sábado, 21 de junho de 2025

Quanto vale uma Vida?

"Quanto vale uma vida?" Esta pergunta ecoa nos corredores da ética, da justiça, da filosofia e da própria existência humana. Num mundo cada vez mais pautado por números, lucros e métricas de produtividade, essa questão convida-nos a parar e refletir: é possível atribuir um valor à vida humana?

Do ponto de vista biológico, todas as vidas são equivalentes. Porém, na prática, a sociedade muitas vezes atribui pesos diferentes a depender da origem, da classe social, da etnia ou da profissão de uma pessoa. Um executivo pode ser tratado como mais valioso que um morador de rua; um cidadão de um país desenvolvido pode receber mais atenção do que uma criança faminta num lugar esquecido pela mídia.

No entanto, o valor da vida não está na sua utilidade económica, nem na fama, no status ou na contribuição aparente para a sociedade. O valor de uma vida está na sua singularidade, na sua capacidade de sentir, de amar, de aprender, de transformar o mundo à sua volta — por menor que pareça esse impacto.

Durante tragédias, guerras ou pandemias, somos confrontados com esta questão de forma crua. Quantas mortes são necessárias para que a humanidade perceba que cada uma delas é uma perda irreparável? Números podem ser estatísticas, mas por trás de cada número há uma história, uma família, sonhos interrompidos.

Valorizar uma vida significa respeitar a dignidade do outro, defender direitos humanos, lutar por equidade, e reconhecer que nenhuma existência deve ser descartada ou negligenciada. É também uma chamada à empatia, à solidariedade e à construção de um mundo onde todas as vidas importam de fato, e não apenas no discurso.

Porque no fim das contas, o valor de uma vida, talvez não possa ser medido — apenas reconhecido, respeitado e protegido.

 

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