Ah, a preguiça... esse sentimento
injustamente difamado, que muitos chamam de pecado, mas que eu prefiro chamar
de "inteligência estratégica". Afinal, quem foi que disse que a vida
tem de ser vivida sempre em ritmo de maratona? Às vezes, a preguiça é o que nos
salva de grandes desastres — ou pelo menos nos mantem à tona.
Se não fosse a preguiça, será que
alguém teria inventado o controle remoto? É claro que não! Certamente existiu
um visionário preguiçoso que olhou para a televisão e pensou: "Levantar
todas as vezes que quero mudar de canal? Nem pensar. Vou resolver isso
deitado." Resultado? Uma inovação que revolucionou a humanidade.
E os elevadores? A preguiça
poupou-nos milhões de lances de escada ao longo da história. O simples ato de
apertar um botão e ser carregado para o décimo andar é, na verdade, um hino à
eficiência. Porque sejamos sinceros: o que é a preguiça senão a busca da máxima
economia de energia? É ciência, meus caros amigos.
A preguiça também é a mãe da
criatividade. Aquela solução genial para o trabalho? Muitas vezes veio porque
alguém pensou: "Como vou resolver isto da maneira mais rápida e fácil,
para sobrar tempo para não fazer nada?" O nome disso é otimização. E
deveria ser aplaudido de pé (ou sentado, para poupar energia).
Portanto, antes de criticar a
preguiça, lembre-se de que ela já salvou as suas costas de carregar baldes
d'água e suas pernas de subir morros íngremes. Preguiça não é falta de vontade,
é sabedoria. Afinal, como dizia Bill Gates (e talvez um preguiçoso sábio antes
dele): "Escolha sempre uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho
difícil. Ela encontrará a maneira mais fácil de fazê-lo."
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