Não gostar de política é uma
postura que pode surgir por diversos motivos. Algumas pessoas sentem-se
desanimadas ao ver, nos noticiários, escândalos de corrupção, debates
agressivos e a impressão de que pouco muda na prática. Outras, por terem
vivenciado situações negativas no ambiente familiar ou social, perdem o
interesse desde cedo. Além disso, muitas vezes, a política parece distante do
quotidiano, como se fosse algo restrito aos políticos e aos partidos, e não uma
esfera em que todo cidadão pode atuar.
No entanto, é importante lembrar
que, mesmo não se interessando ativamente por política, as decisões tomadas
nesse campo afetam a nossa vida diariamente: influenciam impostos, saúde,
educação, segurança, transporte, entre tantos outros aspetos. Por isso, ainda
que se mantenha um sentimento de desagrado ou desânimo diante dos temas
políticos, entender minimamente como funcionam as estruturas de poder e de
tomada de decisões, ajuda a compreender a sociedade em que vivemos.
Em suma, não gostar de política é
um sentimento legítimo, especialmente num cenário em que o debate público, às
vezes, se mostra desrespeitoso ou ineficaz. Entretanto, é fundamental refletir
sobre como, mesmo sem grande entusiasmo, podemos buscar informações básicas,
para exercer a nossa cidadania e usar o nosso voto de forma consciente. Dessa
forma, podemos influenciar, ainda que indiretamente, as mudanças que desejamos
ver na sociedade.
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