sábado, 24 de junho de 2017

Agora... é sem limites e sem medos.

Nas palavras dirigidas ao semanário Expresso, o Presidente da República pede que seja apurado "sem limites ou medos", tudo o que se passou no inferno dos fogos.
A expressão "sem limites" e "sem medos", agora usada por Marcelo, difere bem do seu assertivo e categórico  “era impossível ter feito mais”, usado há uma semana.
A expressão hoje utilizada era a que eu esperava dele, nesse sábado, quando, pela primeira vez, se dirigiu aos portugueses.
Chegou a altura em que o Presidente enfatiza que é tempo de se apurar - estrutural ou conjunturalmente - o que possa ter causado ou tido influência no que aconteceu ou na resposta dada. É tardia a intervenção, mas correcta. 
É esta a atitude que todos esperamos dele. Como esperamos que ele seja o garante – já aqui o referi antes –, o atento observador de que nada disto terá sido em vão. Que esqueça, por momentos, os consensos impossíveis  - ele conhece, melhor que ninguém, os partidos que temos - e “exija, lembre, insista”, que os mortos merecem ser honrados.
O Presidente da República não define prazos, mas pode e deve estar vigilante de que é preciso não deixar esvaziar o significado, ou retirar utilidade às conclusões. E, se o não fizer, se por momentos o descurar, creia que nada nem ninguém lho irá perdoar. Nem o seu crédito de afecto...
Quanto a António Costa exige-se-lhe que peça responsabilidades a quem as possa ter tido, atenta a hierarquia daqueles a quem o assunto respeita. Sem apelo nem agravo. Porque a morte é das poucas prerrogativas que, em política, pode ser tremendamente adversa.

HSC

5 comentários:

João Menéres disse...

Também estarei atento aos desejados inquéritos que espero não fiquem esquecidos nos fundos das gavetas.

Melhores cumprimentos.

Silenciosamente ouvindo... disse...


Drª. Helena subscrevo totalmente as

suas palavras e também vou ficar atenta.

Os meus cordiais cumprimentos.

Irene Alves

Anónimo disse...

O culpado é o diabo que enviou o downburst.

(Máximo respeito pelas vítimas e seus famíliares e também pelos operacionais no terreno.)

Pedro Coimbra disse...

O PR precipitou-se.
A quente, no momento, não devia ter dito o que disse.
Agora, com tempo para reflectir e se informar, teve que fazer marcha atrás.

Se tudo isto é verdade, temo bem que a investigação, os inquéritos, tenham apenas um resultado - uma cabeça que é apresentada ao povo (a MAI?).
Oxalá esteja enganado.

Boa semana

Isabel Mendes disse...

Estou totalmente de acordo com a Drª.

Melhores Cumprimentos