possibilidade de rejeição e dor. Porém, é precisamente essa abertura que permite a construção de uma conexão profunda e autêntica.

Algo que torna o amor difícil é a necessidade constante de crescimento e adaptação. As pessoas mudam com o tempo, assim como as circunstâncias da vida. Manter uma relação saudável requer a capacidade de evoluir juntos, de apoiar o desenvolvimento individual do parceiro e de se ajustar às novas dinâmicas que surgem.

Finalmente, amar é difícil porque exige a superação do egoísmo. É preciso colocar o bem-estar do outro ao lado do nosso, equilibrando desejos pessoais com a construção de uma vida partilhada. Esse equilíbrio nem sempre é fácil de encontrar, mas é fundamental para a longevidade e profundidade do amor.

Apesar de todas essas dificuldades, amar é uma das experiências mais enriquecedoras e gratificantes da vida. É no esforço de superar os desafios que encontramos crescimento pessoal e a verdadeira essência do amor. Afinal, é nele que descobrimos a beleza de ser compreendidos e aceites, e a alegria de dividir a nossa jornada com alguém especial.

 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

HOUVE UM TEMPO EM QUE TE AMEI

 "Houve um tempo em que te amei" é uma expressão que convoca a melancolia e a beleza das lembranças de um amor passado. Este tipo de frase recorda uma época específica, marcada por sentimentos intensos e momentos compartilhados que, embora agora pertençam ao passado, ainda têm o poder de tocar o coração.

Amar alguém é uma experiência transformadora. Durante aquele tempo, as cores do mundo pareciam mais vibrantes, e cada dia trazia consigo a promessa de novas descobertas e a alegria de estar ao lado de alguém especial. As risadas, as conversas profundas e os silêncios confortáveis, criaram um universo próprio, onde tudo parecia possível.

Todavia, como muitas histórias de amor, esta também encontrou um fim. O "tempo em que te amei" não sugere um fim amargo, mas sim uma aceitação tranquila de que tudo tem o seu momento. É uma declaração que reconhece a beleza e a importância do amor vivido, mesmo que ele não tenha perdurado.

Refletir sobre esse período é um exercício de memória e gratidão. É lembrar-se das lições aprendidas, do crescimento pessoal e das emoções que moldaram quem somos hoje. O amor vivido, mesmo que passado, deixa marcas indeléveis, influenciando as nossas futuras relações e a nossa visão do mundo.

Assim, dizer "Houve um tempo em que te amei" é honrar aquele momento da vida em que o amor floresceu, é reconhecer a sua importância e o seu impacto, sem arrependimentos ou mágoas. É uma maneira de agradecer pelo que foi, mesmo sabendo que cada amor, seja ele duradouro ou efémero, contribui para a jornada contínua do coração humano.

QUANDO TE OLHAVA NOS OLHOS

A emoção que sentia quando te olhava nos olhos era algo indescritível, uma mistura de sentimentos que se entrelaçavam num vendaval de sensações. Cada vez que os nossos olhares se encontravam, era como se o tempo parasse, e tudo ao nosso redor desaparecesse.

Uma corrente elétrica percorria o meu corpo, um arrepio começava na nuca e descia pela coluna, deixando-me completamente vulnerável e, ao mesmo tempo, invencível. Os teus olhos tinham um poder hipnotizante, capazes de desnudar a minha alma e revelar cada pensamento, cada desejo escondido.

Lembro-me bem. Era uma combinação de paz e de euforia, de conforto e excitação. Havia um calor que irradiava do teu olhar, que aquecia o meu coração e me fazia sentir segura. Ao mesmo tempo, existia uma intensidade que acelerava o meu coração, como se estivesse prestes a desbravar um território desconhecido, mas fascinante.

Essa ligação profunda, era como se as nossas almas se reconhecessem e se comunicassem de uma maneira que as palavras jamais poderiam expressar. Havia uma cumplicidade silenciosa, uma troca de sentimentos e promessas que só nós podíamos entender.

