sábado, 1 de junho de 2013

Competitividade, o nó górdio nacional

Portugal perdeu cinco lugares no "ranking" da competitividade, sendo o segundo país menos competitivo da Zona Euro. Pior só a Grécia.
Com efeito, na lista do IMD – International Institute for Management -, a conhecida escola de negócios suíça, que mede o desempenho de 60 países a nível da competitividade, ocupamos agora a 46ª posição.
O ranking é liderado pelos Estados Unidos.

Entre os nossos pontos fracos a nível empresarial, o IMD destaca o acesso ao crédito, a inexistência de crescimento económico, a fraca resiliência e a elevada taxa de desemprego,  sobretudo entre os jovens.
Nos aspectos positivos de Portugal, o IMD salienta as infra-estruturas, a mão-de-obra qualificada, as leis de imigração e as energias renováveis.
No indicador da eficiência governamental, os factores mais negativos da competitividade nacional são os encargos fiscais, a elevada dívida pública e a coesão social.

Na elaboração destes relatórios, são feitos inquéritos nos quais se pede que, numa lista de quinze indicadores, se seleccionem os cinco mais atractivos na economia de cada país.
No caso português, “as infra-estruturas de confiança”, “a mão-de-obra qualificada” e o “custo da competitividade” constituem os factores mais atractivos.
Já “o dinamismo da economia”, “o regime fiscal” e o “acesso ao crédito”, enquadram os factores menos atractivos.
A Grécia é o país da Zona Euro com pior desempenho ao nível da competitividade mundial, ocupando o 54º lugar. Todavia, apesar disso, os gregos conseguiram subir quatro posições no “ranking”.
A Espanha, que não está muito melhor que nós, ocupa o 45º lugar.
A Itália situa-se como a 44ª nação mais competitiva, o que, face a 2012, representa uma queda de quatro posições. As fracas infra-estruturas, as finanças públicas e a política orçamental são indicadores que prejudicam a competitividade italiana.

HSC  

3 comentários:

Anónimo disse...

Há 2 dias, creio eu, ouvi uma notícia na rádio, enquanto conduzia, que informava que a China ultrapassaria os EUA, no próximo ano, como 1ª Economia Mundial e que a Índia faria o mesmo ao Japão, passando para a 3ª posição, deixando os japoneses em 4º lugar, seguidos da Alemanha.
Num jantar onde estive ontem, ouvi igualmente, da parte de alguns dos presentes, economistas, que UE não sobreviveria, economica e politicamente, a uma Organização Mundial do Comércio, com a China e a Índia a liderarem a economia mundial, a longo ou mesmo médio prazo.
Enfim, limitei-me a ouvir e a pensar no assunto. Se quanto à subida de importância da China e Índia no seio da da Economia Mundial, parece não restarem grandes dúvidas, já quanto ao resto, a ver vamos, como dizia o cego.
Mas, já poucas coisas nos devem surpreender.
P.Rufino

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Rufino
Também acredito que isso venha a acontecer.
Mas, não esqueçamos, são países que internamente -dívida, segurança social, leis laborais e outros - têm problemas delicadíssimos para resolver. E, em economias abertas, eles irão pôr-se de forma mais aguda, dificultando muito possivelmente a forma como esse crescimento se irá desenrolar.

Anónimo disse...

Portugal vai perder todos os lugares no "Ranking" da competitividade porque aquilo a que se assiste é à intenção deliberada de extirpar tudo o que está podre até chegar ao que está são e acabaremos por chegar ao osso e depois vai ser um grande problema.
JM