Desde que foram introduzidas as novas regras de trânsito no Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, faço tudo o que é possível para não passar por tais zonas. Mas, como se calcula, nem sempre é fácil.
Hoje, a minha cunhada - a que é como minha irmã - decidiu convidar-me para almoçar num restaurante na zona. Confesso-vos que se trata de um autêntico susto, ou melhor risco. Não sei quem foram as mentes brilhantes que se lembraram de tais alterações, nem os saudáveis motivos que as terão ditado. Sei, sim, que o risco de chocar de frente com alguém é tremando e que os turistas se vêm gregos - o que, como se calcula, é deveras desanimador - para saberem por onde sobem e por onde descem.
É que sendo nós um país onde a condução se faz pelo lado direito, muito poucas serão as pessoas a olhar para o lado esquerdo. Talvez por isso, os autores sentiram necessidade de pôr avisos no chão para que o façam...
Por outro lado, o passeio que agora divide o acesso às Amoreiras tem uma tal largura que o visionário que o delineou deve ter considerado que seria muito agradável passear, no local, por entre carros!
Alguém será capaz de me explicar quais foram os reais ganhos destas perigosas transformações impostas a automobilista e peões, os quais, menos prevenidos, podem correr o risco de atropelar ou ser atropelados? Se foi para diminuir o trânsito, aí sim, acertaram, porque muitos serão os que, como eu, fogem do local a sete pés.
HSC
9 comentários:
Ainda assim, continuo a achar Lisboa uma cidade inigualável e apesar de portuense não me importava nada de me mudar para a capital... ainda que tivesse de estudar novamente o código da estrada!
Um beijinho,
Vânia
É completamente aberrante...e se é como dizem, a intenção é para baixar a poluição mais valia que fosse proibido circular de automóvel na baixa, excepto transportes públicos e em horas determinadas cargas e descargas, como acontece noutras grandes cidades.
Eu que trabalhei tantos anos nos Restauradores e que conhecia todos os recantos nos passeios que fazia a pé após almoçar o que levava de casa...há tempos fui verificar a pé e no passeio bem longe da estrada:)...a minha alma ficou pasma.
Tanto dinheiro nosso deitado à rua ou então para os bolsos de alguns...para estar um caos.
Ganharam-se umas obras, Helena, e uns metros quadrados de relva. De resto foi tudo tão bem feito que é necessário um policia permanente na descida das Amoreiras para ajudar os condutores a circular. Um mimo.
Eu continuo assustada e sou uma das que está em fuga permanente. Até multada já fui, por um policia de trânsito que andava, por lá, às voltas e que me acusou de ter ocupado a faixa errada. Contribuí com 60 euros, para os milhões de multas que o Estado conseguiu arrecadar.
Ando, a partir daí a poluir outras avenidas...
Um enorme abraço.
Nem para diminuir o trânsito Helena! À hora de ponta passar ali é um inferno.
São as mentes brilhantes da nossa CML...
Cara Helena,
As obras não foram feitas com a intenção de ajudar os condutores, os transeuntes ou os turistas, mas simplesmente os amigos de alguma empresa de construção.
Ir para a Av. da Liberdade de carro é uma aventura com o sobe e não desce e o desce e não sobe...
Isabel BP
experimentalismos, expwerimentalismos, tentativas de melhorar o que já não é possivel, só se conseguiria algo com obras subterraneas ou aéreas, viadutos...
É realmente daquelas coisas, que o melhor era deixar como estava, e tanta coisa que Lisboa necessita, gastar-se um dinheirão aquilo, é de bradar aos céus...
Só pode ser mais um incentivo para diminuir o transito,altamente dissuasor...tal como a Helena,tento fugir da zona como o diabo da cruz ,mas com uma agravante,trabalho muito perto do Marquês...!
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