Olhando nos teus olhos, eu via um reflexo do meu próprio ser, mas também algo mais: uma promessa de futuro, de sonhos compartilhados, de uma jornada que estávamos destinados a trilhar juntos. Essa emoção era um misto de amor e desejo, de esperança e confiança, de admiração e respeito.

Era, enfim, um sentimento puro e avassalador, que me envolvia por completo e me fazia perceber que, nos teus olhos, eu encontrava não apenas um reflexo de mim mesma, mas também a razão de todo o meu ser.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

AS MINHAS MÃOS NAS TUAS

As minhas mãos nas tuas, um encontro silencioso onde palavras não são necessárias. É na suavidade desse toque que sentimos a essência de nossa conexão. As tuas mãos, que conhecem cada linha das minhas, são o refúgio onde encontro paz e segurança. Cada dedo entrelaçado é uma promessa silenciosa, um juramento de estarmos juntos, seja qual for o caminho à nossa frente.

Lembro-me da primeira vez que segurei as tuas mãos. Havia um misto de nervosismo e excitação, uma energia quase palpável que nos envolvia. Desde então, as nossas mãos tornaram-se cúmplices de segredos compartilhados, sonhos confessados e medos superados. Nas noites de incerteza, quando o mundo parece desmoronar, encontro força na firmeza do teu aperto. É como se nossas mãos soubessem comunicar-se numa linguagem própria.

No quotidiano, esse simples gesto de segurar as tuas mãos ganha uma profundidade indescritível. Seja caminhando lado a lado, partilhando uma taça de vinho ou apenas assistindo à chuva cair pela janela, a presença das tuas mãos nas minhas transforma o ordinário em algo extraordinário. Há um conforto imenso em saber que, independentemente dos desafios que a vida nos apresenta, sempre terei a firmeza e a delicadeza das tuas mãos para me ancorar.

E quando a vida nos brinda com momentos de alegria, elas celebram juntas, dançando em harmonia, como se quisessem eternizar cada instante. As nossas mãos são a testemunha de nossa história, marcada por cicatrizes e memórias, mas também por uma ternura que nunca se apaga.

Cada vez que sinto o calor das tuas mãos, é como se o tempo parasse, e tudo ao redor desaparecesse, restando apenas nós dois, ligados por esse gesto íntimo e profundo. As minhas mãos nas tuas são mais do que um simples toque, são um pacto de amor, de cumplicidade e de eternidade.

 

terça-feira, 11 de junho de 2024

O FUTURO RECORDADO

O conceito de "futuro recordado" tem o poder de despertar uma série de reflexões profundas no nosso imaginário. Ao pensar no futuro através das lentes de uma memória já vivida, embarcamos numa jornada que mistura nostalgia, esperança e uma consciência aguda do presente.

Primeiramente, o futuro recordado convida-nos a imaginar um tempo onde as nossas aspirações se tornaram realidade. É como se estivéssemos a olhar para um álbum de fotos de momentos que ainda estão por vir, mas que já carregam uma familiaridade calorosa. Esse exercício mental nos enche de otimismo, pois nos faz acreditar que os sonhos que hoje nutrimos, têm o potencial de se concretizar.

Ao mesmo tempo, essa perspetiva faz-nos ponderar sobre as escolhas que fazemos no presente. Se pudéssemos reviver o futuro, como gostaríamos que essas memórias nos afetassem? Quais decisões tomaríamos hoje para garantir que essas recordações fossem de alegria, realização e crescimento? O futuro recordado nos encoraja a ser mais intencionais e cuidadosos na nossa trajetória, sabendo que cada passo dado agora, molda as lembranças que teremos.

Além disso, o futuro recordado desperta uma curiosa combinação de controle e rendição. Por um lado, ele nos oferece a ilusão de que podemos planear e prever cada detalhe de nossas vidas futuras. Por outro, lembra-nos que o futuro, por mais que tentemos antecipá-lo, sempre guardará elementos de surpresa e incerteza. É uma dança entre a segurança de um destino imaginado e a aceitação das inevitáveis surpresas da vida.

