"O Sindicato Independente dos Médicos – SIM, lamenta que a direcção do SBSI depois de ter denunciado o Acordo de Empresa, quando ao mesmo tempo defende com unhas e dentes a contratação colectiva dos seus associados com a banca nacional, aproveite oportunisticamente a catástrofe que se abateu no nosso Pais e no mundo e o estado de emergência que acaba de ser decretado, castigando os seus trabalhadores médicos, arremessando-lhes o Lay Off.
Um sindicato, permitir-se usar uma medida altamente limitadora dos direitos dos seus trabalhadores, num momento para todos da maior fragilização, é no mínimo, lamentável.
Um presidente de um sindicado a contrariar fortemente os apelos dos órgãos de soberania no sentido de mitigar os fortes impactos sociais, é, no mínimo, irresponsável e antipatriótico.
O SIM apela à direcção do SBSI que neste momento de fortes pressões no SNS proteja a saúde dos seus beneficiários e que CONTRIBUA para o esforço nacional de apoio ao País e à saúde dos seus compatriotas.
O SIM apela a que volte atrás na decisão que afeta milhares de doentes.
O SIM apela aos associados do SBSI, que continuam a pagar as respectivas quotizações, assim como aos bancos, que, sob todas as formas, o pressionem para que possam manter o direito à saúde e para que os SAMS não abandonem o esforço que, neste campo, tantos fazem pelo nosso País.
O SIM solidariza-se com todos os médicos, enfermeiros e assistentes operacionais técnicos, acreditando que o bom senso ainda possa prevalecer sobre o oportunismo desta medida.
Sem consultas de todo, nem sequer teleconsultas, ao contrário daquilo que todas as demais instituições fazem, os doentes a cargo dos SAMS irão sobrecarregar o já débil SNS.
Sobrecarregar o SNS ou remeter à rede Advance Care parecendo com isso querer terminar com a assistência directa aos seus beneficiários, que construída com o empenho de tantos outros dirigentes e profissionais sempre foi um nome de referência.
O SIM dará́ conhecimento deste apelo aos órgãos de soberania.
Lisboa, 20 de março de 2020 O Secretariado Nacional
Numa altura em que o pico da doença se aproxima e em que a ministra da saúde admite requisitar desde os privados até a espaços, que não sendo de saúde, permitem a instalação de laboratórios e camas, não se compreende uma decisão desta natureza, que é ainda mais grave quando o Hospital do SAMS, viu encerrada a urgência pela autoridade de saude, justamente no momento em que havia decidido nao admitir novos doentes.
As razões que levaram ao fecho do hospital têm solução. Há que aplica-la. O Centro Clínico não teve problemas e é necessário aos seus sócios.
Bancários nós pagamos quotizações elevadas para termos um serviço de saúde nosso. Unamo-nos nesta frente de não perder o que é nosso e se está a tornar apetecível a diversos eventuais compradores. Unamo-nos na defesa daquilo que tanto nos custou e custa!
Senhora Ministra da Saúde, não consinta que quem quer que seja, se permita não estar ao seu lado na luta contra esta pandemia, fechando instituições que lhe podem vir a ser necessárias no alívio do SNS!
HSC
Nota Ressalvo nesta magoa o Dr Faustino Ferreira, Director Clinico dos SAMS, que com elevado esforço pessoal tudo fez para que os bancários não fossem prejudicados.