ONTEM, 8 DE OUTUBRO, COMEMOROU-SE DIA MUNDIAL
DOS CUIDADOS PALIATIVOS.
Estes Cuidados destinam-se a pessoas cuja doença, sendo grave e/ou
incurável, pode causar situações de intenso sofrimento. O seu objectivo é
promover o bem-estar e a qualidade de vida destes doentes, independentemente da
fase em que a sua doença se encontre.
Pretendem também proporcionar apoio à família e cuidadores.Têm como
componentes essenciais da sua intervenção o alívio dos sintomas, o apoio psicológico,
espiritual e emocional do doente, o apoio à família e o apoio durante o luto, o
que mplica o envolvimento de uma equipa inter-disciplinar devidamente
qualificada, constituída por médicos, enfermeiros e psicólogos, e muitas vezes
com a colaboração de outros profissionais e de voluntários.
Estes cuidados de saúde não se destinam apenas a doentes com cancro.
Doenças como as neurológicas graves como doença de Alzheimer, outras
demências, Parkinson, os AVC’s, as insuficiências crónicas de órgão (p. ex.
cardíaca, renal, hepática), implicam frequentemente a necessidade de cuidados
paliativos.
As equipas de cuidados paliativos podem acompanhar os doentes e seus familiares ao longo de semanas, meses, ou até anos, e não apenas na fase terminal
das doenças. Isso traz muitos benefícios aos doentes, às famílias e não encurta a vida dos primeiros.
A UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS DO HOSPITAL DA LUZ, a que conheço
melhor, possui espaços físicos e recursos
humanos próprios especializados.
Recebe doentes directamente do exterior (domicílio ou outras
instituições) ou através de referenciação de outros profissionais de saúde,
após contacto prévio. Dedica-se ao tratamento e supervisão clínica de doentes
em situações complexas de sofrimento, associadas a doenças graves e/ou
incuráveis e progressivas. Nestes contextos, acontecem muitas vezes episódios
agudos, que a Equipa de Cuidados Paliativos, enquadrando-os na situação de base
do doente, cuida e supervisiona.
Esta Equipa trabalha em estreita
colaboração com todos os serviços do Hospital e presta ainda
apoio a doentes internados noutros serviços do Hospital. È ainda responsável por uma
consulta externa e dedica-se à formação e investigação na sua área de
intervenção, cumprindo
Esta Unidade cumpre todos os critérios de Qualidade da Associação Portuguesa
de Cuidados Paliativos, é reconhecida pela mesma, e foi a primeira Unidade em
Portugal a ser distinguida, em 2011, como ESMO Designated Center of Excelence in
Palliative Care and Oncology, pela European Society of Medical Oncology e mantendo essa distinção no período de 2015 - 2017.
A Coordenação da Unidade de Cuidados Paliativos é assegurada pela Dra.
Isabel Galriça Neto e Enfermeira Nélia Trindade, cuja dedicação à causa tem sido total. O contacto directo pode ser disponibilizado pelo telefone 217104459.
Todos os anos, nesta altura, falo deste tema, ao qual só recentemente se começou a dar a importância devida. Mas considero que nunca é demais fazê-lo. Refiro-me em especial ao Hospital da luz porque tenho visitado alguns dos seus doentes e conheço a qualidade do seu acompanhamento.
Está-se apenas no principio e infelizmente nem todos os hospitais possuem este tipo de abordagem para quem precisa. Por isso insisto em que nos hospitais públicos se faça o mesmo, para que todos - ricos, pobres ou remediados - tenham acesso a eles. Só quem passou por situações familiares desta natureza, saberá dar-lhes o devido valor. E não nos esqueçamos que um dia podemos ser nós a precisar deles. Apoiemos pois, não só quem se dedica a tal tarefa e tornemo-nos exigentes na pressão que devemos fazer para que todos os estabelecimentos hospitalares os venham a possuir!
Está-se apenas no principio e infelizmente nem todos os hospitais possuem este tipo de abordagem para quem precisa. Por isso insisto em que nos hospitais públicos se faça o mesmo, para que todos - ricos, pobres ou remediados - tenham acesso a eles. Só quem passou por situações familiares desta natureza, saberá dar-lhes o devido valor. E não nos esqueçamos que um dia podemos ser nós a precisar deles. Apoiemos pois, não só quem se dedica a tal tarefa e tornemo-nos exigentes na pressão que devemos fazer para que todos os estabelecimentos hospitalares os venham a possuir!
HSC
3 comentários:
Sim, drª. Helena são importantíssimos,
mas em Portugal há carência dos mesmos,
e os que existem, as pessoas mais pobres
(penso) e era bom que estivesse enganada,
não têm acesso aos mesmos.
Mas somos pobres, há pouco dinheiro, há
sempre tantas necessidades, mas deveria
investir-se aí, mesmo que com a ajuda de
todos os portugueses.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
Sabe se esses cuidados são ministrados no Porto? E onde?
Neste momento preciso mesmo de informações sobre clinicas ou hospitais, onde seja poss´vel uma pessoa estar durante o tempo em que precisa de fazer quiomioterapia no IPO, mas não pode viver em casa por falta de condições.
Obrigada, Helena. Boa semana!
Virginia
Se ligar para o numero que indico dar-lhe-ão todas as informações de que carece.
Bjo
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