Essa ideia também nos faz refletir sobre a natureza da memória e do tempo. Se pudéssemos olhar para o futuro como uma lembrança, perceberíamos que o tempo é uma construção muito mais fluida do que imaginamos. O futuro, de certa forma, já existe em potencial dentro de nós, esperando para ser vivido e lembrado.

Em última análise, o futuro recordado nos oferece uma perspetiva única sobre nossa própria existência. Ele nos encoraja a viver de maneira mais consciente, valorizando tanto o presente, quanto o que está por vir. Ao imaginar um futuro que já se tornou memória, somos inspirados a criar um caminho que seja digno de ser lembrado com carinho, gratidão e orgulho.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

DEIXEI-TE O MEU CORAÇÃO

Deixei o meu coração nas tuas mãos e tu não sabes. Todos os dias, ao teu lado, entreguei pedacinhos de mim sem que notasses. Cada sorriso, cada olhar, cada palavra que trocámos, carregava uma parte do meu ser, na esperança de que, um dia, perceberias o que significas para mim.

Em cada abraço, há um silêncio que guarda os meus segredos, um desejo não revelado. O toque suave das tuas mãos é como uma promessa não dita, uma esperança de que, talvez um dia, tu sintas o mesmo.

As noites são longas e solitárias, os pensamentos são incessantes. Pergunto-me se alguma vez repararás nos sinais, nas pistas subtis que deixo pelo caminho. Se, alguma vez, perceberás o quanto és importante, o quanto a tua presença ilumina os meus dias.

Mas, mesmo sem saberes, continuo a confiar-te o meu coração. Porque, de alguma forma, acredito que o teu também procura o mesmo, mesmo que ainda não te tenhas apercebido. E enquanto espero, deixo que o amor continue a fluir, na esperança de que um dia, finalmente, vejas o que sempre esteve aqui.

domingo, 9 de junho de 2024

RUGAS

As rugas, frequentemente vistas como sinais visíveis do envelhecimento, evocam uma variedade de sentimentos e reflexões nas pessoas. Para alguns, essas marcas no rosto e no corpo são testemunhos da passagem do tempo, da experiência acumulada e das histórias vividas. Elas podem ser vistas como símbolos de sabedoria, resiliência e maturidade. Cada linha pode ser associada a momentos específicos – risos, tristezas, preocupações e alegrias – e assim, tornam-se um mapa pessoal da vida de cada um.

Contudo, para outros, as rugas podem trazer sentimentos de desconforto ou até mesmo de rejeição. Na sociedade contemporânea, onde a juventude e a aparência física muitas vezes são excessivamente valorizadas, as rugas podem ser vistas como uma perda de vitalidade ou beleza. Este ponto de vista pode levar a uma busca incessante por soluções estéticas, como cremes anti idade, tratamentos de pele e cirurgias plásticas, na tentativa de retardar ou minimizar os sinais do envelhecimento.

Além disso, há uma dimensão psicológica significativa no confronto com as rugas. Elas podem ser um lembrete constante da nossa mortalidade, despertando sentimentos de nostalgia por tempos passados ou de ansiedade em relação ao futuro. À medida que o corpo muda, somos forçados a reavaliar nossa identidade e autopercepção. Este processo pode ser tanto doloroso quanto libertador, dependendo da perspetiva individual e da aceitação da própria história de vida.

Por fim, é importante reconhecer que as rugas não são apenas uma questão estética, mas também um reflexo da saúde e do bem-estar geral. Elas podem indicar a necessidade de cuidar mais da pele e do corpo, de adotar hábitos de vida mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada, hidratação adequada, proteção solar e evitar o tabagismo.

Em suma, as rugas provocam uma gama de sentimentos que vão desde o orgulho e a aceitação até a preocupação e o desconforto. Elas são um lembrete tangível de nossa jornada pessoal, das escolhas que fizemos e dos momentos que vivemos. Ao acolher essas marcas com compaixão e respeito, podemos aprender a valorizar não apenas a nossa aparência externa, mas também a profundidade e a riqueza de nossas experiências e sabedoria acumulada ao longo dos anos.

sábado, 8 de junho de 2024

MOITA

Queridos amigos da Moita

Gostaria de expressar minha profunda gratidão pela forma tão afetuosa com que fui recebida no jardim da Biblioteca Municipal da Moita, para apresentar o meu livro Pensar Olhar Viver, naquele encantador fim de tarde de domingo. Desde o momento em que cheguei, senti-me logo acolhida e envolta por uma atmosfera de carinho.

