segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O mês dos Cuidados Paliativos

ONTEM, 8 DE OUTUBRO, COMEMOROU-SE DIA MUNDIAL DOS CUIDADOS PALIATIVOS.

Estes Cuidados destinam-se a pessoas cuja doença, sendo grave e/ou incurável, pode causar situações de intenso sofrimento. O seu objectivo é promover o bem-estar e a qualidade de vida destes doentes, independentemente da fase em que a sua doença se encontre.
Pretendem também proporcionar apoio à família e cuidadores.Têm como componentes essenciais da sua intervenção o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família e o apoio durante o luto, o que mplica o envolvimento de uma equipa inter-disciplinar devidamente qualificada, constituída por médicos, enfermeiros e psicólogos, e muitas vezes com a colaboração de outros profissionais e de voluntários.
Estes cuidados de saúde não se destinam apenas a doentes com cancro. Doenças como as neurológicas graves como doença de Alzheimer, outras demências, Parkinson, os AVC’s, as insuficiências crónicas de órgão (p. ex. cardíaca, renal, hepática), implicam frequentemente a necessidade de cuidados paliativos.
As equipas de cuidados paliativos podem acompanhar os doentes e seus familiares ao longo de semanas, meses, ou até anos, e não apenas na fase terminal das doenças. Isso traz muitos benefícios aos doentes, às famílias e não encurta a vida dos primeiros.

A UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS DO HOSPITAL DA LUZ, a que conheço melhor, possui espaços físicos e recursos humanos próprios especializados. 
Recebe doentes directamente do exterior (domicílio ou outras instituições) ou através de referenciação de outros profissionais de saúde, após contacto prévio. Dedica-se ao tratamento e supervisão clínica de doentes em situações complexas de sofrimento, associadas a doenças graves e/ou incuráveis e progressivas. Nestes contextos, acontecem muitas vezes episódios agudos, que a Equipa de Cuidados Paliativos, enquadrando-os na situação de base do doente, cuida e supervisiona.
Esta Equipa trabalha em estreita colaboração com todos os serviços do Hospital e presta ainda apoio a doentes internados noutros serviços do Hospital. È ainda responsável por uma consulta externa e dedica-se à formação e investigação na sua área de intervenção, cumprindo
Esta Unidade cumpre todos os critérios de Qualidade da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, é reconhecida pela mesma, e foi a primeira Unidade em Portugal a ser distinguida, em 2011, como ESMO Designated Center of Excelence in Palliative Care and Oncology, pela European Society of Medical Oncology e mantendo essa distinção no período de 2015 - 2017.

A Coordenação da Unidade de Cuidados Paliativos é assegurada pela Dra. Isabel Galriça Neto e Enfermeira Nélia Trindade, cuja dedicação à causa tem sido total. O contacto directo pode ser disponibilizado pelo telefone 217104459.


Todos os anos, nesta altura, falo deste tema, ao qual só recentemente se começou a dar a importância devida. Mas considero que nunca é demais fazê-lo. Refiro-me em especial ao Hospital da luz porque tenho visitado alguns dos seus doentes e conheço a qualidade do seu acompanhamento.
Está-se apenas no principio e infelizmente nem todos os hospitais possuem este tipo de abordagem para quem precisa. Por isso insisto em que nos hospitais públicos se faça o mesmo, para que todos - ricos, pobres ou remediados - tenham acesso a eles. Só quem passou por situações familiares desta natureza, saberá dar-lhes o devido valor. E não nos esqueçamos que um dia podemos ser nós a precisar deles. Apoiemos pois, não só quem se dedica a tal tarefa e tornemo-nos exigentes na pressão que devemos fazer para que todos os estabelecimentos hospitalares os venham a possuir!

HSC

3 comentários:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Sim, drª. Helena são importantíssimos,
mas em Portugal há carência dos mesmos,
e os que existem, as pessoas mais pobres
(penso) e era bom que estivesse enganada,
não têm acesso aos mesmos.
Mas somos pobres, há pouco dinheiro, há
sempre tantas necessidades, mas deveria
investir-se aí, mesmo que com a ajuda de
todos os portugueses.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves

Virginia disse...



Sabe se esses cuidados são ministrados no Porto? E onde?

Neste momento preciso mesmo de informações sobre clinicas ou hospitais, onde seja poss´vel uma pessoa estar durante o tempo em que precisa de fazer quiomioterapia no IPO, mas não pode viver em casa por falta de condições.

Obrigada, Helena. Boa semana!

Helena Sacadura Cabral disse...

Virginia
Se ligar para o numero que indico dar-lhe-ão todas as informações de que carece.
Bjo