“...Mariano
Rajoy é o único animal no planeta que avança sem se mover. O líder dos Populares não tem carisma, não
tem o dom da palavra, lidera um partido com vários militantes e antigos
militantes envolvidos em casos de corrupção e de branqueamento de capitais, não
fez grandes cedências à oposição apesar de carecer de uma maioria absoluta, mas
avança. Aliás, olhando para o percurso de Rajoy na política nacional vemos
uma história quase inexplicável de sobrevivência. Uns dirão que se trata do
triunfo da mediocridade, outros que é um bom exemplo da importância do
sangue-frio e da estratégia em política. Seja como for, o homem resiste.”
(Diogo
Noivo em Delito de Opinião)
Para o Podemos, os socialistas não podiam ceder aos apelos e
deviam ser intransigentes no “não” ao PP, abrindo caminho para as terceiras
eleições, que os transformariam no primeiro partido de esquerda em Espanha, dando
o terceiro lugar a um PSOE desfeito e sem condições para se reafirmar no
panorama político nacional.
Decidida a abstenção socialista no passado domingo, Pablo
Iglesias e os seus apelidaram o PSOE de tudo. “Traidores”, “marca branca do PP”
ou “casta”, foram os mínimos mimos de quem não sabe perder e se cala – se é que
não apoia – perante uma manifestação que
visava impedir Felipe Gonzalez, histórico líder socialista, de dar uma
conferência na Universidade Autónoma de Madrid.
O PSOE optou pela sobrevivência, apesar da pressão da esquerda,
que se adivinha, será para durar por longo tempo ainda.
Apesar de toda esta novela política a Espanha tem, desde ontem,
um Presidente de Governo. Mariano Rajoy e o PSOE parece terem conseguido
sobreviver. Mas os problemas de ambos estão longe de estarem resolvidos. Porque
Rajoy ficou nas mãos do PSOE e este corre o risco de ficar nas mãos do Podemos.
Há que aguardar os acontecimentos futuros. Mas Portugal deve
estar bem atento ao que se passa aqui ao lado...Por motivos óbvios!
HSC
1 comentário:
Prevaleceu o bom senso! Aliás o PSOE com novas eleições, acabaria por ficar reduzido a quase nada...
Traidores? Talvez alguns socialistas o pensem ( Pedro Sanchez, por ex.), mas a maioria deles, não.
Agora é esperar a reacção dos outros partidos mais radicais, que pelos vistos vai durar... Uma incógnita a ver e seguir com atenção cá por estes lados.
Bjs da Maria do Porto
Enviar um comentário