O cenário do jardim e o som suave da natureza ao redor, criou o ambiente perfeito para um encontro especial. A hospitalidade de todos tornaram a experiência ainda mais especial, fazendo-me sentir como se estivesse entre velhos amigos.

A conversa tranquila, as risadas compartilhadas e os momentos de paz foram um bálsamo para o meu espírito. Cada detalhe foi pensado com tanto cuidado, que só posso agradecer do coração, o terem-me proporcionado um fim de tarde tão agradável.

Trago comigo as melhores lembranças deste encontro em que a Maria de Lurdes Cavaquinho foi a minha interlocutora, e espero ter oportunidade de vos voltar a ver.

UMA PALAVRA TUA BASTAVA

"Uma palavra tua bastava" é uma expressão que transmite a ideia de que uma simples palavra ou ação de alguém, poderia ser suficiente para fazer uma grande diferença. É frequentemente usada em contextos onde a confiança, a autoridade ou o poder da pessoa em questão é tão significativo, que uma mínima intervenção pode resolver um problema ou mudar uma situação.

A situação em que alguém espera uma palavra que nunca veio, evoca sentimentos profundos de expectativa, esperança e, eventualmente, deceção ou tristeza. Esta situação pode ocorrer em vários contextos emocionais, relacionais ou profissionais. Exploremos algumas reflexões.

Num relacionamento, pode esperar-se um " amo-te", uma promessa de compromisso, ou até mesmo uma despedida que nunca veio. Essa espera pode causar um grande impacto emocional, deixando a pessoa num estado de incerteza e angústia.

Pode ser a espera de um pedido de desculpas, um reconhecimento ou um simples gesto de afeto que nunca chega. Isso pode criar uma barreira emocional, que dificulta a reconciliação e o entendimento mútuo.

No ambiente de trabalho, alguém pode esperar uma palavra de reconhecimento, um feedback ou uma decisão que nunca é comunicada. Isso tende a levar à frustração, desmotivação e até mesmo à perda de confiança na liderança.

Entre amigos, a espera por um conselho, um apoio em momentos difíceis, ou até mesmo um contato que nunca acontece, pode minar a relação, causando sentimentos de abandono ou negligência.

A nível mais profundo, até pode refletir-se sobre a expectativa de uma resposta ou um sinal do universo, da vida ou de uma força superior. A falta dessa palavra ou desse sinal podem levar a uma crise existencial ou espiritual.

Mas haverá, sempre, quem espere uma vida inteira por uma palavra, um gesto, uma flor, um abraço que nunca vieram…

sexta-feira, 7 de junho de 2024

A NÍVEA E EU

Por sorte minha tive, recentemente, a oportunidade de experimentar uma nova gama de produtos de cosmética que me surpreenderam muito positivamente. A Nívea deu-me a conhecer uma linha de cremes e de geles muito direcionados para acabar com as manchas da pele provocadas pelo sol e pela idade. Senti que aquelas minhas marcas se desvaneciam e que se justificava compartilhar a minha experiência com todos.

Desde o momento em que abri a embalagem, percebi o cuidado e a qualidade envolvidos. Cada detalhe parecia ter sido pensado com carinho, desde o design até a funcionalidade. Fiquei especialmente impressionada com os óleos secos, algo que realmente fez diferença no meu dia a dia.

Não sou de falar sobre marcas ou produtos, mas acredito que quando algo nos traz uma experiência positiva, merece ser reconhecido. Às vezes, são esses pequenos gestos, que nos lembram que existem pessoas dedicadas a fazer um bom trabalho e a criar produtos que facilitam e melhoram nossa vida.

