terça-feira, 25 de outubro de 2011

Longe é um bom lugar



Mário Zambujal é um amigo querido com quem faço parceria todas as semanas na SIC. Conheço-o de toda a vida embora não me lembre nem quando, nem como nos encontrámos, porque foram muitas as ocasiões em que nos cruzámos pelos mais variados motivos. Acresce que ele é amigo de grande parte dos meus amigos, o que cobre um espectro que vai da direita à esquerda sem deixar de pingolejar pelo centro.
Os Mários da minha vida são dois. Este e o Castrim, que foi certamente aquele que melhor conheceu o que até agora ainda não tive a coragem de publicar. A ele devo a prosa e a ameaça de poesia...
O Zambujal acaba de lançar um livro cujo título e conteúdo são deliciosos. Nestes contos do "Longe é um bom lugar" está o português de gema, aquele que, por mais gerações que passem, continua imutável, vagamente machista, mas adorando a Mulher. Não só a sua, que ama sempre, mas também as outras, que deseja eternamente.
O Mário esquissa com o mesmo amor as nossas qualidades e os nossos defeitos. No fundo, retrata, amorosamente, Portugal. De que gosta tanto como eu!

HSC

8 comentários:

OutrosEncantos disse...

Olá!
Tenho-a nos meus favoritos e passo muitas vezes por aqui, muito embora nunca tenha replicado.
Só para dizer-lhe da estima que lhe tenho. Da mulher que admiro. Da mãe isenta, que também admiro. De como me divirto na querida Júlia na troca de galhardetes com o Mário.
Gosto da sua maneira de estar, na vida, na sociedade, sem preconceitos nem snobismos. Gosto do seu riso alegre e sincero.
Gosto do seu SER PORTUGUESA, porque eu também sou!
Obrigada Helena, Portugal precisa de muitas mulheres com a sua força e o seu acreditar sincero e sem fanatismos.
Abraços.
Zanguei-me e tenho meu blog bloqueado. Talvez assim lhe fale muito mais vezes.
"Longe é um bom lugar", também acho que sim :)), vou ler!
Abraço extensivo a Mário Zambujal, que adoro desde sempre.
Maria

Um Jeito Manso disse...

Ah, ainda não tenho. O Mário Zambujal deve mesmo ser 'boa onda', sempre com um sorriso entre o malicioso e o sedutor. Que sorte a sua ter amigos tão interessantes. E que pena eu não poder vê-la nesses programas, presumo que seja durante o dia.

Também já andei à procura do seu livro mas ainda não apareceu lá pela Fnac. Estou curiosa...! Espero que seja um sucesso de vendas.

(Espero que os seus escritos que o Castrim viu, possam também vir a ser vistos por nós todos. Já não se revê neles, é isso?)

Anónimo disse...

O Mário pertence a uma familia farense cheia de cracks!
A crónica dos bons malandros foi o seu melhor livro e nunca mais chegou aquele nivel !
O francisco era um crack nas caricaturas e banda desenhada!

Como pessoa não o conheço mas vê-se que tem aquele ar de "malandreco" caracteristico dos Farenses dessa época. Eu sou mais novo mas ainda apanhei esse traço!

AEfetivamente disse...

O titulo é fabuloso. O seu texto tb me aguçou a vontade de ler o livro! :) Obrigada pela sugestão AEfetivamente

Anónimo disse...

Cara Helena:

Sem querer usurpar esta sua publicação sobre o meritório Mário Zambujal, queria transmitir-lhe a falta que senti de si no último Moeda de Troika (apesar de ter sido substituída por uma igualmente interessante senhora).

Um grande abraço.
Volte rapidamente.

Um fã.

Raúl Mesquita disse...

Cara Helena:

Falar do que é nosso é difícil; partindo do princípio de que o país em que nascemos é nosso. Nesta pertença que alguns vêem simultaneamente como "o meu país" e aquele a que devemos tudo - a Pátria, há uma ambiguidade muito difícil que não tenho a presunção de resolver. Por isso, eu, friso, apenas eu, evito anunciar esse amor pátrio. Se calhar tenho-o, mas custa-me anunciá-lo. Não veja nas minhas palavras uma crítica, veja antes uma interrogação minha suscitada pelo seu continuado patriotismo, às vezes quase uma religião. Não devíamos estar já re-ligados a… a qualquer coisa também terrena como a …. Pátria? Queira desculpar, Helena, esta minha feição de hoje à noite, filosófico-melancólica…

Com um Luso Abraço

Raúl.

Anónimo disse...

Nunca tive a oportunidade de ainda ler um livro do Mario Zanbujal,mas vou aqui á procura na biblioteca pois devem ter,pois foi um escritor que nunca tive a curiosidade de ler e agora tenho.
Felicidades para o novo livro dele.

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Raul
Quando amo, digo e mostro que amo. Sem vergonha. Pais, Filhos, Marido, Portugal, Pátria.
E desses amores dou patente testemunho, no que eles possam ter de público. Não, claro, nas suas privadas manifestações.
No caso do país e da pátria, todo o amor é pouco. Serei europeia como espaço em que a minha terra se insere. Mas sinto-o pouco.
Sou portuguesa de gema no que a Portugal respeita. E declaro-o. Muitas vezes. Sempre que vem a propósito. Porque, para mim, pátria há só uma. A minha e mais nenhuma.
Há pessoas mais contidas nesse amor. Ou até mais europeias que portuguesas. É um direito que lhes assiste e que não critico. Cada um ama como sabe. Ou como pode. Este é o meu modo de amar!