segunda-feira, 3 de setembro de 2018

E assim se perdem 200 anos de historia



Um incêndio de grandes proporções deflagrou ontem e destruiu o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. E com ele, o arquivo histórico do museu, que representava 200 anos de vida do país.
O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil voltada para a pesquisa e memória do conhecimento e está actualmente vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A sua história remonta aos tempos da fundação do Museu Real por D. João VI, em 1818, cujo principal objetivo era propagar o conhecimento e o estudo das ciências naturais em terras brasileiras.  Hoje é reconhecido como um centro de pesquisa em história natural e antropológica na América Latina.
Grande parte das coleções do Museu Nacional foi reunida durante a Regência e o Império, nomeadamente as oriundas do “Museu do Imperador”, localizado numa das salas do Paço da Boa Vista.
D. Pedro II, tal como a Imperatriz Leopoldina, sua mãe, nutriam ambos grande interesse pelo coleccionismo e pelo estudo das ciências naturais.
Ao que consta, o estado do edifício com Infiltrações, invasões de animais e fios elétricos expostos, já eram sinais de que algo grave podia acontecer. Assim, o fogo acabou por ser facilitado pela degradação e pela falta de meios de prevenção e combate.
É um património histórico valioso para os dois países - Brasil e Portugal -, que acaba de perder-se completamente!

HSC

8 comentários:

Acrescenta Um Ponto ao Conto disse...

Profundo pesar.

A Nossa Travessa disse...

Minha querida Helenamiga

... e houve um pulha de seu nome João Mário Camacho que comentou no DN (que não é o meu DN) "é triste mas o Brasil não tem história." Uma besta. Não me pude conter e apenas lhe respondi: "Lamentável sr. Camacho, lamentável".

A Raquel vai recuperando mais ou menos bem e felizmente do AVC e eu envio-te muitos qjs
Henrique, o Leãozão

Sandra disse...

Uma tristeza. Não há palavras.
Beijinhos

Pedro Coimbra disse...

Amigos brasileiros enviavam-me imagens em directo.
E eu não queria acreditar.
Inevitavelmente recordei o que aconteceu aqui em Agosto do ano passado.
Entre as muitas perdas irreparáveis está o espólio da biblioteca do Instituto Ricci, que tinha sido cedido à Universidade de São José e ainda não tinha saído dos caixotes nas caves.
Desapareceu TUDO com as inundações provocadas pelo tufão Hato.

José Carlos Sant Anna disse...

Infelizmente, virão outros porque as autoridades já não cuidam dos patrimônios culturais brasileiros há muito tempo. Bem cuidados só os museus geridos por entidades privadas, inclusive porque têm isenções fiscais significativas e com parte dessas isenções aumentam suas riquezas.
É o retrato deste país de dimensões continentais. E não é proibido dizer que a corrupção tem igualmente dimensão continental. Certamente, os recursos desviados pelo ex-governador do Rio de Janeiro daria para a manutenção durante anos de cinco museus do porte do Museu Nacional. Noutras, houve incúria administrativa das autoridades brasileiras.
Um abraço,

José Carlos Sant Anna disse...

Leia-se "dariam, segundo parágrafo, linha 3. Acontece na pressa de colocar os pingos nos iis

Anónimo disse...

Infelizmente foi uma grande tragédia o que aconteceu ao Museu !
Na realidade este estava a necessitar de obras, os apoios do Governo eram poucos e como sempre chegam muito tarde.
Os guardas dizem que viram um clarão no andar superior e que após começou o fogo . Chamaram logo os bombeiros. Só que os bombeiros ao chegarem depararam -se com o problema de falta de água para se extinguir o incêndio !
Enquanto o fogo se alastrava como fogo de artifício os bombeiros pediram ajuda via telefone, passado um tempinho chegaram camiões cisterna com água para apagar o incêndio.
Graças a Deus o Brasil pode contar com o apoio de vários países, inclusive já chegaram ao Brasil varios peritos estrangeiros para ajudar na recuperação das peças que escaparam ao incêndio.

MPR

Anónimo disse...

Pois numa pesquisa que fiz no Instagram com a hashtag #museunacionalbrasil e #museunacionadobrasil vi muito pouca coisa antes do incendio... a mim parece-me e que os brasileiros ficaram com saudades depois de terem visto o seu pouco patrimonio reduzido a cinzas. Isto para dizer que, tal como alguem referiu num artigo, o brasileiro gosta e de ir visitar museus fora do pais e nao querem saber das suas coisas.

Eu pergunto a quem le este blog se ja foram ao Palacio da Ajuda por exemplo, que esta sempre fora dos circuitos dos museus de Lisboa... ou quantos de voces ja vieram ao Porto visitar o Museu Soares dos Reis.