Então, aqui fica meu agradecimento à marca. Continuem com o vosso excelente trabalho! 

 

BRISAS


 A brisa que existe em todos nós é uma metáfora poética para a essência suave e sutil que habita cada ser humano. Essa brisa interna representa os nossos sentimentos mais delicados, as nossas inspirações mais profundas e aquela nossa parte que se conecta com o mundo de maneira tranquila e silenciosa.

Assim como a brisa que passa por nós, quase impercetível, mas trazendo frescor e renovação, essa força interior toca-nos em momentos de introspeção, quando nos permitimos ouvir a nossa voz interior. É a brisa que nos guia para a calma em tempos de turbulência, que sussurra palavras de coragem quando enfrentamos desafios e que nos inspira a sermos gentis e compassivos.

Ela não é uma tempestade que impõe sua presença, mas uma leve corrente de ar que nos lembra da beleza da simplicidade e da importância de estar em harmonia consigo mesmo e com o mundo ao nosso redor. Quando nos sintonizamos com essa brisa, encontramos clareza, paz e uma conexão mais profunda com a nossa verdadeira natureza.

Cultivar essa brisa é permitir-se momentos de silêncio e contemplação, é nutrir os nossos sonhos e esperanças, e é agir com bondade e empatia nas nossas interações diárias. Reconhecer a brisa que existe em todos nós é honrar a parte mais pura e serena da nossa existência, aquela que nos lembra que, independentemente das tempestades externas, sempre haverá um sopro de tranquilidade dentro de nós.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

HERÓIS

Heróis são figuras que se destacam por atos de coragem, altruísmo e moralidade, desempenhando um papel fundamental na formação de valores e identidades culturais ao longo da história. A conceção de herói varia amplamente conforme o contexto cultural, histórico e pessoal, mas geralmente envolve a superação de desafios significativos em prol do bem comum.

Historicamente, os heróis eram frequentemente guerreiros ou líderes que protegiam as suas comunidades de ameaças externas, exemplificado por figuras mitológicas como Aquiles na Grécia Antiga ou o Rei Arthur nas lendas britânicas. Estes personagens simbolizavam as virtudes e os ideais das suas sociedades, servindo como modelos de comportamento e inspiração.

No entanto, o conceito de heroísmo evoluiu com o tempo. Na era moderna, heróis não são apenas aqueles que exibem bravura física, mas também os indivíduos que demonstram coragem moral e ética em situações desafiadoras. O que pode incluir ativistas sociais, como Martin Luther King, ou cientistas como Marie Curie, cuja dedicação à pesquisa científica trouxe avanços significativos para a humanidade.

Também os podemos encontrar no dia a dia, longe dos holofotes da fama ou da mitologia. São pessoas comuns que, através de suas ações, fazem uma diferença positiva nas vidas de outros. É o caso dos profissionais de saúde que trabalham incansavelmente em crises sanitárias, dos professores que inspiram e educam as futuras gerações, ou até mesmo de indivíduos que se envolvem em atos de bondade e solidariedade nas suas comunidades locais.

Além disso, a noção de heroísmo é frequentemente explorada e celebrada na literatura, no cinema e em outras formas de arte, como os super-heróis Superman e Mulher-Maravilha, que capturaram a imaginação do público, oferecendo narrativas que ressoam profundamente com os desejos humanos de justiça e esperança.

Assim, heróis são indivíduos que, através das suas ações e caráter, demonstram qualidades extraordinárias que inspiram outros a buscar o melhor de si mesmos. Seja através de grandes feitos históricos ou de gestos diários de bondade e coragem, os heróis desempenham um papel crucial na construção e manutenção dos valores que sustentam a sociedade.

HISTÓRIA DO ABANICO!


 

terça-feira, 4 de junho de 2024

O PERIGO DA FEMINILIDADE

 

A discussão sobre o perigo da feminilidade em certas profissões é complexa e envolve muitas facetas. Em Portugal, como em muitos outros países, existem profissões que são tradicionalmente dominadas por homens, e as mulheres que entram nesses campos enfrentam, muitas vezes, desafios únicos.

