quarta-feira, 3 de junho de 2020

Desconfinei...


Depois de 4 meses passados entre os corredores da casa e duas idas ao Hospital, no ultimo sábado dei o grito do Ipiranga e resolvi fazer o que mais gostava, isto é "flanner". Não como em Paris que o fazia diariamente, mas adaptando-o ao sol intenso e ao mau estado geral das ruas onde moro dividida entre "queques" e gente pobre. Ou seja uma razoável mistura daquilo que, ainda hoje, é a população nacional.
Estes 120 dias de vaguear entre a sala, o escritório e o quarto. se foram completamente insólitos, permitiram que eu me pensasse, me analisasse, tomasse decisões e encarasse com alguma bonomia o que Ele, lá em cima, determinar que devo andar cá em baixo. Foi, sei-o hoje, uma dádiva cruel, mas de grande útilidade.
Neste preciso momento, não sei quem são as pessoas que voltarei a beijar ou abraçar. Nem sequer filho ou neto, que pouparei enquanto puder. Mas descobri, na realidade, que na vida nada mais importa que o afecto. E hei-de contar-vos como uma pessoa otimista como julgoo ser, viveu cada um destes dias em que fiz imensas descobertas sobre mim própria  e sobre ou outros!

HSC

11 comentários:

Ivete Ferreira disse...

Como gosto das suas palavras. Sempre optimista e sabendo encarar a realidade. Muito obrigada. Bem haja.

João Menéres disse...

Esse GRITO de alegria foi tão forte que até aqui chegou !

Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

Dra É um gosto lê-la. Há sempre uma alegria e uma esperança latente em tudo o que escreve.
Que segredo maravilhoso será esse que a faz ultrapassar todas as dificuldades, sem ir ao chão? Abençoada seja por já me ter dado animo tantas vezes!

Vitorino


Anónimo disse...

🌷

Anónimo disse...

Milady


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~~~$$$$$$"`$ Faça da sua vida uma canção!
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Ghost

Pedro Coimbra disse...

Estar preso em casa é claustrofóbico.
Como escolhemos passar tempo em casa é agradável.
Sermos obrigados a isso?
Um castigo!

Dalma disse...

HSC, não é a H. que os poupa como diz “ Nem sequer filho ou neto, que pouparei enquanto puder.” Não somos nós que os podemos infetar mas sim eles a nós se assintomáticos ou não!!! Criou-se a ideia que os velhos são o perigo e raramente se pensa que são as vítimas!!

Helena Sacadura Cabral disse...

Olá Dalma
Acredite que sou tão avara da família, que não poder abraçar e beijar filo, neto, irmão, cunhada, sobrinhos, ma criou uma tal bolsa de afectos - foi esse o sentido do meu "poupar" - que quando for possível fazer-lo -se voltar a ser - eu desfaço-os com a saudadesi que tenho deles. É um sacrifício que faço e ofereço diariamente a Nossa Senhora!

Dalma disse...

Compreendo agora, Helena! Espero que possamos realmente abraçá-los logo que possível! Até lá recuso-me a vê-los a dois metros, eu sou assim, ou tudo ou nada!
Há bastantes anos em Berlin, era eu bem mais nova, comprei um postal a preto e branco daqueles mostravam os tempos da divisão, era uma família jovem que levantava nos braços um bebé e o mostrava aos avós que estavam do lado de lá do arame farpado! Já não sei onde anda o postal, mas a imagem vem-me agora á mente quando nos dizem que os netos e até filhos não nos podem abraçar e que só nos podemos ver ao longe!!

Ana Ferreira disse...

Querida Helena, admiro a sua capacidade optimista e gosto muito de ler as suas palavras. Ainda bem que as partilha, obrigada.

Anónimo disse...

A vida, na verdade, não é o tempo que passa, mas aqueles momentos em que o tempo parece não passar.-Susana Urquiza

PS- Excelêntissima senhora Dra. Helena Sacadura Cabral, espero que este pesadelo possa passar rapidamente e, como sempre, com aquele sorriso e encorajamento para viver que bem a caracteriza, seja ou/é um começo de fim a esta desolação. Animo a todos(as)! E nunca decair-nos!-Tudo vai passar. Que a força do seu e de muitos sorriso(s) não se percam nunca!-Morgadinha