Esta situação é especialmente evidente em profissões como as da área militar. Muitas mulheres que servem nas forças armadas enfrentam a pressão de esconder a sua feminilidade para se encaixarem num ambiente predominantemente masculino. Isso pode incluir evitar maquiagem, cortes de cabelo mais curtos e até mesmo esconder características físicas que são consideradas “femininas”.

Ora a feminilidade é um conceito cultural que tem sido questionado e redefinido ao longo do tempo. A roupa, por exemplo, foi um dos primeiros produtos a denunciar a acomodação do corpo feminino a padrões definidos por uma estética de feminilidadeEstas expectativas podem ser limitantes e restringir a liberdade das mulheres em expressar a sua verdadeira identidade.

Além disso, há um lado perigoso nessa “feminilidade tóxica”, onde a mulher que abraça o papel da submissão pode acabar aceitando humilhações e até mesmo violência. É vital que as mulheres possam exercer as suas profissões sem terem que se conformar com padrões de género que podem ser prejudiciais à sua integridade e bem-estar.

A discussão sobre feminilidade e profissões é parte de um diálogo maior sobre igualdade de género e os direitos das mulheres no local de trabalho. É essencial continuar a promover ambientes de trabalho inclusivos e seguros para todos, independentemente do género.

Reflexão sobre a feminilidade

Essa expectativa de conformidade com padrões masculinos pode ser prejudicial de várias maneiras:

  • Supressão da Identidade: As mulheres podem sentir que precisam suprimir sua verdadeira identidade para serem aceitas e respeitadas no ambiente militar.
  • Estigma e Preconceito: A feminilidade muitas vezes é vista como um sinal de fraqueza ou falta de capacidade em contextos militares. Isso pode levar a estereótipos negativos e preconceitos.
  • Impacto na Saúde Mental: A pressão constante para esconder a feminilidade pode afetar a saúde mental das mulheres, causando estresse, ansiedade e até depressão.

No entanto, é importante reconhecer que as mulheres militares também têm o direito de expressar sua feminilidade e serem tratadas com igualdade. A diversidade de género nas forças armadas é fundamental para a eficácia e a inclusão. À medida que a sociedade evolui, esperamos que haja mais aceitação e compreensão da diversidade de identidades de género em todos os setores, incluindo o militar.

segunda-feira, 3 de junho de 2024


 

A SEDE METAFÓRICA

No sentido metafórico, a sede transcende a mera necessidade física de água. Ela representa um anseio profundo, uma busca por algo que preencha a nossa alma e nos satisfaça em níveis mais abstratos.

Assim como o corpo humano anseia por água para sobreviver, a nossa sede metafórica pode manifestar-se de diversas maneiras:

Sede de Conhecimento: Buscamos aprender, explorar e compreender o mundo ao nosso redor. Essa sede impulsiona-nos a estudar, ler, questionar e expandir os nossos horizontes intelectuais.

Sede de Amor e Companhia: Desejamos conexões significativas com outras pessoas. A busca de amizade, amor e relacionamentos profundos, é uma sede que nos move.

Sede de Propósito: Queremos encontrar significado nas nossas vidas. A busca por um propósito, seja através do trabalho, da espiritualidade ou de realizações pessoais, é uma sede constante.

Sede de Realização: Ansiamos por alcançar os nossos objetivos, realizar os nossos sonhos e deixar uma marca no mundo. Essa sede nos motiva a persistir, a lutar e a superar obstáculos.

Sede de Espiritualidade: Muitos procuram uma conexão com o transcendente, seja através da religião, da meditação ou da contemplação. Essa sede espiritual leva-nos a questionar o significado da existência e a buscar respostas além do tangível.

Portanto, a sede metafórica é tão essencial quanto a sede física. Ela impulsiona-nos a crescer, a buscar significado e a conectar-nos com algo maior do que nós mesmos.

domingo, 2 de junho de 2024

A INTEMPORALIDADE

A intemporalidade é um conceito que se refere àquilo que transcende o tempo, que não é afetado pela passagem do tempo ou pelas mudanças que ocorrem ao longo dele. Noutras palavras, algo intemporal é eterno, permanente e imutável. Este conceito pode ser aplicado em várias áreas, incluindo filosofia, arte, literatura e cultura.

Na filosofia, a intemporalidade é frequentemente discutida em relação à natureza da realidade e da existência. Por exemplo, Platão falou sobre ideias e formas eternas, que são perfeitas e imutáveis, em contraste com o mundo físico, que é imperfeito e sujeito a mudanças. E também temos as ideias de Sócrates, ou os escritos de Confúcio.

Na teologia, Deus é frequentemente descrito como sendo intemporal, existindo fora do tempo e não sendo afetado pelas suas limitações.

Na arte e na literatura, a intemporalidade pode referir-se a obras que permanecem relevantes e significativas, independentemente da época em que foram criadas. Obras clássicas, como as peças de Shakespeare ou as pinturas de Leonardo da Vinci, são frequentemente consideradas intemporais porque continuam a tocar as pessoas, geração após geração.

Na literatura "Odisseia" de Homero, "Dom Quixote" de Miguel de Cervantes. E na arte, quem esquece "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci, ou "Starry Night" de Vincent van Gogh. Na música as composições de Beethoven, Mozart e Bach, são eternas.

Na cultura e na sociedade, certos valores, princípios ou tradições podem ser vistos como intemporais. Por exemplo, conceitos como amor, justiça e verdade são frequentemente considerados valores intemporais que permanecem importantes, independentemente das mudanças culturais e sociais.

Reflexão

A intemporalidade permite-nos apreciar e refletir sobre aquilo que permanece constante e significativo ao longo da história do Homem. Ela convida-nos a reconhecer a profundidade e a durabilidade de certos aspetos da experiência humana, independentemente das mudanças e inovações que ocorrem ao nosso redor.

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sábado, 1 de junho de 2024

O FANTASMA DO DESENCANTO


 "O Fantasma do Desencanto" é uma expressão que pode ser interpretada de várias maneiras dependendo do contexto em que é utilizada. Pode se referir a uma sensação de perda de esperança, desilusão ou um sentimento geral de desencanto com algo que antes era motivo de entusiasmo ou expectativa. Essa expressão pode ser aplicada a diversas situações, como política, economia, vida pessoal, ou qualquer outro campo onde haja um contraste entre expectativas e a realidade vivenciada.

Em um contexto literário ou artístico, esta expressão pode ser utilizada para descrever um estado de espírito melancólico ou uma reflexão sobre a condição humana. Em termos filosóficos, pode tocar na ideia de que a vida moderna, com suas complexidades e desafios, frequentemente leva as pessoas a sentirem-se desencantadas.

"O Fantasma do Desencanto" no contexto pessoal refere-se àquele sentimento sutil e persistente de insatisfação ou tristeza que se pode instalar na vida de alguém sem uma causa aparente. É como uma presença invisível que obscurece a alegria e a motivação, tornando difícil encontrar sentido ou prazer nas coisas que antes traziam felicidade. Esse desencanto pode surgir de várias maneiras, afetando diferentes aspetos da vida.

A repetição diária das mesmas atividades pode levar a um sentimento de estagnação e tédio. Quando a vida se torna previsível e sem surpresas, o entusiasmo diminui.

 Muitas vezes, as pessoas têm expectativas altas sobre suas carreiras, relacionamentos ou realizações pessoais. Quando a realidade não corresponde a essas expectativas, o desencanto pode surgir.

 Sentir-se desconectado dos outros ou de si mesmo pode gerar um vazio emocional. A falta de relações significativas ou de um propósito claro pode alimentar o desencanto.

 O excesso de responsabilidades e o estresse constante podem esgotar a energia e a motivação. Quando se está constantemente sob pressão, é difícil encontrar alegria nas pequenas coisas. Tente não cair nestas situações e se puder fuja delas, por uma questão de sanidade mental. Não o conseguindo, olhe-as como se elas não tivessem nada a ver consigo.